Crítica - Saint Seiya: The Lost Canvas

Divulgação: TMS Entertainment 
Estreando minha primeira review de anime aqui no Universo Leitura. Não estranhem se acharem fraca ou sem-graça, até porque ainda preciso me habituar a escrever críticas nesse formato (e algumas críticas positivas minhas costumam não ser tão longas, dependendo da minha satisfação, então não achem estranho). Decidi então começar por uma grata surpresa que tive o imenso prazer em assistir, que é esta adaptação de Saint Seiya. O padrão a ser utilizado é o mesmo: Prós, Contras e o Veredicto, tal como nas reviews das séries de TV. Só ressaltando que o formato das críticas cinematográficas permanece o mesmo.

Então, chega de delongas, vamos para o que interessa. Assisti esse prelúdio após ser influenciado por alguns comentários positivos com relação ao mesmo, sem falar na curiosidade que isso criou em mim. Logo, lá estava eu, pronto para ver o primeiro episódio, com uma ansiedade moderada. A primeira impressão que tive foi de que souberam casar o clima da era atual com um mais original. Isto também se deve ao drama presente - em especial, nos combates -, que torna tudo mais interessante, em determinados episódios.

Vamos aos prós e contras:

Prós: 

Cavaleiros de Ouro: Uma excelente ênfase nos cavaleiros de ouro foi vista e apreciada. Boa parte deles foram tratados respeitosamente, cada um com seu próprio desenvolvimento ao longo dos episódios, aliado ao detalhamento das armaduras. Destaque para Dohko de Libra e Shion de Áries, que executaram importantes papéis dentro da trama.

Animação: Ponto para a equipe responsável pela criação dos traços, cenários, enfim, a animação como um todo. Apesar de não chegarem a se assemelhar muito aos da era atual, os traços dão um tom único para a série, bem como os efeitos durante as batalhas.

Tenma: Com um protagonismo bem menos exagerado que Seiya, Tenma de Pégaso conseguiu me satisfazer com seu destaque relativamente moderado e sua interação com o vilão da trama. Por ainda estar acostumado com a voz de Seiya, confesso que estranhei logo de primeira o famoso golpe "Meteoro de Pégaso" na voz de Tenma (Detalhe: Assisti dublado). Apesar da pressa em fazer o personagem se consolidar como o guerreiro que está destinado a ser, tudo soou naturalmente bem. Algumas características o fazem lembrar de Seiya (físicas e emocionais), mas a personalidade própria de Tenma não foi de todo ruim, conseguindo diferenciar-se do Pégaso atual.

Albafica de Peixes: Convenhamos, ele é bem mais interessante e marcante que Afrodite. Sua luta contra Minos de Grifon foi primorosa e o personagem lutou até a morte de forma digna.

Hasgard de Touro: Quem diria que o cavaleiro de Touro seria tão cativante quanto o da era atual. Persistente e destemido, o Aldebaran desta Guerra Santa não ficou devendo em muita coisa, a não ser por uma participação mais extensiva ao longo da trama.

Espectros: Se tem uma coisa que The Lost Canvas realmente me surpreendeu, foi a maneira como fizeram os vilões serem tão admiráveis e odiosos ao mesmo tempo. As Estrelas Malignas realmente tocaram o terror no santuário. Não há do que se reclamar quanto se trata dos espectros de Hades desta Guerra Santa.

Deuses dos Sonhos: São tão destacáveis que chega a ser difícil escolher só um preferido. Meus favoritos são: Ícelos e Oneiros. Cada uma de suas habilidades exploradas de forma muito benéfica para as batalhas que se seguiram.

Athena: Sasha pode não ter o mesmo carisma que Saori, mas ainda assim conseguiu se sair bem através da sua relação com o mocinho e o vilão (Tenma/Pégaso e Alone/Hades, respectivamente).

Thanatos e Hypnos: Os deuses da Morte e do Sono são dois dos mais incríveis vilões que surgem na série. Quando eu disse que The Lost Canvas se superou ao fazer dos vilões tão bem trabalhados, eu havia me referido a todos eles mesmo. Quanto à esses dois, nada deixa a desejar. O que foi aquela memorável batalha de Manigold e Sage de Câncer contra Thanatos?

Hades: O Imperador das Trevas esteve brilhante, sem tirar e nem pôr. A transformação de Alone como sendo o hospedeiro do Deus rendeu ótimos momentos. Sua luta final contra Dohko, apesar de curta, foi bastante excepcional.


Contras: 

Pandora: Uma personagem de grande importância como ela poderia ter tido um pouco mais de tempo. Dos episódios finais até o "desfecho" ela nada mais foi que uma presença esquecível.

Yato de Unicórnio: Além de sua estranha relação com Tenma (alternando entre rivalidade e amizade), o personagem não possui relevância alguma. Dispensável.

O "final": Só lamento pelo anime ter sido cancelado logo quando tinha bons ganchos para uma continuação :(


Veredicto: Um belo prelúdio para a era atual de Saint Seiya. Mesmo pegando alguns elementos da era que tanto conhecemos (sem apelar para cópias e os clichês), The Lost Canvas possui uma roupagem que soa original e desdobramentos bastante funcionais, que o torna uma obra adaptada obrigatória para todo fã de CDZ. Recomendadíssimo, para ver e rever!


NOTA: 9,5 - ÓTIMO 

Veria de novo? Com certeza.


PS: Pretendo, futuramente, fazer a review de CDZ Ômega. Aguardem!!

Comentários

  1. Devo concordar com as suas considerações! Pra ser bem franco, não conhecia o seu trabalho, contudo você superou totalmente minhas espectativas.
    Já faz tempo desde que assiti a adaptação, mas lembro-me dos momentos em que me via prendendo a respiração durante o desenrolar da trama.
    Gostei do CDZ:The Lost Canvas, mas eu esperava um pouco mais dos criadores. Tendo em vista o pouco tempo e capitulos que tinham, acredito que perderam muito tempo em personagens de pouca ou nenhuma importancia para a trama. Um bom exemplo disso foi Yato de Unicórnio, que assim como seu sucessor, carece em individualidade e importancia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário, e por ter concordado com minha visão acerca do anime :)
      Estou cogitando revê-lo ainda esse ano, mas quem sabe minhas atenções possam se voltar à animação mais recente: Soul of Gold - que inclusive poderá ganhar uma provável review por aqui.
      Até mais! ;)

      Excluir
  2. terminei hj o último episódio e o que mais deixou decepcionado foi o final.
    o cavaleiro de escorpião louco pra lutar e nada, o de aquário também nem lutou.
    a impressão que tive é que não quiseram continuar.
    os efeitos estão sensacionais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A baixa receptividade do público japonês levou-o ao cancelamento, uma pena. A série como um todo, até onde eu sei, é impopular no país, ao contrário do Ocidente. Resta aos fãs apenas lamentar. Desculpe responder meio tarde, frequentemente não confiro a área dos comentários, mas vez ou outra dou uma olhadinha rs. Até mais :)

      Excluir
  3. Adorei The lost canvas!!! Concordando com praticamente tudo que vc apontou, acrescento que o ritmo da trama é melhor desenvolvido que no da era atual, muito mais dinâmico e prende o espectador. Contudo, gostei bastante do Yato, justamemte por causa da dinâmica entre a amizade e a rivalidade com Temma, além de que o protagonista precisa de amigos que não sejam Atena e Hades e que comunguem da mesma idade, ideologia, esse tipo de coisa. Fiquei muito triste por não haver continuação porque considero melhor do que a série original em muitos aspectos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu particularmente adoraria um reboot da série original aos moldes de Lost Canvas e produzido na MadHouse, mas nesse ponto já tô sonhando até demais hahahah
      Obrigado pelo feedback, volte sempre ;)

      Excluir

Postar um comentário

Críticas? Elogios? Sugestões? Comente! Seu feedback é sempre bem-vindo, desde que tenha relação com a postagem e não possua ofensas, spams ou links que redirecionem a sites pornográficos. Construtividade é fundamental.

As 10 +

10 episódios assustadores de Bob Esponja

10 melhores frases de Optimus Prime (Bayformers)

Mais 15 desenhos que foram esquecidos

10 melhores frases de Hunter X Hunter

Crítica - Tá Dando Onda

Os 10 melhores memes de Dragon Ball

Crítica - Circus Kane: O Circo dos Horrores

10 melhores frases de Dean Winchester

10 melhores frases de Os Incríveis

Baú Nostálgico #13: Dick Vigarista & Muttley (Esquadrilha Abutre)