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Mostrando postagens de abril, 2020

Crítica - Hancock

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É um pássaro? É um avião? Não! É Hancock, o Super Foda-se! AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Em uma época de limiar do maior universo compartilhado de super-heróis de uma maiores marcas do gênero, além da explosão do fenômeno cinematográfico do morcego de Gotham, surgia um exemplar no mínimo atípico que definitivamente não contém um personagem que possamos incluir numa lista de melhores heróis do cinema. Seu nome é John Hancock, um super-herói alcoólatra, irresponsável e indiferente com o mundo, combatendo crimes e salvando pessoas por pura obrigação social (na primeira cena isto é cristalino com o garoto encontrando ele dormindo - numa ressaca das brabas - num banco de praça enquanto rola uma perseguição de polícia contra bandidos armados, e o "herói" simplesmente voa após olhar filmagens do tiroteio numa TV naquela boa vontade gratificante...). Não dá nem pra reclamar do fato dele ser completamente clichê e genérico, pois é em cima desse perfil que a proposta

Crítica - A Morte Te Dá Parabéns 2

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Era melhor não terem explicado o "feitiço do tempo". AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. O trailer desta sequência me apareceu de supetão, assim como diversos outros filmes que sequer tomo conhecimento de anúncio de produção, e a reação automática foi de encarar com estranheza uma coisa que desde a experiência com o primeiro eu tratava de maneira bem cética. No meu pensamento veio: "Fizeram continuação daquilo?! Inacreditável!". Quando o cinema americano está disposto a deixar seus cofres mais gordos, limites inquebráveis não existem. Em outras palavras, se o filme fatura super-bem nas bilheterias é sinal verde automático para uma sequência, independente do quão estúpida e imbecil possa ser a ideia que comporá o argumento do segundo capítulo porque no fim das contas extrapolar e superar os eventos do longa anterior é a motivação-chave. Um segundo filme pode ser melhor que o primeiro valendo um único aspecto. Mas existem casos em que a aposta cega de elev

Crítica - Tá Dando Onda

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Lição 1: Ídolos não são perfeitos. Lição 2: Vencer não é tudo. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Essa é uma das animações meio esquecidinhas no meio de gigantes como Dreamworks e Disney/Pixar, mas que não é de se jogar fora por ser de um estúdio de "terceiro escalão", digamos assim, o qual é a Sony Pictures, que trabalhou no lançamento da produção no longínquo ano de 2007 (há exatos 12 anos, faz tempo pra cacete já). Um dos primeiros pontos a serem observados com grande contentamento é a qualidade textural da animação, um 3D eficiente que dá gosto de contemplar enquanto se acompanha o desenrolar da trama de superação do protagonista. Naturalmente que uma premissa suportada pela jornada rumo a um objetivo/sonho inatingível (para quem não acredita) viria com não apenas uma, mas duas importantes lições que os mais pequenos talvez não capturem (até porque não é nada incomum que a esmagadora maioria das crianças abaixo de 10 anos pouco se lixem pra essas coisas e est

Crítica - Jumanji: Bem-Vindo à Selva

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Reboot do clássico de 1995 realiza boa mistura de retrô com modernidade atual. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Do que conheço do filme dos anos 90 (estrelado por Robin Williams), ou lembro vagamente, não passa de uma chamada de exibição na Sessão da Tarde (de qual ano eu não faço ideia). Por falar nisso, as duas produções tem a escala em comum dado o tom aventureiro. Em outras palavras, esperar uma aventura grandiosa e pirotécnica nada mais seria do que exigir injustamente do filme uma carga de intensidade além do que ele se dispôs. Portanto, o ideal é esperar algo bem no nível da maioria dos filmes exibidos no programa. Aliás, o filme respira fundo na comédia e ação é aquele contrapeso satisfatório, muito embora a presença do Kevin Hart faça os momentos engraçados (na verdade, nem tanto) ganhar ares meio "besteirol" com sua atuação que em nada casa com a personalidade do seu eu do mundo real (Fridge, o qual tem uma rivalidade com Spencer, o eu real do avatar

Crítica - As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras

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O dilema existencial dos quelônios (que, claro, ficou em milionésimo plano). AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Nenhum outro filme, creio eu, me estafou tanto com uma má vontade para redigir uma crítica quanto essa sequência do longa do quarteto mutante mais amado da cultura pop lançada em 2014 (cuja review você pode dar uma lida clicando aqui). Na primeira conferida, em 2017 (às vésperas de perder minha TV à cabo, ainda bem que aproveitei =P), devo ter cochilado umas cinco vezes e o meu veredito ao término dessa cansativa experiência não foi lá dos melhores, muito embora, pegando a comparação lamentosa com Transformers (os Bayformers pra deixar claro) logo nesse primeiro parágrafo, tal desagrado não tenha se equiparado ao que senti vendo o segundo filme da saga dos robozões (isto anos depois do lançamento quando finalmente tomei jeito pra analisar com uma criticidade mais aguçada). Mas a "atmosfera Michael Bay" impera neste longa dando a parecer que era ele que

Crítica - Esquadrão Suicida

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Esquadrão da DCpção. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Um projeto antigo que por uns bons vinha sendo desenvolvido a passos modorrentos (caso parecido com a incursão cinematográfica do Deadpool que exigiu muita da paciência de Jó que os fãs obrigaram-se a praticar), o longa da equipe de anti-heróis da DC Comics finalmente começava a ganhar vida com o limiar do Universo Estendido da DC que poucos anos depois (após o fracasso comercial de Liga da Justiça) virou o "Gato de Schröndinger" da indústria de filmes de super-heróis. É 2016 e os debates em torno de Batman VS. Superman prosseguem intermináveis e até improdutivos (em determinados aspectos). Do que eu lembro, quase ninguém depositava um voto de fé e confiança na empreitada da Warner Bros. para deslanchar o time de malfeitores nas telonas. Particularmente, esperava que fizesse um sucesso comparável a Guardiões de Galáxia, o improvável (até certo ponto) filme da concorrente Marvel que no fim das contas emplacou

Crítica - Parque do Inferno

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O parque é sensacional, já o filme... AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. A fórmula do subgênero slasher é de uma tendência a cansar rapidamente o espectador e no meu caso senti os primeiros sintomas em questão de poucos meses vendo alguns exemplares. Pude constatar isso graças a esse longa produzido por nomes envolvidos na série The Walking Dead - o que deve servir de atrativo pros adoradores do programa de zumbis mais aclamado da televisão - e que não traz nada além do simplório e que não tenha sido visto noutras produções. Portanto, nada fora do modus operandi usual. Toda fórmula de sucesso é passível de desgaste, isso é fato, mas o que vejo nesse resgate ao slasher nos últimos anos é uma tentativa de revitalização com propósito de ser bem-sucedida mas que na prática encontra mais falhas do que acertos (salvo exceções, como o popular A Morte Té Dá Parabéns, este apostou nessa pegada de assassino em série sedento e persistente, mesmo dependendo de um clichê, o que, cont

Crítica - Godzilla: O Devorador de Planetas

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O lagartão, definitivamente, NÃO é o protagonista dessa trilogia. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Enfim o capítulo que encerra a narrativa, conquanto não apresente sinais de que realmente os ciclos fecharam inteiramente. Godzilla é absurdamente invencível, uma força inabalável, o que faz dele uma entidade ligeiramente imortal. O fracasso do mirabolante plano na cidade Mechagodzilla custou a vida de Yuko, a namoradinha de Haruo que ele nunca teve chance de levar para a cama - e acabou, inesperadamente, levando outra, logo uma das gêmeas da tribo Houtua numa cena um tanto estranha (na falta de uma palavra que defina melhor) que culminou numa gravidez evidenciada mais para frente -, que foi infectada pelo nanometal, condenando a vida da jovem à um estado catatônico. O primeiro ato segue em meio a enfadonhos lenga-lengas dramaticamente filosóficos, imbuídos de religiosidade, crenças, contrapontos, ciência e tudo que auxilie na formação de um debate que coloque o teológico

Crítica - Homem-Aranha no Aranhaverso

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O significado de ser Homem-Aranha. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Vejo uma grande parcela de gente dizendo convictamente que trata-se do melhor filme do amigão da vizinhança. Calma lá. Não vou entrar em comparações ao longo desta crítica, seja da minha opinião com a de outras ou deste filme com precedentes lançados. Eu afirmaria diferente: É o melhor no formato de animação. Pronto, acho que isso basta para não gerar briguinhas infantis entre fãs, pois dizer que é o melhor do Homem-Aranha que aportou na mídia cinematográfica é o mais puro exagero. As pessoas não consideram as distinções técnicas dos formatos e vai colocando tudo num mesmo balaio. Não é assim que funciona. E pra ser honesto, o reinado de Homem-Aranha 2 permanece intocável (para o live-action, logicamente). É uma simplérrima questão de separar as coisas (acho que eu vou ser mentalmente chamado de chato por algum leitor gasparzinho que não concordar com tal visão). Mas chega de delongar, vamos logo de revi

Crítica - Brightburn: Filho das Trevas

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"Os demônios não vem do inferno abaixo de nós... Não, eles vem do céu." - Luthor, Lex. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Em vez de Smallville, temos Britghburn, também localizada no Kansas. Em vez de Martha e Jonathan Kent, temos Tori e Kyle Breyer. Em vez de Clark Kent, temos Brandon Breyer. Em vez de Superman (ou Superboy), temos um agente do caos mascarado que logo quando desperta seus poderes age como uma força destrutiva que absolutamente ninguém possa ser capaz de frear. Assim configura-se o longa dirigido por David Yarovesky e produzido por James Gunn (por mais que eu tenha criado um ranço medonho desse diretor, não vou cometer a insensatez de usar a polêmica em que se envolveu para descontar pontos do filme, independente disso seus trabalhos na Marvel Studios são meritosos de reconhecimento - não conheço outras produções que tenha trabalhado anteriormente), além de ser roteirizado pelo primo e pelo irmão dele, Mark e Brian Gunn, respectivamente. A obra v

Crítica - Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha

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Não existem planos ruins, existem planos ótimos com consequências imprevistas. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Continuando exatamente de onde o primeiro filme havia encerrado, o ar episódico fica cada vez mais pesado, o que não chega a virar um entrave para acompanhar a produção como uma série de filmes. É aquela típica sequência que esboça traços de um filme do meio dentro da narrativa que não sofre quebras com passagens temporais e que segue linear e diretamente no curso dos eventos. Ratifico meu parecer desfavorável ao Godzilla dessa trilogia. Não que o foco intensivo nos humanos seja o culpado pelo aproveitamento pífio ao lagartão, mas sim pela composição visual, mesmo com o requinte espetacular da animação, e infelizmente esse problema permanece e não mostra sinais de melhora. O monstro é atraído para uma armadilha geniosa após despertar de uma soneca. E eu continuo estranhando a inserção de alienígenas. Mas enfim, ao menos uma parte deles tem papel fundamental

Crítica - PéPequeno

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Ouse questionar. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Uma das criaturas míticas que mais renderam debates, especulações e iniciativas para fins confirmatórios é a pauta desta animação que não é da Disney, nem da Pixar e nem da Dreamworks mas que merece uma conferida sem desconfiança por advir de um estúdio diferente num sentido de popularidade no mercado cinematográfico das animações. Produzido pela Warner Group Animation, o filme apresenta uma inversão de incredulidade na correlação entre os dois povos. Os Ietis retratados convivem numa sociedade fortemente agarrada à crenças que dão viés fantasioso a fenômenos comuns como o amanhecer por exemplo. Assim como os humanos, os nem tão abomináveis homens das neves atribuem explicações de coisas a princípio "inexplicáveis" à figuras imaginárias. Eu não vou abrir nenhuma crítica à religiões e crenças diversas aqui. O ponto é que o paralelo estabelecido tem uma execução progressivamente muito satisfatória. No drama conf