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Mostrando postagens de maio, 2020

Crítica - Doom: A Porta do Inferno

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Os demônios exteriorizados. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Adaptação da famigerada série de games homônima, o longa distribuído pela Universal Pictures (com direito a abertura temática) e estrelado por Dwayne "The Rock" Johnson (em sua atuação mais questionável, por sinal) e Karl Urban (na pele do mocinho que salva o dia) sequer parece ser uma produção dos anos 2000 - com isso não quero afirmar que o negócio está à frente do seu tempo (só no enredo mesmo, já que a trama se passa numa realidade futurística do ano 2026) -, o que pode ter explicação pelo orçamento praticamente paupérrimo. Isso foi o que saiu de 60 milhões de dólares para basear-se num game de tiro, porrada e bomba em primeira pessoa (quando você "personifica" o atirador principal), mas como tirar leite de pedra é tarefa de eficácia rara (apenas prodigiosos e sortudos conseguem tal façanha) fizeram o que podiam dentro dos limites. Nada de demônios ou criaturas grotescas e bizarras liter

Crítica - Padre

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Uma nada funcional agregação entre distopia teocrática e vampiros apocalípticos. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Com lançamento em maio de 2011, estrelando Paul Bettany e Maggie Q (num óbvio casal "shippável" =P),  Padre  tem uma fachada visual que faz associar a um projeto para o mundo dos games pelo seu principal pôster de divulgação (imagem que serve de capa para esta review), pôster este que possibilita sacar logo de cara o tom da aventura não sendo necessário assistir um trailer. Por falar no tom de fato, a fotografia esbanja um primoroso trabalho de composição para climatizar a história na medida certa de acordo com seu enredo sombrio que traz em seu mote conflitual os seres fantásticos mais triviais e manjados do cinema. Falo dos vampiros, criaturas que no longa em questão são aberrações selvagens, irracionais e monstruosas que confrontaram os humanos numa guerra devastadora que perdurou séculos, fazendo culminar numa espécie de "volta à Idade Méd

Crítica - Skyline: Além do Horizonte

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Se não há para onde fugir e sobreviver, parta para o combate (desde que tenha recursos para tal). AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Lançado em dezembro de 2017 (8 anos após o original),  Skyline: Além do Horizonte  é o filme que dá sequência aos eventos da invasão dos alienígenas resplandecentes que atacaram o planeta (ou apenas Los Angeles?) e que simultaneamente tenta utilizar outro bacana recurso narrativo a seu favor que, em linhas gerais, consiste em atribuir o foco dos acontecimentos de uma mesma história ao ponto de vista de personagens diferentes da primeira parte. Somente tenta mesmo, porque execução satisfatória não vi em passagem alguma. Já comecei descendo a lenha... mas calma isso é o de menos, não que o conjunto geral tenha sido um completo desastre. O desenvolvimento é incomparável ao anterior, dando a parecer que estamos vendo um outro filme que reciclou os elementos visuais de Skyline: A Invasão , embora chegando a proporcionar sensação de estarmos vendo

Crítica - Megatubarão

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Não é nem A ou B, é M, ou seja, melhor que muito B. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Eu particularmente não possuo tanto interesse nesses filmes bizarros de tubarões de diversas formas e tipos, daqueles sem a menor vergonha (ou senso de ridículo) em ser trash com efeitos e enredos descompromissadíssimos (e bem mequetrefes também, a franquia Sharknado que o diga), mas fica aqui registrado que respeito quem leva esses entretenimentos não demandando nada além de uma sessão no mais alto grau de passatempo pra zoar e dar risada ou ao menos tratando como um guilty pleasure - se alguém ultrapassa o limite do prazer culpado (tradução da expressão supramencionada) em relação a filmes dessa estirpe, enxergando um mínimo de seriedade para defende-los com unhas e dentes, essa pessoa tem problemas (talvez incuráveis). A fera dos mares já recebeu inúmeras versões que retratam o perigo que ela traz, das proximamente realistas às mais absurdas. Por que com Megatubarão foi diferente comi

Crítica - The Russian Bride

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O perigo dos sites de relacionamento (e não vale para um único lado). AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Esta crítica vai se dividir numa pegada séria e ao mesmo tempo engraçadinha, haja vista que este é um tema de suma importância para inserir em discussão e com relação ao filme algumas características valem aquela zoeirinha básica (eu rachei o bico com certas situações). Esta é outra produção russa (que não é nenhuma super-produção do terror, diga-se de passagem) contendo uma noiva de protagonista (o que conferi anteriormente chama-se A Noiva, cuja review você pode conferir clicando aqui) e que transita entre os gêneros do terror e suspense, com apenas o segundo se saindo melhor na prática. Um coroa chamado Karl Frederick está em busca da parceira ideal e dá umas olhadinhas num site de namoro online para fazer sua escolha (será que ele não sabe usar o Tinder?). A "felizarda" é Nina, uma donzela russa que já vinha de uma relação conturbada com o obsessivo pai de

Crítica - Skyline: A Invasão

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Com tantos cérebros para extrair universo afora, os aliens pousam justo na Terra. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Skyline  é daquele tipo de filme de invasões alienígenas que pode ficar estampado ser o mais clichê possível que é inevitável algum entusiasta do gênero não dar aquela bizoiada - e até que vale a pena. No entanto, o resultado dessa cinematografada guerra entre humanos e extraterrestres pode não sair ao gosto de todo freguês, devido ao caráter relativamente trash (muito visível pela fotografia e pelo estilo de filmagem) da produção assinada pelos irmãos Greg e Colin Strause. A dupla de diretores encaminhou o longa para algo que atingiu uma boa proximidade com a qualidade visual de amostras bem mais caras em termos orçamentários. As criaturas alienígenas tentaculares foram concebidas em designs que emanam uma certa meticulosidade estética (deixaram os bichos bem asquerosos), tendo aparências similares umas das outras mas com algumas especificamente mostrando

Crítica - Os Jovens Titãs em Ação! vs. Os Jovens Titãs

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O crossover que não mediu bizarrices e loucuras. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Quem reavivou as esperanças de um dia testemunhar o revival (leia-se: nova temporada) da série clássica de 2003 a partir do sentimento nostálgico que a cena pós-créditos de Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas ajudou a fortalecer deve ter quebrado um pouquinho a cara com o anúncio de um encontro das equipes "gêmeas" seguindo a manjada fórmula de crossover com "versus" no título pra evidenciar confronto. Não apenas um confronto de universos, mas também de gerações (na vida real, naturalmente). É claro que dessa premissa básica podíamos esperar um fuzuê com muita comédia escrachada e nonsense (porque a série de 2013 tem um humor um tanto puxado pra Os Padrinhos Mágicos, aquele negócio bem tresloucado e fora de compromisso, num desbalanço de acertos e erros - que não necessariamente deveriam estar balanceados, mas é óbvio pra qual lado a coisa devia pender). Por compensação

Crítica - Morte Instantânea

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Já imaginou o quão sem graça seria Premonição com a entidade visível? AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Baseado num curta-metragem com o mesmo título original ( Polaroid ), o longa tem direção assinada por Lars Klevberg que também comandou a mini-produção datada de 2015. O enredo adota um processo bem semelhante ao da franquia repleta de sequências de mortes profetizadas, colocando seus personagens no centro de uma maldição cujo principal agente vai catando um por um. Mas a comparação termina aí mesmo, pois a fonte de todo esse pesadelo provém de uma antiga câmera polaroide (meio pleonástico isso) com a qual você tira uma foto e a pessoa fotografada automaticamente está na mira de uma entidade assassina que não poupará a ninguém. Um aspecto legal, embora não expresse uma criatividade de ineditismo, e, como referenciado por um dos personagens, bem a cara de creepypasta, é o lance da entidade dar uma de intrometida na foto como uma sombra e a cada vítima feita essa imagem

Crítica - Bright

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O ponto fora da curva dos filmes de parceiros policiais. Mas de que isso serviu? AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Sob a marca Netflix, na época em que a gigante do streaming ainda era considerada uma positiva referência de qualidade (alguém hoje ainda considera?), Bright  teve seu lançamento no final de 2017 estabelecendo uma mistura inusitada de realidade e fantasia, mais especificamente pondo em coexistência criaturas mágicas como orcs, fadas, duendes e ogros com seres humanos, prezando por um enfoque em ambientações urbanas e pautando sua trama no jogo duro que é a rotina da polícia norte-americana no combate à gangues criminosas, sejam elas integradas por orcs ou por humanos. No filme, os orcs (que parecem ter vitiligo) são uma espécie que frequentemente é alvejada por discriminação (a convivência harmônica dita na sinopse deveria estar entre várias aspas), logo não são tratados como pessoas tais como os indivíduos humanos, isto porque ao longo dos tempos passaram a

Crítica - Colombiana: Em Busca de Vingança

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Estratégias de vingança e seus custos. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. O que pelo cartaz de divulgação parece apenas mais um exemplar clichê de filmes sobre vinganças por assassinatos de familiares, na verdade guarda uma pérola contemplativa que foge de caminhos fáceis para traçar a narrativa de um protagonista que não tem medo de sujar suas mãos de sangue para pagar na mesma moeda o que fizeram com suas pessoas queridas. O sentimento de grata surpresa começa a brotar logo nos minutos iniciais com o prólogo estendido em 30 minutos ambientando os primórdios da trama em 1992, estabelecendo as raízes do conflito que cimenta o objetivo de Cataleya (Zoe Saldana) com as mortes brutais de seus pais pelas mãos de traficantes em Bogotá, na Colômbia. O pai de Cataleyia, Fabio Restrepo, estava confiante de que a facilidade de entrar na máfia era a mesma de sair, pedindo ao chefão Don Luis Sandoval para se desvincular da organização criminosa, o que ele categoricamente nega e env

Crítica - João e Maria: Caçadores de Bruxas

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Quando o "felizes para sempre" é apenas o começo. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. O filme, lançado em janeiro de 2013, que traz no elenco Jeremy Renner (9 meses depois de ser visto flechando uns alienígenas) e Gemma Arterton (até então uma desconhecida pra mim) nos papéis titulares veio com a evidente proposta de reimaginar uma famigerada peça do universo dos contos de fadas, no caso a historinha de João e Maria, creditada aos Irmãos Grimm, que foram vítimas de cárcere privado na casa de uma bruxa malvada e faminta por devorar criancinhas inocentes usando a estrutura da sua casa feita de doces como atrativo para seus alvos (acho que todo mundo conhece a narrativa de cor e salteado, o que torna essa introdução bem enrolada heheh - já pensou alguém se orgulhar da própria infância, mas dizer que não conhece João e Maria? o_o). Dirigido por Tommy Wirkola, o longa imprime um viés adulto eficiente para a trama que originalmente já tinha seu toque macabro (atenuado)

Crítica - Tá Dando Onda 2

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Radicalizando perigosamente. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Se você foi uma pessoa que não chegou a saber da existência de uma continuação para Tá Dando Onda em 2017 por absolutamente nenhum meio de informação, sinta-se compreendido, pois eu também eu não. Deve ter feito um moderado sucesso porque pra mim passou bem batido. Mas não tô aqui pra questionar ou conjecturar sobre a popularidade do filme ou da Sony Pictures Animation, portanto bora logo de review. A época da sequência veio apropriada, visto que o primeiro longa fora lançado em 2007, logo é um presente de aniversário para quem curtiu de montão e ficou uma década inteira ansiosamente aguardando por novas aventuras do pinguim surfista mais cabeça dura de todos. Pois é, eu tô me coçando pra implicar com o Cody Maverick deste segundo filme. Esse presente é muito mais presentão, porém tem sua parte "presente de grego", aquela partezinha que você quer jogar fora se importando apenas em consumir o resto qu