Pontes e muros
A distância aumenta... você se enfraquece. As esperanças diminuem... a solidão toma o lugar. Em meio à tantos vislumbres do passado querendo se libertar como demônios presos na caixa de pandora, você simplesmente passa a ver seu estado como algo inerente e normal. Pensas em seguir em frente mudando tal conduta ou prefere se debulhar em lamúrias que certamente não surtirão o efeito esperado?
Construiu sua fortaleza, bem que poderia ser a hora de derruba-la, com estas paredes tão desgastadas e quebradiças, que você preservou por anos, a fim de trilhar o caminho em direção à eles. Mas não... a sua instabilidade está só o deixando mais vulnerável em relação àquilo que você julga como "impossível" ou "inalcançável".
A aceitação calou sua voz. Tão baixa e distante. Abrindo feridas antes já cicatrizadas, você só deixa a dor atravessar seu desespero. Em busca de uma saída... não há uma brecha ou porta. A loucura iminente é prenunciada pela raiva interior, explodindo loucamente. Risos? Eles se intercalam com as lágrimas, em um bizarro segmento que soa belo quando não parece insano.
E então? O que prefere fazer? Viver como um misantropo visto como uma escória sem valor e uma piada sem graça ou quebrar estas paredes?
A libertação está na ousadia... e a ousadia... bem, você a cria. O único problema é como transforma-la naquilo que você mal consegue obter.
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