Nem tudo é o que parece #21
Acho que muitos já tiveram a sensação de acordar e, do nada, sei lá, perceber que pode estar sendo observado por alguém... ou por algo. Como uma certa noite, onde eu despertei subitamente e, pasmo, eu olhei para o relógio e marcava sempre o mesmo horário: 03:00!
A porta, como nas vezes passadas, estava aberta. No início destes despertares - já faz muitas semanas, eu acho - ela estava entreaberta, mas à medida em que os dias foram passando ela abria-se mais um pouco.
Não uso lâmpadas, nenhuma fonte de luz no meu quarto. Mas deu pra ver... aquela coisa medonha.
Perto da entrada para o meu quarto, lá estava ela, parada... parecia presa ao teto.
Uma mulher de cabeça para baixo, com os longos cabelos quase tocando o chão...
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Em mais uma de minhas sessões viciantes no Whatsapp, eu estava conversando com um cara que simplesmente conheci na internet em outra rede social, para depois migrarmos para esse vício que muitos criticam.
Ele parecia alguém legal, divertido e interessante.
- Me fala onde você está. - disse eu.
- Queria estar aí bem perto de você... mas sinto que estamos bem mais próximos do que nunca.
- O quê? O que quer dizer com isso?
- Que estamos conectados, ora.
- Não tô entendendo. Não, claro que estamos conectados, mas... mal nos conhecemos direito.
- Vai conhecer melhor, te garanto. Mas me diz aí... você gosta de homens com covinha?
Comecei a rir, achando que ele daria alguma cantada estúpida.
- Kkkkkk Sim, eu gosto xD! - mandei outra mensagem em seguida - Por que? Covinhas me atraem sim.
- Hum, que ótimo. Por que estou no seu quintal preparando a sua.
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Jamais pensei que meus três piores medos me atingissem ao mesmo tempo: Claustrofobia, falta de ar e escuridão.
Pior que eu não podia gritar...
Apenas ouvir aqueles ruídos... da terra sendo colocada sobre o caixão.
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Para a pesquisa de um trabalho, fui convidada pelo bibliotecário da escola a visita-lo em sua casa. Iríamos produzir textos dissertativos que seriam incluídos no pequeno livro que serviria para apresentar o tema proposto. Ele me acompanhou até a porta dos fundos e me recomendou que eu fosse escrever no local que ele dizia ser o mais calmo e relaxante: a árvore enorme do seu bosque.
Ele me assegurou de que ela me proporcionaria mais criatividade na hora de redigir o texto, além disso me disse que eu adoraria os frutos dela. Era gigante mesmo, toda coberta por várias folhas, mal dava para ver os galhos...
Fui até lá, me sentei e encostei-me no tronco. Comecei a escrever, mas senti um ar frio vir de cima e dos lados. E o tempo nem estava tão nebuloso assim.
Ignorei o frio e continuei a escrita. Depois de terminada a primeira página, de repente algo me assustou. Uma gota de sangue pingou sobre a folha. Segundos depois uma larva caiu na minha mão. Com muito nojo, sacudi minha mão e tirei aquele bicho.
Não deu outra. Olhei pra cima e uma lufada de ar frio veio na minha cara seguido de uma ânsia de vômito!
Nos galhos mais altos daquela árvore haviam corpos em decomposição... enforcados e nus!
FIM... por enquanto!
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