Frank - O Caçador (Database): Bestiário #12
AVISO: Caso não tenha nenhum capítulo desta série, saiba que há alguns SPOILERS nesta postagem.
Se não prefere saber nada acerca de uma criatura sem antes ler os capítulos, melhor evitar os textos abaixo.
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As três bestas do Antiverso
São as três entidades onipotentes que regem a dimensão conhecida como Antiverso das quais se originaram raças de criaturas habitantes de um planeta que a princípio se assemelharia em vários aspectos à Terra, mas ao longo da gênese do universo em geral, elas seguiram gerando modificações significativas. Essa tríade de seres além da consciência age em comum acordo nos seus respectivos papéis, sem conflitarem quanto aos seus egos próprios pela dominação universal.
Para evitar desavenças que colocassem o equilíbrio do Antiverso em risco, dividiram as primeiras formas de vida na Anti-Terra em três grupos que correspondessem à cada uma delas habitando em zonas isoladas umas das outras. Uma vez organizadas as tribos, as divindades se enclausuraram em casulos chamados de células-matrizes para serem tomadas como objetos de adoração. Abosmath, cuja cor de manifestação é azul (sendo assim os habitantes da zona correspondente à ela possuem pele azulada) é a entidade do conhecimento e seu poder se centra na concessão de sabedoria e inteligência abundantes ao povo que se devotará em venera-la, sendo este mais inclinado à ciência e à diplomacia. Sephirath (verde) é a entidade que representa a neutralidade, uma intermediária entre os dois extremos que seriam suas irmãs azul e vermelha.
Os habitantes da zona verde tendem a serem pacíficos, mas também podem ser capazes de demonstrar agressividade moderada caso visitantes desconhecidos adentrem no território cerceado seja para julga-los conforme leis pré-estabelecidas ou executa-los a depender de como invadem. Sephirath conferiu a seus servos o dom da engenharia aeroespacial extremamente avançada (comparada aos conceitos humanos da Terra convencional), o que lhes deu amplos benefícios de progredirem para desbravarem novos mundos e dimensões. Por fim, temos Keternath, a entidade representante do caos e da violência que se sozinha tivesse o poder dominador sobre todo o Antiverso provocaria destruição e distorção em larga escala devido à sua natureza intempestiva. Ao criar seus leais servos, Keternath não foi nada exigente e deu origem à criaturas abomináveis e inumanas com instintos predatórios e selvagens que agiriam irracionalmente para satisfazerem suas necessidades caóticas. Tais criaturas se tornaram tão prolíficas que gerou uma superpopulação e parte dela migrou para as demais zonas, causando uma guerra que uniu os servos de Abosmath e Sephirath a usarem de suas armas convergindo sus atributos para exterminarem os habitantes da zona vermelha, porém os danos se intensificavam a cada confronto.
Os líderes das zonas azul e verde concordaram em mandar suas células para um outro mundo recém-descoberto, a começar por Abosmath cuja célula-matriz caiu há milhares de anos na Terra (o mundo normal) para dar início a um plano de realocação e reestruturação usando de seres humanos com habilidades extraordinárias (no caso, os espers) para dar fim à humanidade, mas houveram muitas tentativas fracassadas de contar com um favorito (um esper com poderes de distorção da realidade) que atendesse à demanda. Pouco depois do fim da 2ª Guerra Mundial, a fundação E.S.P. se apoderou dela para estudos e constatou que a energia da mesma causava variações severas no campo eletromagnético. Durante um experimento de estímulo, a célula manifestou uma quantidade excessiva de energia fazendo com que um portal abrisse-se. Um voluntário da organização, Phill Baxton, se dispôs a atravessa-lo, contudo não deu mais nenhum sinal de retorno desde então. A fundação enviou uma tropa armada ao outro universo realizando outro teste de estimulação de energia na célula. Os agentes não retornaram. Em 1947, uma cápsula aterrissou um Roswell, no Novo México, chamando a atenção das autoridades. A E.S.P. tratou rapidamente de ocultar quaisquer indícios de paranormalidade à população geral mesmo não escondendo o caso da queda do objeto para a comunidade científica. Na cápsula descobriram um tripulante que mostrava ser um nativo da zona verde da Anti-Terra trazendo consigo a célula de Sephirath. Ao longo dos anos, o nativo da zona verde foi alvo de uma extensa variedade de experimentos, culminando na clonagem do DNA coletado de Frank e combinado ao dele.
Visando se antecipar a uma possível retaliação de Frank contra os interesses da fundação enquanto estava sendo forçado a ceder à proposta de integração, os conselheiros autorizaram liberar o que chamavam de ESP-47 em caso de interferência do detetive nos objetivos da organização logo após mata-lo. Mas como Frank não mostrava-se um perigo iminente de obstrução dos planos, o ESP-47 permanecia mantido em cárcere sob a tutela dos cientistas responsáveis pela manipulação genética, além de se enquadrar como de inviolável contenção, exceto na possibilidade que requereria sua soltura. Já com relação à célula de Keternath, a própria entidade se auto-exilou decepcionada com suas criações saírem de seu controle. A célula -matriz de Keternath caiu também no Novo México, porém alguns anos antes da queda ocorrida em Roswell. A entidade elegeu uma mulher esper chamada Virginia que quando adulta, mais precisamente em 1974, encontrou a célula num templo onde viviam antigos bruxos cujos espíritos vagavam numa dimensão fora do tempo e espaço onde ela conseguiu o aval para seguir em frente. No entanto, Virginia estava sendo perseguida pelos agentes da E.S.P. que haviam descoberto a existência de humanos com poderes especiais escondidos na sociedade. Virginia acabou atingida por um tiro, conseguindo fugir, mas morrendo no caminho. Os magos mantiveram a célula protegida por uma mágica que a selava numa pedra.
Em "A Fundação" (4x01), Sephirath induziu falsas visões proféticas à mente de Atticus (seu último eleito) durante seu coma sobrenatural causado pela fórmula criada por Malvus. Ao fim deste pesadelo, o esper vislumbrou os olhos da entidade (três grandes olhos brilhando uma luz verde) e repentinamente acordou do estado catatônico, o que torna suposto a própria entidade ter sido responsável direta por isso ao incutir essas visões mentalmente. No capítulo 59 ("O Ataque das Larvas Malditas"), o ESP-47, após tomar o controle sobre a base de operações da E.S.P. em decorrência de sua libertação por Atticus (como um plano de sacrificar seus seguidores para levar suas almas à uma dimensão originalmente sua na qual pudessem encontrar paz eterna), realizou um teste com a célula de Abosmath usando um capacete com eletrodos para receber sinais da entidade a fim de reaver suas memórias perdidas graças ao chip implantado dentre as diversas investidas da fundação, porém a experiência acabou se resultando quase que desastrosamente pela entidade transmitir uma série de flashes de imagens a uma velocidade excessiva, o que sobrecarregou o capacete e por pouco não o matou eletrocutado.
Já em "Escrito nas Estrelas" (5x08), a célula de Sephirath, anteriormente armazenada na base aérea de Danverous City a pedido da fundação (dizendo se tratar de um gerador potente de energia), é roubada por dois subordinados do ESP-47 que nada mais são do que indivíduos que poucos dias atrás não passavam de embriões cultivados pela E.S.P., os quais foram submetidos a experiências de crescimento avançado e implantação de chips que estimulavam a atividade cerebral. Mais tarde, a célula de Keternath foi o alvo quando o ESP-47 viajou para o Novo México antes de Frank que se aliou à equipe da E.S.P. a fim de desvendar os mistérios que cerca o templo dos bruxos bem como pegar a célula antes do seu clone. A missão de impedir o ESP-47 fracassa e a célula de Keternath junta-se às outras duas para o ritual descrito no triângulo criado pelos magos com o objetivo de abrir portais que fariam imigrar os habitantes da Anti-Terra (inclusive os da zona vermelha) ao mesmo tempo que abduziria os da Terra. A ce´lula de Keternath foi outrora resguardada pelos três magos que através dela obtiveram o conhecimento da profecia de que um ser predestinado realizaria a mágica para executar a transferência e por isso escreveram, no dialeto dos povos da Anti-Terra, em um triângulo de barro inscrições dos feitiços de execução e reversão (frente e verso). Em "O Herói de seu Povo" (5x16), o ESP-47 enterrou as células em três pontos da fronteira da cidade formando um triângulo de modo que os portais se abrissem todos acima do território de Danverous City.
Posteriormente, a fundação E.S.P. recuperou a posse sobre as células, colocando-as em câmaras criogênicas (da mesma forma que a célula de Abosmath antes de ser descoberta pelo ESP-47). O motivo pelo qual a célula de Abosmath teve sua manifestação energética neutralizada foi devido à extrema temperatura baixa. No caso de Keternath, tratava-se da magia que bloqueava-a na pedra dentro do templo dos bruxos (que podia apenas ser rompida com um quebra-cabeça que ilustrava a profecia do predestinado, o qual foi resolvido pelo ESP-47 no capítulo 61, "Escrito nas Estrelas").
Habilidades:
Onipotência: São facilmente capazes de conceder vida material e senciente de diversas formas. A própria Anti-Terra foi uma obra conjunta entre as três que logo se dividiram a criar os seres viventes das três zonas distintas.
Imortalidade: Não são condicionadas à limitações mundanas naturais como envelhecimento ou doenças.
Concessão: Tal poder se revela de maneira mais ampla. Não apenas conferem dons extraordinários como inteligência avançada aos seus próprios vassalos, como também podem gerar habilidades especiais em criaturas que transformam em favoritos seus, como é o caso dos espers. Os pupilos dessas entidades são justamente os espers com poderes mais amplificados de distorção da realidade (Virginia e Atticus são os exemplares apresentados dessa espécie), os quais, desde quando são apenas bebês (após batizados com a água celestial), recebem a marca que simboliza a conexão psíquica com a entidade e que se manifesta na forma de olhos com heterocromia (olho esquerdo azul, olho direito verde).
Indução psíquica: Podem interferir ativamente no subconsciente humano, não importando a distância, mas isto se restringe somente aos eleitos. Atticus foi afetado quando esteve no seu coma tendo visões de um suposto futuro, todas emitidas por Sephirath, a única entidade livre para eleger novos espers potenciais para cumprir o objetivo de extermínio da humanidade.
Observações:
- Não se sabe muito acerca da extensão de poder dessas entidades, muito menos se poderiam aplica-la fora do Antiverso em suas formas genuínas (tão desconhecidas quanto) libertas das células-matrizes.
- Como pode haver um único esper eleito capaz de realizar as proezas concedidas pela sua entidade seletora dentro dos desígnios da mesma, é curioso que Virginia, revivida pelos bruxos após a morte de Atticus (ocorrida na segunda parte de "A Verdade Não Está Lá Fora", último capítulo da quarta temporada), não esteja submetida à Keternath (a entidade que a elegeu) mesmo após a célula-matriz ser liberta do seu cofre que obstruía a manifestação de poder para enviar visões em sonhos tal qual feito com Atticus por Sephirath. Ao que aparenta, a morte de um esper elegido automaticamente cancela sua função, portanto, baseado nisso, Virginia, ainda que de volta à vida, não assumiria o lugar de Atticus.
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: https://aminoapps.com/c/pokemon-amino-ptbr/page/blog/safira-esmeralda-ou-rubi/Xdeo_7vhgujYWjxm3mZZrxD584VoVaNgxl
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