Nem tudo é o que parece #11
Estou profundamente desapontado. Nunca estive tão deprimido antes em toda minha vida. Sinto como se uma parte de mim tivesse sido arrancada sem escrúpulos.
O que minha família pensará disso? Temo sobre como irão se sentir, talvez uma reação pior que a minha. Será que já denunciaram? Afinal, isto que fizeram é um crime imperdoável.
Ainda que eu esteja assim, não posso pôr em prática meu plano de vingança, mas procurarei outros meios. Até porque, tenho minhas vantagens ao meu dispor.
Aqueles malditos...
Malditos! Irão pagar caro pelo que fizeram!
Vou ensina-los uma boa lição. Vão aprender sobre o erro que cometeram ao exumarem meu cadáver.
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Em um fim de tarde, eu estava voltando do trabalho, já totalmente exausto, necessitado por um fim de semana longe daqueles computadores. Cheguei em casa e assim que abri a porta pude ver na mesa da sala de jantar uma caixa de presente.
Eu morava sozinho. Além disso, não possuía muitos amigos e também estranhei pelo tamanho da caixa. Me senti como se no dia em questão fosse meu aniversário. Aproximei-me da mesa, procurando por algum bilhete, já que era comum em presentes do tipo.
Havia um pequeno papel amarelo embaixo da caixa. Nele dizia: "De sua querida mãe para meu querido filho". Após ler o que tinha escrito, simplesmente fiquei paralisado e meio surpreso.
Eu teria tido uma outra reação mais positiva, se não fosse pelo fato de minha mãe estar morta.
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Na época em que eu trabalhava como psiquiatra do manicômio principal do bairro onde eu vivia, eu lembro de ter vivido experiências horrorosas perante àquelas mentes doentias e confusas. E uma delas me marcou terrivelmente. Naquele lugar jamais pisarei novamente. Não mais como profissional.
Era uma madrugada, eu estava passando por um corredor pessimamente iluminado, quando de repente me vêm uma ordem do meu chefe: tratar de um dos pacientes mais incorrigíveis que já tive, seu nome é Bob.
Bob sofria constantemente de alucinações e quase sempre eu o via conversando com o nada. Quando entrei no seu quarto, percebi que seu estado havia se agravado, o que me preocupou logo de imediato.
O que logo me espantou foi a ausência de seus companheiros de quarto.
- Olá Bob. Posso saber onde estão seus amigos? Eles fugiram?
- O-oi doutora... - disse ele, tremendo sem parar. - Eu vi eles morrerem...
- Como assim Bob? O que houve com eles?
Ele permaneceu em silêncio, enquanto seus dentes batendo devido à tremedeira era o único som presente. O olhei com estranheza e decidi fazer uma outra pergunta.
- Muito bem, Bob. Da última vez que o visitei você se recusou a falar sobre seus amigos imaginários. Pode me falar sobre eles agora? Como eles são?
- Eles estão aqui... n-não posso f-falar deles...
- Por que não? Bob, por favor, só me responda essa última pergunta: O que houve com os outros?
De repente, ele olhou aterrorizado para cima e com o dedo indicador esquerdo apontou para algo...
- Eles disseram...
- O quê? O que eles disseram?
- Que a senhora é a próxima.
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Em um dia, eu estava conversando com um amigo pelo Skype, nós havíamos combinado de falarmos sobre nossas séries favoritas. A webcam dele não parecia ser das melhores, mas mesmo assim a conversa fluiu normalmente. À medida que o assunto ia se desviando, tratei de mostrar-lhe a máscara assustadora que comprei para assustar os outros caras.
Rimos bastante dos nossos planos pra algumas brincadeiras com aquele máscara. Ela era negra, tinha um bigode prateado e os olhos eram de um tom preto bem mais vivo. Em dado momento, ele disse que iria beber um copo d'água e depois voltava.
Ele demorou cerca de uns 2 minutos. No entanto, ele voltou usando a mesma máscara que eu lhe mostrei. Fiquei tipo: "WTF?"
- Ué, não sabia que você tinha uma igual. Onde conseguiu? - perguntei.
O estranho é que ele não respondeu nada. Ficou lá sentado, parado, sem mover um músculo. Fiquei pelos menos uns 5 minutos tentando chamar a atenção dele, gritando sem parar, mas em vão.
Liguei para o celular dele. Eu já estava completamente confuso e sem saber o que estava realmente acontecendo... quando ele atendeu!
- Oi cara. Por que tá ligando pra mim?
- Onde você realmente está? Ué, estou ligando pra ti, mas você está parado na webcam sem se mover. Tá se comunicando por telepatia é?
- Ué, estou na cozinha, ora. Quem está no meu quarto?
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Nós havíamos nos mudado para a casa "nova", quando, no exato dia da mudança, a antiga dona da casa estava se despedindo dela. Ela nos avisou, seriamente, que jamais deve-se abrir o armário do último quarto. Ficamos tão abismados com o que ela disse, que decidimos realmente não tocar no tal armário. Porém, como a família era um pouco grande, eu acabei ficando com o último quarto.
Eu dormia com o meu irmão mais novo. Após 3 meses, algo terrível aconteceu. Eu o perdi... para sempre. No dia, eu cheguei no quarto e ele não estava lá, lendo suas revistinhas. Para piorar, a porta do armário estava aberta. Tantas vezes avisei à ele para não abrir. Todos ficaram desesperados.
Como a casa era uma antiguidade, senti que algo sinistro nos ameaçava. Fiz um teste para saber se o armário era como eu pensava. Coloquei meu gato lá e o tranquei por uma noite.
No dia seguinte, o encontrei completamente retalhado... mas meu irmão não estava lá. Nenhum de nós ousou em abrir aquele armário, mas eu tomei coragem. Pensei em várias teorias e conclusões, enquanto eu chorava bastante.
Não durou muito, quando de repente senti duas mãos me empurrarem para dentro do armário.
FIM... por enquanto!
Meu, eu gostei bastante da da Webcam, do sanatório, e a singela caixa de presentes, gostaria de detalhes sobre as mesmas, quem sabe em próximos contos...
ResponderExcluirObrigado pelo reconhecimento, Sah :)
ExcluirA da Webcam foi inspirada em uma creepypasta que também aborda o Skype, que eu li recentemente.
Vou voltar a ler com mais frequência várias creepys. Quanto aos detalhes... não sei, a intenção é deixar que o leitor julgue o conto pela sua perspectiva, imaginando o que realmente significa aquela situação, criando soluções etc.
Possivelmente escreverei a 12 no domingo que vem, aguarde ;)
Aguardarei ansiosamente.
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