Mitologia em Foco #2: Garuda
Retornando aqui com a série "Mitologia em Foco" que, infelizmente, foi alvo das chatas e longas pausas logo após sua primeira edição, o que deixou o blogueiro que aqui escreve meio frustrado. Mas passado o estresse, vou dar segmento ao que planejei, no entanto, como eu havia dito certa vez que a série seria mensal, os planos mudarão um pouquinho. Acontece que, como não houve a edição do mês passado, isto meio que quebrou o padrão que eu seguiria, portanto postarei novas edições em datas aleatórias. Poderão ser em algumas poucas semanas, dias, pode até mesmo ser amanhã. Porém, tudo irá depender do tempo, das minhas outras obrigações e, claro, de minha disposição.
Enfim, o que realmente importa é que estou feliz em retornar com a série depois de tanto tempo (2 meses, se não me engano), e hoje irei falar sobre uma criatura bastante famosa na mitologia hindu.
Neste centésimo post do blog, a abordagem a ser tratada será a história de Garuda. Se ainda não conhece o mito do "homem-águia" - ou "pássaro solar" -, o texto/resumo abaixo servirá bastante para você começar a se interessar por esta mitologia.
História
Garuda é um ser mitológico proveniente do hinduísmo, sendo representado originalmente como uma águia. É comumente retratado como Pássaro Solar, sendo brilhante como o fogo. É a montaria do deus Vishnu, que é ele próprio da natureza solar. Garuda é chamado de Nagari, inimigo das serpentes, ou também de Nagantaka, destruidor de serpentes, e é associado à constelação de Áquila, na astrologia indiana. No épico Ramayana - O Caminho de Rama seus atos são detalhadamente descritos.
É considerado o emblema dos soberanos de raça solar, e Naga aos de raça lunar. Em sua descrição, Garuda possui cabeça humana, um bico e três olhos, asas, pernas e braços. No Purana, é narrado um diálogo entre Garuda e Vishnu sobre como ocorre o processo de transmigração da alma, vida após vida. É algo como um ciclo eterno de mortes e renascimentos. Em relação à transmigração da alma, o Garuda Purana é considerado o principal texto hindu que narra este tema, sendo um dos 18 textos conhecidos como Mahapuranas.
A Lenda
Conta-se que em certo dia a mãe de Garuda, Vinata, e a mãe das Nagas, Kadru, realizaram uma aposta de qual seria a cor do cavalo divino que estava saindo da batedura do oceano. A que perdesse, se tornaria prisioneira da outra, e a mãe das Nagas acabou ganhando. Para conseguir libertar sua mãe, Garuda foi até os nagas para perguntar sobre o que deveria fazer. As Nagas lhe ordenaram que lhes fossem dada a água da imortalidade dos deuses (também conhecida como Amrita). No entanto, o precioso elixir estava em posse dos deuses maiores do panteão hindu, sendo extremamente bem preservado por eles.
Garuda enfrentou um exército de deuses e dois dragões que guardavam o elixir. Após vários desafios, garuda se deparou com Vishnu, que lhe ofereceu o concedimento à imortalidade, se caso ele concordasse em se tornar sua montaria. Pelo árduo esforço para salvar Vinata, o trato é selado.
Indra, deus da guerra, surgira para atrapalhar Garuda. Um acordo é feito, e ambos desenvolveram um plano para libertar Vinata, no entanto, o Amrita deveria permanecer intacto antes de ser devolvido aos deuses. Garuda, então, entregou a água da imortalidade às Nagas, resultando na liberdade de Vinata. Porém, Indra surgira repentinamente, tirando o elixir das Nagas para devolver aos deuses, deixando-as furiosas.
O interessante a se observar, ainda que evidente, é o fato da alegoria de Garuda refletir a relação das águias como caçadoras naturais das serpentes. Na Tailândia e na Indonésia, Garuda é o emblema nacional.
No Tibete, certas vezes, elas são associadas ao rei do inferno.
Trechos retirados e adaptados de: www.gestoancestral.com.br
portal-dos-mitos.blogspot.com
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