Crítica - Arrow (3ª Temporada)
Divulgação: The CW |
E para começar, hoje trago a crítica da recém-terminada terceira temporada de Arrow. E, confesso, não foi um ano fácil. Depois de uma eletrizante e ótima segunda temporada, o rumo que se esperava ficou somente na vontade. Eu poderia iniciar e terminar facilmente uma review desse ano 3 com a seguinte frase: Mais Oliver Queen e menos Arqueiro. Mas, claro, com estas seis palavrinhas não seria uma crítica decente né? Mas o problema é que não foi uma temporada decente. Mas insisto em perder alguns minutos de minha vida para destacar alguns prós e contras e expressar o que senti ao ver a temporada, sobretudo o finale.
Prós:
- Ra's Al Ghul: Não que eu ache um vilão necessário para fazer parte desta história do Arqueiro (e realmente não foi), mas achei o personagem bem interpretado e com falas bem construídas. Devo admitir que suas cenas e diálogos foram agradáveis de se ver e ouvir. Apenas ficou devendo nas habilidades combativas, que deveriam ser exploradas mais criativamente.
- Thea: Uma personagem que eu não dava a mínima nas duas temporadas anteriores. Mas minha admiração por ela cresceu vertiginosamente neste terceiro ano. Foi ótimo ver seu desenvolvimento, a peça importante que ela se tornou para a tal escolha do Oliver e onde ela chegou, e estou me referindo ao nascimento da Speedy (não sei se ela realmente adotará esse nome na próxima temporada, mas tudo indica que sim). Ver Thea uniformizada no final da temporada aliviou o tédio que eu sentia, mesmo que muito rápido.
- A temporada começou com um ritmo bem bacana. A apresentação do personagem Ray Palmer em "The Calm" (melhor episódio, com exceção do final) foi bem conduzida, com o mesmo sendo bem introduzido, e as presenças de Arsenal (que teve uma boa estreia) e de Sara (A verdadeira Canário Negro) só completaram o show, ainda mais com a volta do vilão Conde Vertigo. Além disso, uma frase muito boa dita por Sara.
- Laurel: Ela teve um melhor tratamento nesta temporada, se tornando mais suportável. Até determinado ponto...
- Flash: O que foi aquele crossover? De longe, um dos melhores episódios da série, e o segundo melhor da temporada na minha opinião. Bem escrito, de tal forma que tornou a interação entre os heróis mais divertida.
- Diggle: Apesar de não ter mudado muito, sua amizade com Oliver está mais forte e teve mais presença.
- Toda a ambientação de Nanda Parbat, a caracterização dos soldados da Liga dos Assassinos e todos os mistérios por trás do Cabeça do Demônio. Vale ressaltar o bom episódio 15, "Nanda Parbat", que é, para mim, o terceiro melhor.
Contras:
- Roy Harper/Arsenal: Desperdiçaram tempo com coisas desnecessárias quando poderiam dar um pouco mais de destaque para o arqueiro vermelho. Resultado: Ficou apagado boa parte da temporada e ainda se despediu sem dar nenhum sinal de que voltará a ser o sidekick do Arqueiro em um futuro próximo. Que pena.
- Laurel/Canário Negro(?): Tentou muito cedo assumir a alcunha da irmã e o resultado foi apenas surras e fracassos. Suas performances foram risíveis em praticamente todas as cenas. Toda essa confusão envolvendo as duas Canários nos levam ao próximo item...
- Sara: Morreu muuuito cedo! Poxa, tinham que mata-la justo no final do primeiro episódio!? O talento da atriz somado à caracterização da personagem só provaram que ela não é uma heroína de uma temporada só. E foi o que aconteceu, infelizmente.
- Muitos dramas desnecessariamente inseridos. Tanto é que em certos episódios, foi impossível não notar o clima novelesco, o que tornou tudo muito irritante.
- Episódios de enrolação e enjoativos: "Draw Back Your Bow" e "The Return" foram os piores fillers desta temporada! O primeiro apresentou de maneira meio forçada uma personagem nem um pouco carismática e sem nenhuma importância. Uma fã alucinada do Arqueiro. Pois é... duro de engolir. Já o segundo, mostrou a volta de Slade Wilson, mas não da forma como se esperava. Além disso, teve um enredo tão empolgante quanto observar uma formiga subir por uma parede. "Left Behind", "Midnight City", "Uprising" e "Suicidal Tendencies" só completam o pacote de fillers de pura enrolação (senti um certo pleonasmo, mas tudo bem). Não vale a pena vê-los de novo.
- Felicity: O que aconteceu com a nossa hacker favorita da série? De ajudante atrapalhada do Team Arrow e alívio cômico para uma moça sentimentalmente dramática e indecisa sobre o par perfeito. Depois de "A Origem Secreta de Felicity Smoak" parece que a personagem perdeu um pouco de sua essência... e não fizeram nada para melhorar.
- Oliver: Sim, nosso protagonista sofreu e muito com o mau desenvolvimento nesta temporada. Mais sisudo do que nunca, vimos um Oliver Queen quase beirando à um Bruce Wayne da vida. Sua "terceira identidade" conhecida como Al Sah-Him nada mais é do que uma amálgama de Batman com Arqueiro. Inexpressivo em certos momentos. Acho que temos a resposta para o que prejudicou o personagem e isto inclui Felicity...
- #Olicity: Que coisa mais chata! Foi piegas, irritante e forçado. Sinceramente, não enxergo química alguma entre o casal. Isto atrapalhou mais do que ajudou. Pior ainda foi ver mais disso no season finale, logo no desfecho.
- Ray Palmer/ATOM: O personagem até que teve alguma relevância, mas seu traje o tornou uma piada pronta. Podendo ser mais visto com facilidade como um Homem de Ferro genérico do que o herói das HQs, o ATOM que vimos não mostrou a que veio. Espero que em Legends Of Tomorrow o personagem melhore, e o season finale, apesar de não ter dado muitas esperanças pra isso, nos mostrou o que já esperávamos e, espero eu, que seja trabalhado sem parecer tosco.
- Ted Grant: O coitado levou uma surra no episódio 12 ("Uprising") e não deu mais as caras. Só gostaria de saber o porque. Seria ótimo ver um Pantera sendo introduzido nesse universo.
- Os flashbacks em Hong Kong: Que saudades eu tive - e ainda tenho - das aventuras em Lian Yu. Nem mesmo Amanda Waller e a trama da bio-arma Alfa e Ômega salvaram algumas cenas do absurdo. O casal Yamashiro até teve lá seus momentos (fiquei de luto pelo Akio), mas na maioria das cenas quase nada pôde ser aproveitado. Se continuar neste ritmo na próxima temporada, os flashbacks continuarão a merecer uma boa carga de tédio.
Season Finale: Um perfeito clima de series finale. Poucos ganchos para a próxima temporada. Derrota do vilão fácil demais e uma luta de fazer bocejar várias vezes. Os únicos momentos que se salvaram foram: Felicity na armadura de Ray (impagável, não teve como não rir) e a estreia da Speedy.
Veredicto: Definitivamente, uma temporada para ser esquecida.
Começou melhor do que terminou. Que Damien Darhk e C.O.L.M.E.I.A e outras melhorias possam fazer da próxima temporada algo que se aproxime ou até maior que as duas primeiras, sobretudo da segunda, temporada que esta última não superou.
NOTA: 6,0 - REGULAR
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