Prisão
Abrindo os olhos só enxergo a escuridão densa... fechando-os só testemunho o vazio interno que me consome... enfim, a mesma escuridão, só que menos consumidora do que a que se faz externa.
Abrando minhas aflições encarando este vazio como a única chance de resistir ao medo. O medo de permanecer vítima eterna da solidão... mas ela continua ali, como um espírito zombeteiro vagando sem rumo por esta casa escura.
Sem saída, coloco à prova todos os meus pavores remoendo as incertezas do futuro. Era pra hoje ser um dia especial... mas eu e minha solidão destruíram tempos que na teoria eram aprazíveis, porém, na realidade mostraram-se opostos. Fui submetido a ter que aceitar o destino que acharam-me que seria o melhor pra mim, o que incluía conformismos, aceitações injustas e desapegos forçados. Caminhei contra a maré e aqui estou... aberto a sugestões para continuar seguindo em frente, mas fechado demais para expressar tamanha revolta.
Encontro-me neste lugar do qual não me desprendo, reprimindo meus desejos mais intensos.
Consigo ver a longínqua luz, bem lá no finalzinho, em uma pequena brecha quase imperceptível de uma porta...
Uma guerra interna inicia-se. As coisas parecem caminhar para uma só direção. Se tudo começou com esta solidão... então talvez seja com ela que tudo irá terminar.
Acho legal quando se aventura para esse lado do romantismo da 2° fase. Texto pesado, mas bem reflexivo. Faça mais.
ResponderExcluirObrigado pelo reconhecimento Sah :)
ExcluirTenhas certeza de que és um leitora importante pra mim. Com certeza virão mais nesse estilo.