Colecionador de Ilusões
Condenado a carregar um doloroso fardo, ele persiste em caminhar por essa estrada espinhosa, acreditando, sem deixar algo abater tal crença, que possa conseguir aquilo que tanto procura.
A ingenuidade e a solidão são suas guias. Como bichos de estimação, constantemente ávidos por alimento. Ninguém entende o porque. O porque de tal caminhada continuar, após a mesma claramente se resumir em tropeços, escorregões e empurrões.
Suas pernas sangram. Nem mesmo a chuva o pára. Seu corpo está repleto de cicatrizes e cortes profundos. Quanto mais ele pode suportar, afinal?
Ele não é nenhum pagador de promessas. Talvez continue seguindo em frente apenas por ser a única opção que lhe resta. Parar só o deixaria à mercê dos monstros externos e internos.
Agora ele finalmente chega ao fim... Espere. O fim da estrada é, na verdade, um profundo precipício.
Então esse é o fim? Ele continua tranquilamente a caminhar, à medida que suas feridas aumentam.
Caminhando em direção ao fundo... Após fazê-lo não lhe restaria mais nada. Bastava apenas um único empurrão para que todas elas se esvaíssem de sua frágil mente... e, por fim, viver para sempre com a mesma dúvida:
O que era real?
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