Baú Nostálgico #3: Dragon Ball Z

Divulgação: Akira Toriyama/Toei Animation 

Para fechar o mês com chave de ouro, trago aqui a terceira edição do Baú Nostálgico, bastante especial sobre um dos meus animes favoritos e que, indiscutivelmente, marcou a minha infância e a de muitos outros fãs ao redor do mundo. Não pus o título somente como Dragon Ball pelo fato da fase Z ter sido a mais icônica no meu caso, mas não seria errado, claro, porém deixarei assim, embora não signifique que o anime clássico não seja de meu agrado, muito pelo contrário. Tanto a fase clássica quanto a fase GT serão faladas brevemente.

Falo mais abaixo sobre meu áureo passado com o anime e como o encaro atualmente. Confira:


                                                                                       ANTES

O ano era 2001. Programação infantil na TV aberta matinha-se no auge. Eu estava de 5 para 6 anos. Era feliz e mal sabia. Não me recordo exatamente em qual dia, hora ou mês eu o conheci, apenas sei que foi amor à primeira vista, naturalmente a história, os personagens, as lutas, tudo, absolutamente tudo fisgou meu interesse de imediato. Em pouco tempo, eu já me via no limiar de uma coleção de bonecos, figurinhas e desenhos feitos por mim. Lembro que até numa embalagem levei um spoiler de Dragon Ball GT, pois nela mostrava não só o quarteto fantástico Goku, Vegeta (ou era o Gohan? Não lembro bem), Goten e Trunks transformados em SSJ (Super Sayajin), mas também, um pouco mais acima, as transformações SSJ4 de Goku, Vegeta e Gogeta. Mal passava na minha cabeça o que era spoiler, não antes de conhecer a internet, mas pode-se dizer que foi sim e não reclamei, só fiquei curioso quanto aquilo, pensando se tratar de alguma outra coisa relacionada à série, enfim, eu fazia perguntas estúpidas sobre isso em minha plena e pura inocência infantil.

No mesmo ano, eu acho, além de conferir o anime pela TV Globinho (na época um quadro do extinto e saudoso Bambuluá), ganhei meu primeiro álbum de figurinhas. Adivinha só quem estampava a capa? Sim, o sayajin criado na Terra e beneficiado por um puta protagonismo: Son Goku, com direito à asas de anjo e tudo mais. A capa do álbum era laranja e, se não me engano, na contracapa estava o Kuririn careca, com o traje de luta e os três pontos na testa à mostra, e não pude deixar de questionar comigo mesmo, pois, na época, eu acompanhava a saga Boo, a primeira saga do anime vista por mim, e o personagem tinha cabelo e já era casado com a androide Nº18. Talvez tenha sido esta minha primeira suspeita de que eu estava perdendo algo. Aquilo que veio antes. E o que veio antes passava na Band e o sinal da emissora aqui na cidade era uma bosta, além de eu mal saber que existia um Band Kids rolando nas tardes. Enquanto eu perdia as sagas anteriores à Boo, minha família estava no controle da TV vendo Vídeo Show e Vale A Pena Ver De Novo.

Também colecionei por um tempinho aqueles mini-cards que pareciam cartas de baralho com imagens dos personagens. Lembro que eu achei um do Cell e misteriosamente o perdi. Pra falar a verdade, eu nem sabia do nome do vilão, o que me deixou ainda mais curioso. Também tive um do Mirai Trunks e isso me confundiu um pouco, pois o Trunks que eu conhecia na época era uma criança. Então especulei que a imagem do Mirai Trunks pudesse fazer parte de alguma cena de uma continuação da saga Boo e passei, inocentemente, a chamar aquela sequência imaginária de Dragon Ball Z 2. Rio disso sempre que me pego lembrando.

Em 2002 o anime passou a ser exibido aos sábados na TV Globinho, o que facilitou minha vida e posso dizer que foi onde a fase atingiu seu ápice, eu realmente estava bastante envolvido com todos aqueles personagens, como se eles fizessem parte da minha vida e do meu crescimento. Na época, a TV Globinho passou a se tornar um programa solo. Neste mesmo ano estreou Dragon Ball, onde a Globo exibiu os episódios que o SBT não possuía. De início, o kid Goku me confundiu, me fazendo pensar ser o Goten por conta da semelhança. Foi lindo de se ver, do início ao fim, a origem daquele rico universo criado por Akira Toriyama.

Já em 2003 foi a vez de Dragon Ball GT chegar às telinhas brasileiras. Durante toda a exibição eu encarava-o como uma continuação canônica de DBZ, sem julga-lo negativamente. E, posso dizer com toda a honestidade, eu gostava. Sobretudo, da trilha sonora. Lembro que fiquei tenso durante toda a saga de Baby, com boa parte dos personagens possuídos e agindo de forma maligna, mas fiquei radiante ao ver a transformação de Goku em SSJ4 e ainda mais empolgado com a vez de Vegeta ter sua transformação naquele nível e depois com a fusão metamoru formando Gogeta SSJ4. No entanto, tal emoção não se equiparava ao que eu sentia quando meus olhos vislumbravam as ótimas lutas da saga Boo (por mais arrastada que seja, é uma boa saga, eu gosto pra caramba dela, é divertida, tem cenas memoráveis, mas respeito a opinião de quem faz parte do grupo dos que não engolem o enredo da mesma tão fácil quanto eu). Ainda tenho o livro ilustrado que ganhei naquele mesmo ano e jamais o preenchi pois conseguia poucas figurinhas e tinha uma grande propensão a encontrar repetidas.

Em 2004 e 2005 foram só reprises. Mas foi em 2006 que meu coração bateu acelerado. Na época, o TV Xuxa substituía a TV Globinho - que só ia ao ar pelos sábados - e a Globo pôde adquirir os direitos de exibição das três primeiras sagas de DBZ. Ainda lembro quando aquela chamada com o Gohan criança e o Goku na nuvem voadora foi veiculada, eu não tinha que perder aquilo por nada nesse mundo. Finalmente eu poderia ver o início da fase Z, tirar minhas dúvidas sobre as roupas dos saiyajins que vez ou outra só via em figurinhas de chiclete, a origem da raça Saiyajin e uma série de informações importantes que me tornariam mais fã do que eu já era. Vibrei com a primeira luta entre Goku e Vegeta. Infelizmente, com o tempo, o anime foi sendo picotado - como já era esperado da platinada - e acabou por não ser exibido em certos estados e acabou que eu não vi o desfecho da luta de "5 minutos" entre Goku e Freeza no planeta Namekusei.

Em 2009 a Globo reexibiu a saga Boo e pude acompanhar com o sentimento nostálgico pulsando intensamente em mim. Foi esta reexibição que me motivou a ir atrás de rever as primeiras sagas (Saiyajin e Freeza) e também a saga de Cell (Androides/Cell Games) e consegui com êxito e muita satisfação em 2010, quando baixei os episódios para discos numa Lan House (posteriormente foi Digimon Adventure e alguns episódios de Adventure 2). Destaque para a comovente cena de Vegeta, à beira da morte, pedindo para que Goku acabe com Freeza. Goku enterrando Vegeta. Jamais esperava ver algo do tipo, mas sinto como se eu tivesse as visto ainda na infância. Até as sagas fillers de Garlic Jr. e do Torneio do Outro Mundo entraram. E, com isso, minha meta estava completada assim como meu privilégio por ter visto a obra em seu formato audiovisual.

Nos últimos meses de 2009 fui adquirindo alguns mangás da saga Boo publicados pela editora Conrad, partindo do Torneio de Artes Marciais à libertação de Majin Boo e após isso parei de comprar. As capas dos mangás das sagas anteriores foi também serviram para aumentar meu anseio por vê-las em anime já que as publicações das mesmas haviam esgotado.

Não falarei de Dragon Ball Evolution por razões óbvias e muito menos de Dragon Ball Kai que não passa de uma remasterização da fase Z com censuras e menor número de episódios, o que o torna dispensável para um saudosista como eu.


                                                                                           AGORA

Atualmente estou acompanhando a terceira saga do novo anime da franquia, Dragon Ball Super, chamada Torneio do 6ª Universo (ou Deus da Destruição Champa - considero um nome alternativo). Ainda este ano vai ter review aqui no blog sobre a supracitada e a mini-saga do planeta Potofu, juntas num mesmo post. Esta última, por sinal, precede a atual saga do Goku Black que está dando o que falar. Não vou comentar as teorias levantadas até agora, deixarei para uma outra ocasião, uma futura review. Embora esta nova fase se difira tanto de sua predecessora em termos qualitativos, existe algo que não mudou: O meu amor por Dragon Ball, o qual será eterno em mim.


PS: Sobre Gogeta e Vegetto - Pelo que eu me lembro, na dublagem brasileira da saga Boo na época de exibição na Globo, a fusão entre Goku e Vegeta através dos brincos Potara era chamada de Gogeta e não Vegetto, como atualmente é conhecido. Lembro até da prévia do episódio! Antes do Universo Leitura vir a existir, eu soube que havia um filme de DBZ, nunca antes exibido pela Globo ou por nenhuma outra emissora aberta, chamado "Uma Nova Fusão" (muito bom, por sinal), cujo guerreiro que estampa um poster chama-se Gogeta, e eu já vi o tal guerreiro em embalagens de bonecos e em um mini-card que possuo intacto até hoje. Pensei: "Ué, existem dois Gogetas?". Não sei não... O guerreiro que conheci lutando contra o Super Boo chamava-se Gogeta. Houve uma mudança repentina nos nomes? O filme foi lançado na mesma época em que Saga Boo estava sendo exibida no Japão. Gogeta do anime passou a se chamar Vegetto, deixando que o guerreiro formado graças à metamoru no filme não-canônico ficasse com o nome Gogeta por definitivo? Ou o guerreiro formado pela fusão Potara sempre se chamou Vegetto e houve um erro na dublagem brasileira que fez uma confusão com os nomes passando a chama-lo de Gogeta ao invés do nome original? E a pergunta que não quer calar: Sou o único fã da série que tem essa lembrança?
Além dos mais Vegetto não soa bem como nome para uma fusão. Ou devo estar mal da memória (pouco provável) ou deve ser Efeito Mandela (também pouco provável, mas vai que seja possível, sei lá...).



Reviews dos dois primeiros arcos de Dragon Ball Super:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2016/03/critica-dragon-ball-super-arcos-1-e-2.html

Post com as 10 melhores frases de Vegeta:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2015/07/10-melhores-frases-de-vegeta.html

Biografia Nerd de Goku:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2014/07/biografia-nerd-3-goku.html


Sobre o Efeito Mandela (para quem não faz a mínima ideia do que seja):

https://portal2013br.wordpress.com/2016/08/20/o-crescimento-surpreendente-do-efeito-mandela/



*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais. 


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