Por que não me tornei youtuber?


Mas afinal, pra começo de conversa, por que resolvi me tornar um blogueiro? Eu já devo ter compartilhado essa história em alguma postagem passada, ando tendo uns probleminhas misteriosos de memória, mas vou resumir sem me empolgar pela saudade que esse tempo me causa. Entre o final de 2013 e início de 2014 eu me lancei num engajamento sério para melhorar a escrita movido por uma preocupação real de que a composição dos meus textos careciam de um certo apuro na disposição de palavras que eu tinha no vocabulário e fui empregando isso a cada tentativa e hoje só posso me orgulhar de um salto evolutivo que me deixou incrédulo na época. Desde o início dessa jornada tracejei essa dedicação em apresentar um conteúdo literário de qualidade ao meu público.

Mas não muito tempo depois veio o choque de realidade esmigalhando meus sonhos de uma trajetória bem-sucedida nesta plataforma da qual dependo vitalmente. Ainda era muito novo nessa questão de expor trabalhos autorais, principalmente num espaço próprio. Tamanha inocência me custou horas de auto-depreciação, pensamentos negativos e tóxicos à mim. O que demorou mesmo foi a comparação automática feita entre o Youtube e o Blogger, mais especificamente nos resultados obtidos com esses dois meio tão distantes e desbalanceados. Não quero culpar a popularização dos youtubers famosinhos pelo status quo dos blogs atualmente. Quando vira tendência natural, não tem volta. E um dia, quem sabe, poderá vir a se "extinguir" - sou sensato em afirmar que isso está longe, muito longe de acontecer. Por durante cinco anos me dediquei integralmente a esse blog, sem fraquejar pela infimidade de leitores que é uma sombra perseguidora irretocável. Afinal, quem vai comentar num blog onde não há interações? Quem vai se dar ao trabalho de contribuir divulgando um trabalho que não cresce conforme a quantidade do seu conteúdo? Ninguém começar por cima, claro. Mas o Universo Leitura se arrastou nessa condição por 5 anos. A era dos blogs na "febre" se findou há um bom tempo.

Pensei em desistir incontáveis vezes. Todo mundo que passa por uma crise que afeta sua auto-estima em produzir sabe bem que essas cogitações de largar tudo vem, se vão e voltam sempre. Eu me sinto confortável nesse playground que construí em 5 anos, tolerando as faltas. Como youtuber não daria certo por três razões: 1) Baixo poder aquisitivo pra material técnico. 2) Timidez. 3) Não tenho carisma nenhum pra conquistar uma base de inscritos em curto e médio prazo. Só se for pra botar um saco de papelão na cabeça, desenhar uma carinha feliz e modificar minha voz pra um tom robotizado. Jamais vou aderir ao "fácil" pra forçar um carisma e uma desenvoltura que não tenho pra essa profissão (dá pra chamar assim?) focando em sucesso rápido. "Ah Lucas, se tu não se esforça pra tentar, como vai descobrir se você e a câmera não podem se dar bem?" Justamente pelo fator imutável da timidez (genético, talvez). Uma câmera ligada focalizando meu rosto... é prova de superar o pânico. A experiência de falar diante de uma câmera, mesmo sozinho, pode ser tão desesperadora e angustiante quanto apresentar um trabalho escolar. Prefiro meus dedos teclando as divagações necessárias que enchem a mente quando lembro que escolhi o caminho certo. É nessa praia que quero continuar nadando.

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://justcoding.com.br/justblogging/voces-tem-curso-de-youtuber


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