Diário de Vicky Hattori - A Origem da Violinista Mascarada (Parte 2)

2ª DIA - IMENSO DESPRAZER

27/06/2014.


As aulas estão indo OK, mas... eu me sinto péssima, suja por dentro, maledicente e desalmada! Ter me mudado para cá pode ter sido um erro? Contrariar meus pais é o mesmo que incomodar uma colmeia de abelhas. Bem... melhor falar de algo bom. Começarei hoje minha primeira aula de violino, quero muito aperfeiçoar meu talento... na verdade, eu diria que meu objetivo é um pouco mais ambicioso. Eu, honestamente, quero me tornar uma violinista admirada e reconhecida. Não vejo mal nenhum em priorizar uma possível fama. Não concordei com a Rachel, ela disse que eu deveria ter cautela, pois, sem perceber, poderei estar pondo a carroça na frente dos bois. Não ligo.

Agora indo para a parte estranha do dia: O livro que roubei na noite passada, na calourada - faço faculdade à noite, então pude dormir na minha casa pela tarde -, o Sacrifitorum, não sei, me parece escrito em um dialeto morto, totalmente em desuso. Tem uma fechadura nele, mas felizmente estava aberto. Obviamente a chave ainda pode estar com o dono... que pode estar atrás do livro... e que pode ter se lembrado de onde o deixou na noite passada. No quarto que divido com outra pessoa. Será da minha colega? O livro tem simbolismos bem sinistros... e as palavras parecem ter sido escritas com sangue.

E agora vem a parte amedrontadora: Alguém me enviou uma mensagem anônima, pedindo o livro de volta, mas oferecendo um convite à um determinado endereço que não vou por aqui por questão de segurança. Estou atrasada pra minha aula de música. Vou recusar o tal convite, não me pareceu nem um pouco atraente. Até eu não saber quem me mandou essa mensagem, vou continuar ignorando. Se bem que o John ficou do meu lado por boa parte da festa... talvez tenhamos transado... mas é um absurdo pensar que ele me dopou. Deve ter sido algum desconhecido. O mesmo que me enviou a mensagem? Se for o mesmo cara, então como ele sabe que o peguei? Acabo de receber outra mensagem... vou ignorar. Olhando de relance, percebi estar em letras garrafais. Agora posso dizer que estou com um pouquinho de medo...


CONTINUA...