10 melhores finais de temporada de Supernatural

Para a tristeza dos fãs apaixonados e para a alegria de quem já não suportava mais ver uma série desse gênero se alongando interminavelmente, Supernatural finalizou seu último arco no ano passado, se safando por pouco dos limitadores obstáculos impostos pela pandemia do coronavírus que virou o mundo de ponta à cabeça e atrasou o andamento de diversas produções televisivas e cinematográficas. E se tinha uma coisa que fazia os amantes da série vibrarem de emoção eram, sem dúvidas, os episódios finais das temporadas que geralmente engatavam surpresas das quais ninguém estava preparado para reagir. Separei pra essa lista 10 desfechos, alguns que impactaram os fãs, outros que geraram ansiedade para as histórias que seriam abordadas na temporada seguinte. Pra definir os escolhidos não foi levada em consideração uma competência específica (como o próprio hábito de surpreender o público). Sem mais delongas, confira abaixo os selecionados:

 1 - "Demônios à Solta (Parte 1 e 2)" (2x21 e 2x22)

Eu não cometeria a injustiça de vetar o memorável final da segunda temporada nessa lista. O ano 02 das aventuras sombrias dos irmãos Winchester é tido por mim como o ponto mais alto do ápice criativo e qualitativo da série. Apesar de ser escrito por Sera Gamble (responsável pela atrocidade chamada sétima temporada), o primeiro episódio desse final duplo foi eficiente na criação de um clímax dramático (sobretudo no desfecho com a morte de Sam) e emergente dentro do contexto (Azazel, o demônio de olhos amarelos, estava disposto a usar Sam e outras pessoas com poderes paranormais a iniciar uma guerra contra a humanidade). Já na segunda parte (roteirizada por Eric Kripke), a tensão se eleva com a libertação dos demônios dos portões do Inferno (cuja chave de abertura é própria arma matadora de monstros, a Colt), além do sacrifício de Dean na forma de um pacto demoníaco para reviver Sam. Nessa época em que tudo era mais "simples" (a série ainda estava praticamente no início), um final de tirar o fôlego como esse acabou se revelando uma grata surpresa. Em destaque, a cena de Dean atirando com a Colt na cabeça de Azazel é um dos momentos mais emblemáticos da série. 

2 - "Enfrentando o Capeta" (3x16)

Apesar da previsibilidade da trama em geral (e desse título em português completamente desconexo), acerca do pacto de Dean e do destino reservado à ele após esgotado o tempo de vida reduzido mediante o pacto em troca da vida de Sam, a terceira temporada contou com um episódio carregado de desespero e boa condução narrativa, especialmente pela baita surpresa que foi descobrirmos, nos quarenta e cinco do segundo tempo, que Ruby, "aliada" dos irmãos na busca de libertar Dean do pacto, estava possuída por Lilith. A demônia ardilosa (que antes do clímax possuía uma menina) ferra com tudo e ainda chama o cão infernal para retalhar Dean que tem sua alma levada ao andar de baixo. Lá, o Winchester mais velho está preso por correntes e ganchos cravados no seu corpo e grita o nome de Sam numa das cenas mais angustiantes da série. 

3 - "A Ascensão de Lúcifer" (4x22)

Outro final igualmente previsível, mas com seguimentos de enredo um tanto superiores ao comentado acima. Sam e Dean, até esse estágio da série, nunca estiveram tão divergidos sobre como proceder na luta contra o vindouro Apocalipse. Brigados, ambos percorrem vias opostas nessa corrida: Sam unido à Ruby no afã impulsivo de matar Lilith com seus poderes mais amplificados e Dean preso num espaço que parece uma mansão luxuosa sendo avisado por Castiel e Zacarias para que não interfira no rumo dos acontecimentos pré-apocalípticos (isso até Castiel desobedecer às regras revelando que Lilith é o último selo que destranca a jaula de Lúcifer). Quando os irmãos se reúnem, já é tarde demais pra arrependimentos e um portal se abre com o sangue de Lilith numa tensa sequência que encerra a temporada com chave de ouro.

4 - "Canção do Cisne" (5x22)

É aqui que vou novamente encarnar o chato que repete o famigerado chavão de que a série deveria ter tido sua conclusão realizada neste episódio. O final da quinta temporada cria na tela uma atmosfera de que algo grandiosamente ruim irá acontecer, mas como estamos falando de uma série de TV sujeita à limitações orçamentárias isso acaba se mostrando um conflito mais pé no chão entre personagens super-poderosos (no caso, Lúcifer e Miguel, frente à frente para duelarem até a morte). As capacidades técnicas da série são perdoáveis nesse caso, ainda mais quando se trata de um roteiro que sabe extrair o melhor dos intérpretes dos personagens (Jared Padalecki tava atuando até que um tantinho melhor do que de costume heheh), contando com um enredo que traz situações decisivas e marcantes (Sam, entupido de sangue de demônio, pronto para dizer o "sim" ao capiroto e o grande confronto de Dean no meio da treta entre os arcanjos no cemitério são bons exemplos). Teria sido, de fato, um fim digno para a série, mas que foi aceitável como o fim de um ciclo. 

5 - "Sacrifício" (8x23)

O eletrizante final da oitava temporada não poderia ser desconsiderado. Todo o plot envolvendo o fechamento dos portões do Inferno rendeu momentos bem divertidos e neste episódio não foi diferente. Com o terceiro e último teste a ser feito por Sam, Crowley torna-se refém já que a tarefa consiste em injetar sangue humano em um demônio para cura-lo. O Rei do Inferno, inclusive, rouba a cena soltando um discurso sobre querer ser amado como nítido efeito do sangue que Sam lhe aplicava. Abaddon mostrou a que veio desde a primeira cena e numa cena pra tratar de negócios com Crowley, trava um embate bem legal contra Sam. E por falar no Winchester caçula, temos um momento emocionante entre ele e Dean devido às consequências nocivas dos testes na saúde. Mas nada preparou os fãs para o ultimo desdobramento da via alternativa que se seguia com Castiel e Metatron e que não apenas deflagrou o mote da temporada seguinte como também impactou o público com uma revelação surpreendente e um lindamente trágico espetáculo nos céus. 

6 - "Você Acredita em Milagres" (9x23)

Esse episódio pode ter sofrido com um ritmo meio travado, mas os eventos que se sucedem a partir de quando Dean vai aonde Metatron está, imbuído da marca de Caim e da primeira lâmina, a narrativa vai ganhando mais energia, conduzindo exatamente para um desfecho regado à muito drama - e nisso quero me referir à morte de Dean pelo escriba (que pelo menos tem um destino que o neutraliza quando os fãs mais gostariam de assistir o vilão mais revoltante da série sofrer uma morte dolorosamente cruel). Mas se a morte de Dean em si não foi peça o bastante para acelerar os corações, a grande surpresa reservada, em razão das consequências da morte ligadas à marca, logo no finalzinho o faria. Ela até chegou a remeter uma cena do episódio 10 da terceira temporada na qual Dean confronta uma versão maligna sua num pesadelo e que em determinado instante mostra olhos pretos profetizando que Dean se transformaria num demônio - e assim foi. 

7 - "Guardião do Irmão" (10x23)

Tudo caminhava para um final emocionalmente intenso no tocante à relação dos irmãos que não andava nada bem com ambos divergidos sobre a marca de Caim. Dean estava aceitando de corpo e alma sua sina de se render ao poder da marca e enlouquecer ao passo que Sam movia céu e terra para conseguir uma saída que removesse a maldição do seu irmão de uma vez por todas. Destaco o momento em que Dean é incentivado pela Morte a matar Sam com sua foice após o caçula mostrar fotos antigas visando tocar a humanidade que ele acreditava ainda existir. Depois fomos agraciados pelo inesperado movimento de Dean ao literalmente matar a Morte. Mas o melhor estava por vir com a remoção bem-sucedida da marca e, obviamente, a manifestação do efeito colateral inevitável. A cena da chegada da Escuridão, mais precisamente a forma como foi produzida, deu um gancho esperançoso com toda aquela avalanche de fumaça negra arrasando com tudo. 

8 - "Ao Longo da Torre de Vigia" (12x23)

Após o desenrolar final da trama morninha dos Homens de Letras Britânicos, Supernatural encerrou seu décimo-segundo ano para dar uma continuidade mais significativa do que vinha sendo, até tal episódio, o sub-plot da temporada devido à grandeza do conflito, no caso o filho de Lúcifer que estava sendo gerado na barriga de uma namorada do presidente americano. Daí o que não passava de uma história secundária acabou tornando-se relevante por um motivo lógico. Talvez um final melhor viria na forma de um episódio com maior duração intercalando ou até mesmo convergindo os dois conflitos (ao invés de uma dobradinha). Eu acharia o máximo, assim a trama dos HLB, ainda que superficial, não ficaria em segundo plano ao ter sua conclusão relegada ao penúltimo episódio, creio que dessa forma ambas as tramas se beneficiariam igualmente, era só os roteiristas botarem a cachola pra funcionar porque potencial havia na trama principal de modo a interligar-se com a outra. Mas não vou descrever finais alternativos suficientemente bons e/ou melhores que o original. Encerrando a trama do nascimento do nephilim de maneira OK, me daria por satisfeito. E foi exatamente o entregue: um episódio dramático, surpreendente e com momentos cruciais de impacto (a morte de Castiel e de Crowley são exemplos). E destaque para a inserção da temática de universos alternativos. A cena final com Sam descobrindo o filhote do capiroto já crescido instantaneamente e encarando ele com olhos brilhantes e um sorriso duvidoso valeu para atiçar a curiosidade do que viria logo a seguir.

9 - "Deixe os Bons Tempos Rolarem" (13x23)

Na época que tinha visto pela primeira vez, havia dito em pensamento que fazia tempo que não assistia um episódio final de uma temporada de Supernatural que pudesse dar tanto gosto de acompanhar cada cena. Exceto pela ideia dos irmãos de levar Jack para uma caçada, o que era uma baita conveniência devido ao uso dos poderes do nephilim pra facilitar o trabalho, o episódio trouxe uma boa direção, com destaque para o movimento de câmera quando o Dean, possuído por Miguel do universo apocalíptico, aparece na igreja onde Lúcifer faz de gato e sapato com Jack e Sam, apresentando um belo par de asas pretas emanando toda sua luz. Um episódio bastante funcional, apesar da bisonha luta de arcanjos que se atracam em pleno ar, mas pareciam estar em gravidade zero com os movimentos. Daqueles que estimulam uma vontade genuína de rever. 

10 -"Moriah" (14x20)

Confissão a ser feita: Eu coloquei o episódio final da décima-quinta temporada no lugar deste, mas depois pensei com meus botões, refletindo, comparando e... reconsiderei incluir "Moriah" pelo mesmo desenvolver um dos finais que mais me deixou embasbacado e eu não quis admitir isso pra comentar sobre ele aqui por ter gostado do episódio 15x19 ("Herdando a Terra") e da décima-quarta temporada, em boa parte, não ter me agradado. Só que me dei conta, tardiamente, de que meu gosto pelo episódio no qual Chuck tem seus poderes drenados por Jack, consequentemente tornando-se um mero mortal comunzinho, não tinha força contra o meu gosto pelo episódio em que ele revela sua faceta nefasta após os irmãos não darem à ele o final que ele gostaria de assistir (Jack sendo morto por Dean em vingança pela morte de Mary). Sem falar que Jack tivera uma abordagem interessante da extensão de seus poderes ao fazer com que todas as pessoas dissessem apenas verdades em virtude de uma ingenuidade pueril (e ainda tinha o fato de que estava sem alma). Quem mais, afinal, faltava para os Winchesters encararem tendo em vista o nível que chegaram? Ele mesmo, o mais impressionante e improvável inimigo de todos. Pode não ter feito milagre para absolver a temporada, mas cumpriu um papel muito significante. 

*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.

*Imagens retiradas de: [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11]

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