Crítica - Assassination Classroom (2ª Temporada)
Onde tudo termina e se engrandece dramaticamente.
AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS (nem tanto).
Na imagem à direita/acima você visualiza os seis maiores destaques desta segunda e última temporada que este blogueiro solitário
A crítica vai ser curta, já avisando (e seria longa, beeem mais longa). Não é preguiça. Por que? Bem, considerando que estou com uma pilha montanhosa de rascunhos para escrever, concluir e publicar eu acho bom me dar esse desconto porque ninguém é de ferro, não sou uma máquina de escrever ambulante, portanto vou dar tempo ao tempo, as coisas certas acontecem na hora certa e preciso me organizar mais pois não é pouca coisa na geladeira. Excepcionalmente nesta crítica de anime não vou adotar nenhum modelo, será em texto direto mesmo como faço nas reviews de filmes. Eu ia usar o formato "Cada pró e contra no seu quadrado", mas mudei de ideia. O modelo de "pró, contra, pró, contra e por aí vai" não funcionaria, dado o meu veredito, então chega de enrolação e vamos que vamos direto ao ponto.
O anime podia seguir ininterrupto com os 47 episódios. A temporada começa exatamente de onde a primeira parou, naquela ilha paradisíaca onde o Nagisa espantou geral com sua artisticidade para matar dando um verdadeiro show contra o detestável professor Takaoka. Justamente pelo primeiro episódio parecer a continuação dos empurrões com a barriga que enxerguei como mais um filler esquecível (com aquele romance indiciativo entre Karasuma e Irina/Bitch-sensei) e uma prova de que foi desnecessário partir o anime em dois. Nesse momento eu me arrependo um pouco de ter enrolado. Mas segui na fé. Alguns destaques que merecem ser citados ficam por conta de Kayano Kaede (a "crush" do Nagisa) e Horibe Itona (o garoto com tentáculos violentos que era pau mandado do homem com face ocultada, ele tem identidade revelada na segunda metade, e que é integrado à classe 3-E no episódio 03). Muita atenção: A parte que compõe os episódios 01 a 13 é pura enrolação, não existe outro termo que defina melhor. Muitos poucos agregamentos, eles apenas movimentam extensões de núcleos (o mini arco das provas de final de semestre com aquele diretor psycho e pai do "Karma 2.0" foi o melhor) e servem mais para nos preparar para a despedida passando mais tempo focando e observando a evolução desses estudantes.
Por falar neles, eu juro que, mesmo tendo gostado tanto, eu, sem contar com a ajuda do deus Google, ainda não consigo identificar a maioria deles nome por nome. Se tivesse uma tela na minha frente me pedindo para reconhecer cada um, tipo um desafio com pontuação, eu realmente não somaria muito. Acho que seria 9 ou 10 de 28. Sei boa parte dos nomes (Nagisa, Karma, Kaede, Nakamura, Isogai, Terasaka, Itona, Maehara, Okajima, Kataoka, Hayami, Sugaya e etc), mas o problema é relaciona-los com os rostos dos personagens. Por exemplo, tem uma tal de Kanzaki. O rosto dela não me vem à mente. É praticamente a mesma queixa da temporada anterior. Alguns dos alunos da classe isolada da Kunugigaoka são bem apagadinhos. A Ritsu, por exemplo, pode ter sido útil na viagem ao espaço de Nagisa e Karma e evoluiu, mas ainda assim transmitiu a sensação de pouca aparição. Dos que escaparam da superficialidade foram: Nagisa, Karma, Kaede, Nakamura e Isogai, por isso citei-os primeiro.
Fui pego de surpresa pelo início da melhor fase dessa temporada, atendendo pelo nome de reta final onde o prazo para Koro-sensei destruir a Terra encurta. Posso dizer que é partindo do episódio 14 que o bicho pega de verdade e onde se incorpora um drama com estímulo comovente. Precisarei quebrar uma regra aqui que não exatamente deve ser chamada nem tratada como tal. Com relação aos spoilers. Ah, se tem spoiler então não é crítica. Desculpe quem pensa assim, mas eu discordo. Bem, sobre essa trajetória frenética que começa com uma revelação surpreendente (Mesmo! É sério! Sem mentira nenhuma, eu fiquei de cara quando vi aq... deixa pra lá, assista) vinda de ninguém mais e ninguém menos que Kayano Kaede e que culmina ao final emocionante e definitivo da obra, eu só tenho a parabenizar os roteiristas e ao próprio Yuusei Matsui, o autor do mangá. A fluidez que já era substancial ganha um upgrade tremendo graças ao rumo que as coisas traçam embalado por sofrimento por antecipação, comoção compartilhada, clima de despedida funcional, reflexões sobre o futuro acadêmico, uma divisão entre vida e morte (leia-se Nagisa e Karma) cuja maior revelação sobre o Koro-sensei serviu de gatilho... São muitas emoções a serem absorvidas em 12 episódios finais. Nunca me emocionei tanto com um final de anime desde Dragon Ball GT... sim, você não leu errado.
PS¹: Uma ressalvazinha: A terceira abertura do anime é pouco inspirada comparada às duas primeiras. A quarta e última se sai bem melhor por sua música e suas imagens que casam ao que grita para ser chamado de temporada final.
PS²: Nagisa que se cuide com seus alunos. Parece que o jogo virou (hihihihi).
Considerações finais:
A segunda temporada de Assassination Classroom foi extremamente bem-sucedida ao manter o nível da primeira, além de repetir e ampliar acertos a uma escala que me puxou para dentro da trama até o fim conseguindo até a façanha de fazer meus olhos marejarem no clímax. Foi a temporada da imprevisibilidade, sem dúvidas. Koro-sensei não é patético por seu jeito hiperativo, ele apenas honrou a sua obrigação e fez do êxito dela a sua marca para as vidas desses jovens, como um bom mestre conduzindo seus aprendizes de forma efetiva para um futuro próspero.
NOTA: 9,0 - ÓTIMO
Veria de novo? Com certeza.
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: http://www.animexis.com.br/2015/12/14/assassination-classroom-segunda-temporada-tera-25-episodios/
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