Baú Nostálgico #6: Medabots
ANTES
É complicado falar sobre esse anime ou até mesmo justificar as razões que me levaram a incluí-lo nesta série, pelo fato de meu contato e minha experiência com ele terem sido efêmeros. É um anime que vi de supetão numa chamada da Globo e como o plot central envolvia robôs - ainda mais sendo controlados por proprietários humanos que competem em batalhas onde suas máquinas lutam entre si - o interesse foi praticamente imediato, como qualquer outra obra fictícia que chame minha atenção a depender de seu tema. Portanto, esta parte seria extremamente curta em virtude do motivo acima. "Ah Lucas, então isso quer dizer que a série já atingiu o limite de desenhos que você viu na infância e agora está apelando para a encheção de linguiça porque não faz ideia sobre qual obra falar com mais detalhes?" Também não é assim. Sei que o anime estreou na TV Globinho em 2001. No entanto, só fui me aprofundar na mitologia da série por meio de pesquisas na internet, isto quando passei a ter mais acesso à ela em idos de 2011/2012.
Muito desta estranha sensação de já ter acompanhado o anime com maior frequência neste já distante passado (afinal, já são mais de 10 anos rs) se deve a um fenômeno chamado memória afetiva, que, por sinal, fez bastante parte da minha vida, o que significa que não é se duvidar de que fui trollado pelo meu próprio cérebro inúmeras vezes. Memória afetiva ocorre quando você, por exemplo, revisita um lugar que você costumava frequentar muito na infância, mas acaba percebendo que tal local não era tão maravilhoso quanto você achava no passado. No meu caso em questão, a peça que me foi pregada me fez acreditar que Medabots poderia ser inserido facilmente na lista de primeiros animes que acompanhei. Esta é a memória afetiva. Fazer você ter a crença de que algo era incrível quando na verdade não era lá grandes coisas. Mas nesse caso em especial a memória em si refere-se à uma visão quantitativa e não qualitativa.
Lutando contra esse fenômeno, fui realista ao contar quantos episódios de Medabots eu realmente vi na TV: 1. Isso mesmo, apenas um. O que quero dizer é a respeito do interesse súbito pela trama, servindo basicamente como motor para elevar o anseio de acompanhar diariamente, coisa que era impossível por conta da escola e eu, com 6 anos de idade, tinha total ciência disso.
Precisei depender da chegada de feriados para conseguir ver ao menos um episódio. E lembro exatamente de um dia onde fiquei em casa pela manhã e pude conferir o anime, ainda que vários episódios tenham ficado para trás (desconheço a quantidade de episódios que a Globo exibiu, mas aposto que a força do (infame) hábito pesou contra o anime e só foi mais uma vítima dentre muitas).
Se não me engano, em 2005, numa edição da sábado da TV Globinho, houve uma reprise. Liguei a TV e estava na cena final, pelo que me lembro.
AGORA
Há pouco menos de dois meses eu comecei a "rever" Medabots, movido pelas falsas memórias de uma experiência próxima com a obra, as quais pensei ter tido em 2001. Assisto aos sábados, sempre às 11h15. Deu para perceber o quanto eu perdi desse universo enquanto rolava a exibição que experimentei de forma bem fragmentada. É divertido e com um foco mais pendendo para o humor como nunca antes havia pensado que existiria. Serve muito bem para preencher o "vazio" que Pokémon deixou com sua saída da minha watchlist.
Pretendo ver todos os 91 episódios, semanalmente (não é só pela nostalgia que me faz criar uma "TV Globinho" só para mim, mas também pelos compromissos para com o blog que tomam meu tempo durante a semana, além dos animes atuais e recentes que vejo).
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais.
*Imagem retirada de: https://en.wikipedia.org/wiki/Medabots
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