Crítica - O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas


Sobreviver ao inevitável.

Crítica originalmente escrita em: [esqueci quando 😅]

Creio que pra um bom número de fãs da franquia é inegável que a história teve um encerramento digno no segundo filme dirigido pelo James Cameron sem necessitar de mais um capítulo para dar um sinal de conclusão em trilogia e por 12 anos a saga permaneceu "finalizada". Mas nada que impedisse um "E se" de sair do papel que potencialmente quebraria o "Happy End"(com a destruição das pesquisas, da CPU e do antebraço robótico da Cyberdyne Systems) do longa anterior e que anteciparia a grande tragédia global suscitada nele - a mesma por desencadear a trama engatilhadora para o primeiro filme - o ciclo incidido pela viagem no tempo. Para o fã que venera os dois primeiros filmes, a saga canônica do diretor, esse terceiro conflito é descartável tal qual um filler de anime, mas há outros aspectos postos em discussão para justificar esse tratamento desdenhoso que eu sei que existe entre os amantes dos exterminadores clássicos. Se eu acho ele injusto? Olha, diria que um pouco. Do tipo que você assiste depois de ver todos detonando e no frigir dos ovos constata: Não é tão horrível quanto dizem. A tocha foi passada à Jonatham Mostow (do qual não conheço antecedentes cinemáticos) e seguiu o trem.

O diretor pode não dotar do mesmo apuro para conduzir uma ação equiparável a de Cameron, mas sou humilde pra reconhecer que o trabalho nesse quesito não ficou em débito e posso citar ao menos dois momentos que mal desgrudo os olhos da tela pra acompanhar: A cena do salvamento de Katherine Brewster (a futura esposa de John Connor,) pelo exterminador, na primeira tentativa de assassinato por T-X contra Connor, e a perseguição destruidora entre Connor, T-X, carros com "vida própria" e o exterminador numa moto - basicamente uma corrida. É uma boa direção num nível estável. Pode ser estranha a ideia de que demorou um longo espaço de tempo pra enviarem outro exterminador pra ceifar Connor. Se levamos em conta que T-X, uma exterminadora tão implacável quanto o T-1000, é composta de uma tecnologia bastante avançada, há de se pensar que isso justifique terem esperado anos para retaliarem contra Connor e pra isso designaram o produto mais aperfeiçoado até então criado para essa finalidade. A vilã é apenas um obstáculo de movimentação, visto que o Julgamento Final estava predestinado a não ser impedido, nem por Connor, nem por ninguém, e se tem um herói no meio dessa cataclísmica problemática com certeza é o próprio exterminador que foi às últimas consequências para manter o futuro casal da Resistência contra a Skynet a salvo, seja para frear a persistente T-X ou para garantir que eles escapem com vida à área subterrânea na qual deveriam se proteger. O filme tornou-se previsível com o clima de fim do mundo anunciado pra já? Indiscutivelmente. Nada bloquearia os mísseis nucleares e a prioridade era agir sob auto-preservação. Chega a ser ridículo ver quão ingênuos foram os personagens na credulidade de evitar um apocalipse que faria máquinas poderosas e armadas triunfarem sobre a humanidade. A espécie pereceria diante da suas criações, um preço inescapável.

Das atuações, vejo que somente Claire Danes e sua Kate Brewster cativaram numa dramaticidade maior (a que mais precisa de amparo emocional no meio da celeuma de máquinas assassinas) e mais convincente ao contrário de Nick Sthal e seu afetado e inconsequente John Connor que em nada lembra um traço de personalidade da encarnação passada, mas é aquele velho lance... as pessoas podem mudar com o tempo, não é mesmo? (o que não tira um descrédito pela atuação meia boca). Juntos em cena ao menos tiveram uma química bacaninha, mas nada excepcional. Algumas sequências meio que derrapam, como o festival de mísseis bombardeando várias partes do mundo que careceu de emoção (só a musiquinha triste não basta né?), sobrando o bem discursado monólogo de um nem muito pessimista e nem muito otimista John Connor. O desfecho não poderia ser diferente, servindo até mesmo como um fechamento aceitável...

Mas daí tinham que produzir, 6 anos depois, um quarto filme para retratar o futuro caótico. Se acusar um dos dois de ferrar a franquia, não aponte para A Rebelião das Máquinas.

Considerações finais:

O Exterminador do Futuro 3 ao mesmo tempo não é a bomba nuclear que desconstrói o segundo filme e não é uma proeza cinematográfica que supera a experiência de James Cameron. Sinceramente, prefiro este com seus defeitos do que as duas presepadas que vieram logo em seguida, pois enquanto a terceira aventura não chega ao patamar dos dois primeiros, ela certamente nos poupa de erros muitos piores que a sequência de 2009 e o reboot desgraçado de 2015 proporcionaram.

PS1: "Fale com a mão" (HAHAHAHAHAHAH)

PS2: A cena com os óculos de estrela é impossível não provocar um risinho. Ficou estiloso XD.

PS3: Falar da atuação do Scharwza nesse filme é chover no molhado. Nunca haverá um ator que emule tal nível de interpretação à esse personagem. Repito: NUNCA! Certos intérpretes são únicos, de fato.

NOTA: 7,0 - BOM 🙂🙂🙂🙂🙂🙂🙂

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://www.rockarama.com.br/ae-movies-tera-programacao-especial-de-filmes-com-arnold-schwarzenegger/

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