Imutável
Refém das alterações iminentes eu me encontro.
Quão rápido elas podem chegar para acentuar meu assombro.
Me vendo sem escolhas, sem uma estrada a seguir.
Tendo, neste tempo desprovido de expectativas, como única opção sucumbir.
Emudeço diante das questões, elas turvam minhas visões.
Revelo-me sem destino, fechado a sugestões.
Desvio meus olhos dos merecedores, não me vejo entre eles.
Deparo-me com aleivosias em série, nutrindo amargas esperanças.
Não revido com ódio, pelo contrário.
Apenas caminho cegamente por uma direção indefinida, passivo aos adversos.
Trilhando agora a sina do medo do depois.
Que fique como está.
Que sejam inalteráveis as incertezas.
Sou torturado pelo medo enquanto temente às modificações.
Não há ganhos, perdas ou consolações.
Apenas o temor de uma transformação indesejável.
Em fados transmissores de dúvidas em uma vida vazia de perspectivas.
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