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Mostrando postagens de março, 2020

Crítica - Godzilla: Planeta dos Monstros

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Elementos predominantes de ficção científica espacial dão uma nova cara ao contexto do lagartão. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Produzido em parceria com a Netflix, a Toho Animation e a Polygon Pictures trouxeram mais uma reimaginação do clássico monstro réptil esmagador de cidades. O longa teve seu lançamento em 17 de novembro de 2017 na terra do sol nascente. Valendo ressaltar que este enredo é a primeira parte de uma trilogia. De Godzilla eu entendo relativamente pouco, os únicos materiais que tive algum contato mais profundo foram dois filmes americanos: a controversa versão dirigida por Roland Emmerich (um notório ícone do cinema-catástrofe - seja no bom ou no mau sentido) de 1998 e o longa de Gareth Edwards lançado em 2014 que, honestamente, é parco no tratamento ao monstro. Pra ser bem sincero, me falta vontade e coragem pra assistir as trasheiras dos anos 60 e 70, mas um dia engulo esse "medo" de sentir vergonha alheia e dou o play. Com este aqui se

Crítica - Da Colina Kokuriko

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Longa de Goro Miyazaki capricha na técnica, mas nada encanta na história. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Pode-se dizer que, haja vista a frase de abertura, meu começo de degustação quanto a uma produção do aclamado Studio Ghibli (mistério da humanidade: a pronúncia é "Dible", "Jibli" ou "Guibli"???) não ocorreu da melhor forma que esperaria de algo desse naipe de popularidade. Pra evitar de gastar linhas e linhas de pura enrolação, me iludi feio com a sinopse bem curta que vi, a qual não dava indícios de que o filme tinha uma pegada slice of life (bem água com açúcar, por sinal) e certamente que do contrário eu assistiria mais preparado, apesar de não dar nada pra esse gênero no que se refere aos animes principalmente. Felizmente não é remédio miraculoso para insônia, mas não empolga. A protagonista Umi é uma estudante que vive numa cidade portuária (Yokohama) em cima de uma colina e que perdeu seu pai, um soldado recrutado à guerra, nu

Crítica - Kite: Anjo da Vingança

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Pergunta retórica: O que é que Samuel L. Jackson tá fazendo aí? AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Uma pequena observação antes de mais nada: Embora eu vagamente lembre que já ouvi falar do anime que esse longa adapta (não faço ideia em qual lugar da internet), o nome ao menos não me soa estranho, eu não parei para assisti-lo porque não sabia que se tratava de uma adaptação, mas minha avaliação ao filme (você já deve ter sacado pela frase de introdução) não anula a possibilidade de um dia conferir a produção original homônima de autoria de Yasuomi Umetsu datada de 1998. O enredo unifica duas temáticas, uma super-batida (a vingança) e outra nem tanto assim (tráfico de pessoas). Porém, há um desbalanceamento claro entre elas, favorecendo a trama pessoal de Sawa (India Eisley transmitindo um caráter badass até onde sua beleza meiga permite - rostinho de criança, coração de dama fatal hehe), uma jovem que escapou de um dos muitos sequestros conduzidos pelo cartel (de olho nas

Crítica - Godzilla II: Rei dos Monstros

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Enfim aprenderam do que é feita uma boa porradaria de monstros titânicos! AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. É sempre uma satisfação enorme quando uma franquia cinematográfica se propõe a corrigir seus erros mais predominantes na primeira empreitada e na prática isso de fato acontecer na medida esperada, sem tirar e nem pôr. OK, se eu fosse roteirista dessa sequência inseriria mais engalfinhadas de monstros no terceiro ato para suprimir melhor as participações humanas, embora eu esteja muito bem contentado diante do que fizeram a respeito deste que foi um problema bastante sintomático no fraquinho filme anterior lançado em 2014 no qual Godzilla não tinha merecidamente um destaque à altura do seu poder seja como ícone da cultura pop ou como personagem de grande magnitude que é. Mas eis que a produção tomou juízo e despachou Gareth Edwards, dando boas-vindas à Michael Dougherty, uma substituição que beneficiou e tanto a condução da trama da sequência aliado a outros aspectos

Crítica - I Am Mother

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A Inteligência Artificial que não desenvolveu inteligência materna. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. Apocalipse de máquinas é uma das temáticas mais batidas do cinema (perdendo só para a invasão alienígena que rendeu um zilhão de peças ao longo das décadas), mas, como todo clichê, é passível de uma refinada criativa que quando bem orquestrada narrativamente pode receber elogios pela sua capacidade de reinventar aspectos de um assunto explorado inúmeras vezes. Este filme, dirigido por Grant Sputore, é um exemplar desse tipo de caso que não se vê todos os anos. Parece (ressalto: SÓ parece) um remake de um clássico setentista ou oitentista de ficção científica bastante ovacionado e colocado no mesmo balaio de produções consagradas e famigeradas pela sua qualidade ou complexidade. No entanto, I Am Mother dificilmente será lembrado igualmente às películas que encantaram os cinéfilos mais saudosistas e que até hoje reverenciam essas obras. Não é um novo 2001: Uma Odisseia no E

Crítica - Ma

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O gatilho da psicopatia na forma de carência de aceitação. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. É fato consumado a busca inerente do ser humano por pertencimento. Mas a completa falta de empatia dos que exercem papéis de forças disruptivas contra essa natureza pode desencadear reações adversas na saúde mental do indivíduo, o que nunca deixará de ser variável. A personagem (muito bem) interpretada por Octavia Spencer é o retrato de um desses tipos de vítimas de flagelação social que lutam por meios de se encontrarem nos grupos de certa popularidade, embora não ocultando uma fragilidade emocional que por vezes é bem contrastante e leva a atitudes malignas de ambos os lados, mas sempre começa de um para deflagrar mais tarde o efeito resultante no outro (assim é o bullying, basicamente). Eu não sou o guru da psicologia, mas uma análise dessa protagonista vale um aprofundamento reflexivo, principalmente de quem já vivenciou uma espécie de rejeição e chegou a generalizar comportam

8 equipes de Power Rangers com os capacetes mais bonitos

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Ao longo dos bons e saudosos anos que passei acompanhando os heróis multicoloridos fazendo poses e soltando faíscas, sempre me chamava a atenção um item essencial para a composição do design e naturalmente que estou me referindo aos capacetes dos Rangers, estas peças de tamanha importância para torna-los mais estilosos, graciosos e singulares. Um Power Ranger (ou herói de Super Sentai, basicamente são análogos) desprovido de um capacete não é exatamente um (na verdade, é um Cavaleiro do Futuro de Bambuluá =P), de fato é um acessório que faz toda a diferença e certamente nunca deixará de ser visualmente indispensável para a franquia - que depende da franquia Super Sentai, claro. Ultimamente andei pensando com meus botões sobre como os capacetes influenciam na qualificação de um visual até mais do que o uniforme, daí semeou-me a ideia para essa lista (que por sinal é outro "concurso de beleza"e anteriormente fiz com as transformações Super Saiyajin). Confira as equipes de Rang

Crítica - Godzilla (2014)

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Monstros em segundo plano. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Abro esta review trazendo uma curiosidade sobre mim com relação ao filme: Eu o tinha assistido em 2015 no Telecine (saudades TV a cabo T_T) e cogitei desenvolver uma crítica exatamente aqui para o blog, no entanto me faltou aquela disposição, sabe... Pois é, eu meio que abarcava as considerações definitivas quanto ao filme no geral, mas o sabor agridoce que impregnou nessa experiência me forçou a desistir da ideia. Felizmente, isso não aconteceu nesta reprise que fiz (na véspera do natal passado, diga-se de passagem) e minhas ideias acerca da produção apenas complementaram-se e agora posso discorrer com mais tranquilidade sobre todos os pontos. No mais, era tipo escrever uma redação querendo resumir todo o assunto pela conclusão, sem fazer a introdução e o desenvolvimento. Desculpa quem é fã dos classicões da Toho, que devem ter tido orgasmos múltiplos ao verem a aparência do monstro homenagear o visual icôni

Crítica - Buscando...

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A velha problemática do uso irresponsável da internet abordada adequada e inovadoramente. AVISO: A crítica abaixo contém alguns SPOILERS.  A julgar por sua sinopse, o filme não aparenta ser mais que um clichezão de causar sono em menos da metade de seu curto tempo (1h42) para acordar só depois que os créditos estiverem subindo. Para os que viram o trailer antes de saberem a trama geral, talvez tenham se preparado melhor para a verdadeira sacada de gênio a que se resume a execução fílmica desse longa estrelado por John Cho e dirigido por Aneesh Chaganty. Quem é cinéfilo raiz, das antigas, com um senso crítico muito afiado e exigente, provavelmente detestou o transcorrer dessa história completamente fora de uma cinematografia tradicional. E vamos combinar que é injustiça ferrenha rechaçar o filme por conta do estilo narrativo adotado (genial e ousado), afinal de contas o modo de contar a trama através das navegações virtuais é uma adequação compreensível já que é disso que o filme

Capuz Vermelho - Melhores Frases de "Pecado Mortal" (5x16)

Confira abaixo a seleção de frases do último capítulo da temporada (e último a ser postado no blog, só pra constar): 1 - Se ela estivesse presente teria ficado muito orgulhosa Charlie: Do que eu sei, sua avó tem passado por situações difíceis lutando contra bruxas inimigas. Só não concordo no envolvimento da Alexia, faz parecer que ela está sendo usada por ser uma profetisa. Rosie: Charlie, entendo sua desconfiança, também não reagi muito bem quando soube que tinha uma avó bruxa, como se minha não estivesse louca e estranha o suficiente, mas... na última vez que a vi, percebi que aquela mulher rejuvenescida tinha aprendido com seus erros, mesmo amargurada ela não se rendeu ao mal. A magia não corrompeu seu espírito. Acho que fui uma espécie de âncora que não permitiu que ela caísse nas sombras. Não tem magia negra que corrompa um bom magia. 2 - Estragou o velório Felix (para Hamilton... já morto): Você teve uma longa vida para nos oferecer o devido valor que merecíamos. E ag

Crítica - Jurassic World: Reino Ameaçado

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Proximidades com o clássico e mais um show de referências. AVISO:  A crítica abaixo contém SPOILERS.  Após um filme que balançou numa gangorra narrativa que não sabia se assumia como um filme de fato inédito e independente ou uma versão moderninha e meio chupinhada do primeiro - e no final das contas acabou sendo um pouco dos dois, apesar de querer muito se sobressair pela segunda opção -, eis que finalmente sua aguardada sequência toma rédeas mais seguras de como conduzir uma história envolvendo dinossauros sem parecer uma tentativa quase desesperada de equiparação ao passado. Pois é, o longa é inteiramente desvencilhado dos erros do seu antecessor sabendo muito bem como começa, aonde vai e aonde exatamente deseja chegar atingindo uma reflexão crucial. O filme se passa três anos após os eventos do anterior, depois que o parque moderninho foi o maior fiasco e se tornou um lar dos dinossauros para nunca mais um dia ser visitado como um ponto turístico. Se antes a luta era, a pr

Crítica - Godzilla (1998)

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Jurassizilla. AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.  Uma pérola injustiçada? Diria que um tantinho sim. No auge dos filmes-catástrofes, tais como Twister e Volcano, o diretor Roland Emmerich, perito em destruição de cenários numa escala que sua cinematografia pode oferecer até melhor do que Michel Bay, resolveu surfar numa segunda onda da década de 1990 aproveitando o caráter do personagem-título que decisivamente seria o atrativo perfeito para emular o sucesso da renomada franquia de aventura. Óbvio que estou me referindo à saga de Steven Spielberg e seus répteis clonados selvagens. Na prática, a intenção, creio, não conseguiu mais do que uma associação da parte dos espectadores numa projeção negativa. Mas o que havia dado de tão errado na visão dos fãs mais xiitas do lagartão, que reverenciam os trashs (incluindo o original japonês de 1954), para renegarem a visão do diretor arrasa-quarteirão? Uma boa série de fatores, devo reconhecer. A começar pela sentida e dolorosa au