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Mostrando postagens de junho, 2020

Crítica - Scooby-Doo 2: Monstros à Solta

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Agora sim captaram o espírito da coisa. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. O fraco desempenho financeiro e frente à crítica especializada do primeiro filme não foi grande impeditivo para a realização de uma sequência que pela constatação de seu resultado,devo confessar, acabou sendo bem-vinda. Este segundo episódio, que também não rendeu números expressivamente satisfatórios para a Warner Bros. levando ao cancelamento de um sonhado terceiro filme (mais uma franquia salva da maldição?), se desenha como uma simpática homenagem à série clássica, ao menos no que concerne a forma que os vilões mais marcantes estão inseridos na trama (como os inesquecíveis Mineiros de 49, Capitão Cutler e Monstro de Piche). A Mistério S/A está mais famosa do que nunca, até parecem estrelas de cinema com fãs e tudo mais (aqueles cosplays da Velma heheh), mas todo o glamour e popularidade se findam justo num dia dedicado a reconhecimento dos esforços da turma. Um vilão misterioso, bem como um pter

Crítica - Yu-Gi-Oh!: Vínculos Além do Tempo

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O aniversariante é Duel Monsters, mas o dono da festa é 5D's. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Para comemorar os 10 anos da série clássica da franquia, foi lançado um média-metragem (é uma designação voltada à produções que mal chegam à uma hora de duração - este tem 50 min) que apresenta ao deleite dos fãs um crossover entre os protagonistas das três primeiras séries (Yugi Muto, Jaden Yuki e Yusei Fudo) tendo como meio de possibilitação a viagem no tempo, algo também intimamente relacionado ao antagonista não totalmente errado da trama. Por que estou saindo em defesa do vilão? Bem, até certo ponto eu imaginava que ele seguia o lance dos fins justificarem os meios à despeito de uma conscientização moral mais esclarecida devido ao caos do seu próprio futuro que fora causado, segundo ele, pelos jogos de monstros de duelos e por essa razão todos os duelistas precisam ser eliminados através das alterações na linha temporal. Mas no ápice das coisas, Paradox acabou dand

Crítica - Frankenstein: Entre Anjos e Demônios

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A inconvincente versão moderna do clássico monstro da ficção científica literária. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Se você tiver consumido ao menos os dois primeiros longas da franquia Anjos da Noite, muito provavelmente poderá ter uma espécie de "deja vú" durante as cenas de ação que instantaneamente lembram o modo frenético com o qual as sequências sanguinolentas prosseguiam nas aventuras da vampira Selene (mesmo na pura artificialidade técnica do CGI, tinham êxito em prender a atenção). Neste não há lobisomens, tampouco vampiros, aliás já está bem expresso no seu subtítulo (mania besta de tradutores brasileiros pra enfiar isso, nesse caso deixou a coisa meio didática, e quando não é subtítulo desnecessário inventam de botar uma tradução nada a ver com o original x_x), porém os "anjos" retratados não tem aparência angelical que se espera de um ser paladino, virtuoso e ilibado. Não sei o que deu nos roteiristas para achar que mostra-los como gárg

Crítica - Scooby-Doo: O Filme

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Bem-intencionado, porém não efetivo o bastante. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. A evolução ágil das tecnologias abriu novas portas para que possibilidades anteriormente inviáveis no cinema pudessem finalmente receber alguma exploração. O clássico desenho da Hanna-Barbera é um terreno que só os mais corajosos roteiristas poderiam ousar adentrar para fazer a transposição para a mídia cinematográfica de uma maneira corretamente fluída e que não parecesse uma paródia trash. O resultado quase alcançou isso, mas só quase mesmo. O filme esbanja uma identidade própria e tem bem menos um caráter imitador do que aparenta a julgar pelas imagens e pôsteres. Aqui o roteiro apresentou uma premissa que vai além do que um fã da série animada normalmente esperaria. Ou pelo menos surpreenderia o fã que nunca imaginou a turma enveredando por outras dinâmicas. Na aventura o quinteto passa a perceber alguns detalhes incômodos no trabalho em equipe, sobretudo relacionado à Fred, ele que é o

Crítica - Yu-Gi-Oh!: Pirâmide de Luz

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Uma trama que renderia uma boa saga no anime em vez de enxuta num filme. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Fazer filme de anime shounen não deve ser das mais simples missões. Eu me peguei a pensar ao término deste primeiro longa-metragem do garoto de cabelo estranho fissurado em duelos de monstros: O que é preciso para dar uma abordagem diferente para fugir do lugar comum no que se refere a filmes de animes? É uma condição inescapável de uma produção desse meio, que arca com recursos técnicos mais elevados, sair como um episódio esticado do anime de onde proveio. Os OVAs ficam à parte desse julgamento, pois são episódios especiais podendo conter uma duração maior e uma qualidade de animação relativamente superior. Mais além eu pensei: Yu-Gi-Oh! necessitava mesmo de um filme para trazer uma história inédita? O anime não poderia ser simplesmente encarregado disso? Ah sim, o filme é datado de 2004, acho que nessa época a série clássica já tinha finalizado sua transmissão e s

Afinal, Bob Esponja é ou não é gay?

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Nos últimos dias uma antiga questão, no mínimo irrelevante, foi ressuscitada: A sexualidade do Bob Esponja. Digo irrelevante (só para ressaltar e não ser xingado) não como menosprezo aos que se enquadram na sigla LGBTQ+, me refiro ao próprio personagem. No que a orientação sexual da esponjinha serelepe acrescentaria ao desenho? NADA. Direto ao ponto central: Um post da Nickelodeon no Twitter, de 13 de junho, continha mensagens para comemorar o mês do orgulho LGBTQ+ trazendo imagens de personagens que pertencem à comunidade como Korra (Avatar: A Lenda de Korra) e Schwos Schwartz (de Henry Danger) e por último, com maior destaque, um Bob Esponja pintado com as cores do movimento. O estopim da confusão que reacendeu a dúvida foi, pelo visto, um erro de interpretação quanto à imagem de Bob Esponja no post.  A inclusão do personagem com as cores da bandeira LGBTQ+ ilustrando a mensagem comemorativa certamente reforçou as suspeitas quanto à sua sexualidade pelo seu jeito alegrinho demais que

Bombril e sua esponja "racista"

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O politicamente correto prossegue demonstrando que não conhece a palavra limite. A bola da vez foi a Bombril que lançou uma esponja de aço inox nomeada de "Krespinha", que na verdade é um "relançamento" de um produto homônimo promovido nos anos 1950 que possuía, de fato, uma conotação racista por estampar o desenho de uma menina (rosto pintado de preto) de cabelo crespo, uma característica comum entre negros que durante anos foi pejorativamente associada à "cabelo ruim". Nomes iguais, porém de fabricantes diferentes. A antiga "Krespinha" era da S. A. Loureiro Indústria e Comércio. A tchurminha do mimimi e da vitimização não poupou as críticas mostrando incapacidade de fazer uma distinção simplérrima. Mas se o objetivo é lacrar, vale tudo, até "esquecer" detalhes. Falta de neurônios para diferenciar o Tico do Teco ou de sensatez.  A Bombril (segundo a Wikipédia) foi fundada em 14 de janeiro de 1948 por Roberto Sampaio Ferreira sob o nome

Frank - O Caçador #36: "Armageddon"

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N.A: Não sei se a qualidade da minha escrita decaiu, mas se perceberem saibam que foi culpa da quarentena. Explico melhor (melhor não significa detalhadamente, mas acho que resumi o essencial) neste post . Boa leitura! 😉   _______________________________________________________________________________ Departamento Policial de Danverous City A área de videoconferência era um dos espaços mais estruturalmente sofisticados de todo o DPDC, frequentada na maioria das vezes por membros da alta cúpula da corporação como o rígido superintendente Hoeckler e Ernest Duvemport, o diretor operacional, para reuniões marcadas com o Conselho de Segurança. O complexo situava-se no último andar, o 20º, e continha paredes revestidas de placas de aço, além de duas portas de acesso, uma para a parte de baixo voltada para reuniões presenciais numa mesa e outra localizada com uma construção parecida com uma passarela começando da porta e terminando num ponto circular no qual o ocupante ficava de pé diante