Reflexões pesadas e Retorno apressado.
E chegou a época de abrir os olhos para o futuro. Época de não se queixar pelas mágoas e feridas que foram formadas no decorrer desta surpreendente aventura chamada vida. Época de apagar as memórias que soam como fantasmas zombeteiros e infames. Também é a época de se desprender dos clichês que fazem tal época ser tão monótona e entediante quando percebe-se que já deu o que tinha que dar. Bem, falando sobre mim, este blogueiro solitário e persistente que aqui escreve, me sinto disposto em me ater à certos costumes desta época, por motivos óbvios.
Já fui parte do clube dos que teimam em criar expectativas para o ano vindouro. Logo, não tenho a menor vontade de trazer isso de volta, tampouco fazer promessas que sei que jamais irei cumprir. Este é meu mal. Na verdade, estou cansado de certos males ainda instalados em mentes que repetem erros passados. Um deles, dos piores mesmos, são as tais das promessas. Já cometi esse erro antes, não penso em fazê-lo novamente. Cansei de ouvir promessas que tardarão a ser cumpridas ou nunca serão. Quero quebrar esses paradigmas chatos que limitam minha liberdade.
Também estou insatisfeito. Pois é durante esta época em que certas pessoas utilizam da dissimulação apenas para "entrar no clima", para após ela "voltarem ao normal". Isso é típico. Mas há exceções, claro. No entanto, tais exceções nem sempre batem à nossa porta. Resta se contentar com o que tem e não reclamar. No momento apenas sei do que não quero. Não quero desilusões, não quero mais decepções de pessoas próximas, não quero mais inércia... enfim, apenas quero fazer. Planejar e alimentar expectativas nem sempre foi uma arte da qual tenho domínio seguro, então o fracasso fica à espreita e chega como uma ventania prenunciando uma tempestade. Acho que já chega de se render à isso. Se for para mudar, que não planeje, apenas faça. Ter ciência do momento certo e exato para que tal coisa possa ser realizada é algo que beneficia e muito a mente.
Não sou de fazer retrospectivas, pra ser sincero acho bem chato e clichê, ainda mais em um ano em que tive a impressão de terem sido dois! Pois é, a inércia mudou minha noção de tempo. Só tenho certeza de que mudei nesse ano. Uma mudança agradável, em certos pontos. Larguei hábitos, consegui novos hábitos. No entanto, neste ano desamarrei mais laços do que fiz. Fechei mais portas do que abri. Chorei mais do que sorri. Mas estou aqui, vivo... pronto para mais uma etapa e seguir mantendo a cabeça erguida.
Viver intensamente é utopia, até que me apareça uma chance. Tenho de tomar decisões, bastante arriscadas, e encontrar a força necessária para superar os óbices da liberdade. Não chego a ter muito medo do futuro, mas em certos momentos ele surge, e isto desemboca em outra e longa história. Me sinto como se tivesse saindo aos poucos da Matrix, só falta uma pílula vermelha e o processo estará completo. Sinto-me mais liberto para ser eu mesmo, ir na contra-mão, se é que me entende. Me libertei de dogmas, me tornei agnóstico, pois nenhuma dessas doutrinas me convencem. Abomino o materialismo exagerado que inflama nossa sociedade. Abomino a indiferença para com os que precisam de ajuda. Abomino esse governo de merda que o país sofre hoje. Enfim, acho que me manterei assim por um bom tempo. Minha sina é ser o estranho do ninho e confesso que adoro isso.
Quanto ao blog, eu retomo as atividades a partir de hoje (bem mais cedo do que pensei). Tentarei ousar um pouco mais no conteúdo, na verdade é o que sempre quis e tenho coragem suficiente pra fazer mais e melhor, sempre resistindo aos bloqueios inesperados. Vou valorizar bem mais essa minha válvula de escape que é escrever.
Portanto, nos próximos dias novas postagens surgirão neste espaço. Mal posso esperar para dar continuidade à expansão deste Universo que criei.
Até mais :)
Estou começando a me assustar com tamanha compatibilidade de ideias.
ResponderExcluir[...] "Viver intensamente é utopia, até que me apareça uma chance.";
"Minha sina é ser o estranho do ninho e confesso que adoro isso.".
Me definiu.
De fato, somos bem parecidos nessa questão.
ExcluirFico feliz que tenha gostado Sah :)