Crítica - High School DXD (4ª Temporada)
Que abundância, meu irmão.
AVISO: A crítica abaixo contém (poucos) SPOILERS.
Enfim cheguei à mais recente temporada do anime trazendo uma notável mudança de estilo na animação por conta da troca de estúdio (os trabalhos anteriormente ficavam ao encargo do estúdio TNK e logo depois o anime migrou para o Passione - sugestivo, não?). E pra ser totalmente sincero, eu preferia que mantivessem a obra aos cuidados do TNK que oferecia uma qualidade de traço da animação formatada para soar elegante e além disso imputava maior peso às cenas de ecchi quando convinha demonstrar nos momentos certos. Não que eu tenha me tornado uma tarado por seios pela exposição alongada à Issei e suas pretendentes, mas o ecchi, enquanto inserido para a lógica do contexto na primeira temporada, me fazia esboçar risadinhas fortalecendo um pouco o ar cômico.
Se pelo lado das cenas de ação segmentadas e dirigidas sem preguiça (as movimentações dos personagens ganharam fluidez mais permeantes, não enchendo tanto o saco com aquele "tremido" que passava quando um personagem se deslocava durante uma batalha), por outro, o do enredo, deixou a desejar no reforçamento, descambando para transmitir um clima de filler no arco da viagem escolar à Kyoto onde mais um adicional mitológico é lançado para deixar essa mistureba ainda mais tresloucada e nada mais é que os clássicos youkais, figuras renomadas do imaginário japonês no tocante às lendas antigas. Cao Cao, líder de uma das muitas facções da ameaçadora Brigada do Caos que desde a segunda temporada não deixado os personagens sossegados, é o vilão destacante dessa primeira parte da temporada que reduz as participações de Rias, Akeno e Koneko - estas de fora do passeio. A comicidade, porém, sofre um golpe duro.
As cenas safadinhas do ecchi, muito embora mais ousadas aqui (praticamente fazendo as coisas beirarem ao hentai) tendo cogitações até de penetração sexual, já não carregam o tom cristalino de humor bobo, básico e barato para quebrar as tensões que as numerosas forças inimigas causavam e ser pertinente quanto ao escopo mitológico dos demônios. A vergonha alheia tem sentimento intensivo dentro do espectador com as decisões do roteiro em exaltar a alcunha idiota do Issei de "Dragão dos Peitos" (e com crianças ovacionando-o alegres exatamente desta forma como um ídolo pop-star x_x) após o programa infantil no submundo que o fez ser adorado como uma celebridade entre os diabinhos (são demônios, eu sei, mas não apaga a estranheza, antes fosse o contrário se parecessem menos humanos fisicamente, então deixa pra lá) segurando figuras de ação inspiradas na forma Balance Breaker (a armadura ganha novos upgrades, mas Issei não recorre justo à melhor no seu embate final contra o primo de Rias, o poderoso Sairaorg: Juggernaut Drive - protagonista tapado é assim mesmo). E não apenas limitado ao próprio Issei, a safadeza e a promiscuidade, mesmo bem equilibradas com o senso de aventura, voltam com força total quando na temporada passada não rolou nada de muito avançado nesses lances (Xenovia retomou a ideia de estuprar Issei e até a Asia, a então imaculada sacerdotista, ficou mais assadinha louca para dar sua flor ao rapaz apesar de não expressar o desejo tão desinibidamente como as outras hehehe).
Se na esfera de relacionamento compondo o harém de Issei existe algo a ser tirado como contrapartida... é o casal Issei e Rias. Especialmente, o rumo da relação entre ambos. Na "segunda fase" da temporada Issei aborrece com uma demora de cair em si de uma vez por todas e assumir que dentro do seu coração cheio de ânsia por várias mulheres ao seu redor com os peitos de fora há uma fagulha de amor genuíno direcionada à sua musa de madeixas escarlates Rias Gremory. Mas nada que seja problemático numa profundidade à ele. O sofrimento interno não é facilmente mascarado pela sua idiotice em insistir nos erros ao não reconhecer inteiramente os sentimentos que Rias deseja virarem realidades partilhando com ele. Antes tarde do que nunca em chama-la pelo nome ao invés de Presidente. A oficialização agradável do romance de Issei e Rias no episódio final (com um beijaço que sofre interrupção engraçada dos outros membros do clube) não significa que escapadinhas com as demais garotas sejam descartadas. O coração de Issei Hyodou pertence a uma só mulher... mas não há sonho que morra por mais inalcançável que pareça. E o sonho continua. O futuro Rei do Harém vai brincar de amar a sério em paralelo com as apalpadas em outros seios. Assim é o Issei: Uma que vale por todas e todas que valem por uma.
Considerações finais:
High School DXD: Hero infelizmente não repete igual sucesso das antecessoras, preenchido por um novo estilo mais suave entretanto menos caprichado que o anterior e algumas das leves alterações visuais nos personagens transpareceram caráteres meio infantis. O que muda faz diferença, mas nem sempre para o melhor. Dá pra isolar os momentos divertidos. O complicado é lidar com o decaimento de qualidade pelo qual não adianta tentar fingir que não aconteceu.
PS1: Que troço de episódio 0 foi aquele? Recontagem inútil do momento (terceira temporada) em que Issei trava sua luta contra Beelzebub, enlouquece de raiva e é salvo por Vali (somente mencionado nesta daqui). Não fez sentido algum remanejar situações para resolver o conflito (música dos peitos dracônicos pra fazer o Issei se acalmar x_x).
PS2: Não consigo entender a Koneko. Gosta de ficar no colinho do Issei como um bom gato comportado, mas despreza sua natureza pervertida... que ela mesma se aproveita usando como pretexto um procedimento de "cura" (fazendo soltar seu rabinho de nekomata). Na verdade, todas elas (exceto Rias e Rossweisse) são um tanto bipolares.
PS3: A armadura dourada do Sairaorg foi ou não referência a Cavaleiros do Zodíaco (Aiolia de Leão)? A propósito, curti esse personagem, vi ali uma típica rivalidade de shounen desenvolvida.
PS4: O arco do Jogo de Classificação iniciou-se no primeiro episódio, logo em seguida foi quebrado o ritmo para explorar a trama sobre youkais. Essa disfunção acabou por fazer desse plot de apoio uma pura encheção de linguiça digna de um filler. Contudo, a competição prolongada não seguraria uma temporada de 12 episódios se ignorassem Cao Cao, Kunou (a menina-raposa que o Issei nunca teria coragem de pegar nem se tivesse seios avantajados das outras) e toda a galera japa.
PS5: Que treco chato essa resolução patética do Issei precisar tocar nos mamilos da Rias para se fortalecer. O lance do potencial achei tão mal ajambrado. A forçação tomou conta resultando quase que numa transformação de auto-paródia.
PS6: Issei levou rage das garotas pela sua hesitação em chamar Rias pelo nome, o que a magoou profundamente, mas em pouco tempo elas já estavam agarradinhas com ele, tão condescendentes se despindo como convites que dizem "venha me usar", desconsiderando a babaquice que ele cometeu. 23:59 - Seu nojento! A Rias não te merece! 00:00 - Oiii, Issei...
PS7: Tem mais água pra passar por baixo dessa ponte? Lerei as novels antes da próxima temporada sair (talvez daqui à uns dois ou três anos). O anime deve focar na exploração máxima do que já estabeleceu e não prosseguir nessas inserções desenfreadas. Informação excessiva cansa, ainda mais se trabalhada só querendo afirmar "olha aqui minha mitologia parruda, extensa e diversificada que só tende a crescer mais e mais indiferente ao seu entendimento completo".
PS8: Raynare novamente lembrada com angústia. Um pesadelo que assombrará Issei eternamente.
NOTA: 6,0 - REGULAR
Veria de novo? Provavelmente não.
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: https://aminoapps.com/c/high-school-dxd-devils/page/blog/alguem-te-informacoes-sobre-o-ep-13-de-highschool-dxd-hero/BQ2D_PpGHwuzg4LG3GKp0DlrzpJkrmpZDN
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ResponderExcluirliemethahu