Nem tudo é o que parece #14


Nossas mães sempre nos dizem para não conversarmos com estranhos. Bem, na minha época de infância, eu fui o único da família que fugiu à essa regra.

Aí você me pergunta o por que. Logo eu respondo: porque não temia o desconhecido.

Bem, aí você cria mais perguntas para que eu as responda. Mas não, não farei esse favor.

Portanto, digo, com toda a certeza, que nossas mães estavam erradas.

Se fosse verdade, não seria perigoso perceber que meu reflexo no espelho fala comigo. 

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Mexendo no baú de fitas antigas e novas que eu guardava à sete chaves no meu porão, eu aproveitei para relembrar alguns momentos que me marcaram. Havia uma em especial... a qual não reconheci logo quando vi de relance. Diferente das outras, ela era transparente.

Bem, coloquei-a no vídeo-cassete (empoeirado, embora ainda funcional) para ver do que se tratava. O vídeo começou mostrando o banheiro e logo em seguida focando no box, onde eu estava tomando banho. Fiquei sem reação alguma... pois eu não lembro de ter feito uma gravação como aquela.

No exato momento em que minha amiga (também vizinha) chegou para me visitar, o vídeo cortou para um momento que me constrangeu e, sobretudo, me assustou. A câmera filmava eu e meu marido transando na nossa cama, sem mudar de posição ou foco.

- Minha nossa... o quê que é isso!? - disse minha amiga, atônita ao ver a cena.

- Ei, calma, não é o que você tá pensando!

- V-você gravou isso?

Eu peguei a fita e verifiquei a data da filmagem, pois sempre deixo escrito o dia, o mês e o ano.

- Espera aí... Dia 02 de Julho de 2004... foi ontem...

- E você pensou em gravar você e seu marido num...

- Não! Eu nem sequer toquei na filmadora ontem! 

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É incrível como minha filha aprende tão rápido. Eu mesma a ensinei a contar.

Ela já sabe contar até o trinta... e olha que ela só tem apenas 5 anos.

Em um certo dia, eu estava a ensinando novamente. Ela me ajudava com meu trabalho...

- E então, filha, já contou?

- Sim, mamãe!

- E quantos são?

- 18 braços e 23 pernas. 

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Em uma noite fria, eu estava andando acompanhada de meu amigo da escola. Tudo estava plenamente calmo, quando, de repente, começamos a escutar uma voz... uma voz monstruosa que vinha de cima. Não havia ninguém na rua, já era cerca de duas da manhã, e como estávamos com insônia decidimos caminhar por aí.

"O que acham de jogar um jogo? Eu o chamo de Foice e Martelo."

Levamos um susto, claro. Como nós acreditávamos em qualquer coisa sinistra que ocorria por aí, nos achamos sortudos por aquilo estar acontecendo conosco.

- Ótimo. A gente aceita. Só não vamos perguntar quem você é, porque estamos curiosos e apressados. - disse eu.

Tentamos procurar a origem daquela voz... enquanto ela dizia em tom baixo palavras que não conseguíamos entender.

"Pronto! Já estão no jogo"

- Sim... o que temos que fazer?

Ela deu uma gargalhada extremamente horrorosa. Meu amigo tremeu tanto quanto eu, até nos agachamos.

"Acho que quer dizer o que EU tenho que fazer, certo?"

- Bem... o que vai fazer, então? - perguntou eu, já não gostando mais daquilo.

"É a minha diversão. Vocês são as minhas peças. Que comece o jogo!" 

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Era mais um dia de trabalho, quando recebi uma ligação. Ah, antes de falar sobre o caso, devo revelar que meu emprego não é lá muito convencional. Sou um homem com seus bem cuidados quarenta e poucos anos, mas ainda na ativa. Bem, o que faço é ajudar pessoas caçando coisas que as ameaçam. Coisas que muitos - talvez até você que esteja lendo isto - não acreditam que possam existir. Tenho minha assistente Carrie ao meu lado, prestando-me consultoria na nossa sede.

Agora vou direto ao assunto. A tal ligação era de um homem desesperado, que chorava ao telefone com soluços intercalando com as palavras.

- Alô, em que posso ajudar?

- O-oi... É o senhor Frank? Por favor, vem aqui rápido!! Eles estão por toda a parte! Eu não quero morrer!

- Espere, senhor.... mantenha a calma. Seja mais específico. Onde você está?

- E-eu... estou no topo da escada... estou de olhos fechados... mas não consigo fecha-los por muito tempo sabendo que... que essas coisas estão aqui.

- Descreva-os para mim, por favor.

- São enormes... asquerosos... tem patas enormes e asas vermelhas... são demônios, senhor Frank, tenho certeza!! Estão na sala... no chão, na parede, por toda a parte... estão olhando para mim!!! Meus olhos estão ardendo... Oh não!!

- Por favor, fique calmo. Diga-me o endereço.

Após ele ter dito onde morava, pude ir à sua casa ver o que realmente se passava, levando armas, sal e água benta. Tive que ligar para uma clínica especializada para o problema dele. Quando voltei à sede, Carrie se levantou de sua cadeira bastante curiosa para saber o que ocorreu.

- E então, como foi?

- Bem, não fiz muito. Ele foi encaminhado para um hospital... e chamei um dedetizador.

- Um dedetizador? Por que?

- Era uma infestação de baratas. 


FIM... por enquanto! 

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