Sob uma estrela de azar
Agora os desabafos que vez ou outra surgirem nesse espaço quase não-frequentado serão desprovidos de tons poetizados. Basta. Chega de lamentações naquele estilo. É algo que não funciona mais comigo, se é que um dia funcionou realmente. Venho por essa postagem para decretar luto indeterminado pela minha esperança que padece a definhar. Dizem que ela é a última morre, né? Nessa loucura de casos e acasos, às vezes isso nem sempre é assim. O que está acontecendo? Me fiz tanto essa pergunta na última semana. Sabe aquele turbilhão confuso de sentimentos que eu falei noutro post? É, talvez não, o Universo Leitura é um fantasma tal qual o criador dele que por mais que saiba desenvolver conteúdo não tem a menor noção de como anuncia-lo eficientemente.
Esse turbilhão... ele persiste, ele se prolonga, ele maltrata... ele continua aumentando. Eu sou um questionador nato. Anseio por respostas para todos os meus problemas. Não estou sendo muito direto, então vou ser bonzinho com quem pode estar lendo e comigo mesmo. Vou ME poupar de mistérios, porque disso já basta o que ando enfrentando hoje. Não é o universo que está chutando cachorro morto. Sou só eu que me auto-destruo (não fisicamente) quando certas coisas não dão muito certo.
Nesse ano de 2017 o blog sofreu com uma ameaça que pode traduzir-se como potencialmente inconsertável. O meu computador, o meu PC, fez em Setembro 6 anos de aquisição. Bastante tempo, admito. Tenho somente ele e caso ele falhe até a morte da vida útil ninguém terá muitas condições viáveis para me ajudar a tirar o atraso no menor tempo possível. A menos que eu trabalhe e conquiste meu próprio sustento... coisa que já deveria ter acontecido há... 3 anos. Seria um mal vindo para um bem? Impressão que venho alimentando é a de que está chegando a hora de "virar adulto". Isso eu já sou, quero dizer fazer atividades comuns nessa fase da vida que sucedeu uma transição turbulenta. Na época do meu término de ensino médio tinha 19 anos. Já estou com 22 atualmente. Uma distância temporal agravante, eu já deveria ter tentando uma faculdade, algum estágio, algum curso profissionalizante, saído mais de casa para viver mais o mundo exterior... Não foi um período vazio, só não transcorreu da maneira que muitos acham correto. Exercitei meu corpo na academia e meu cérebro com minhas leituras diárias para favorecer minha criatividade em prol do blog.
Na minha vida o Universo Leitura foi priorizado até demais. Agora passo por mais uma transição que a vida está me impondo, esfregando na minha cara que isso aqui talvez não tenha futuro nenhum e que meu real futuro de sucesso é lá fora não na minha própria bolha, no meu mundinho particular. Como obter sucesso num mundo onde eu não me encaixo? É essa a ironia. Sou puxado para a realidade na qual sou inapto socialmente e obrigado a "enfrentar o mundo" com a cabeça erguida. Ainda não sei se é possível crescer nos dois. Fico, solitário, nessa bifurcação no meio de um deserto seco e sem vida. Ela está bem na minha frente.
Não é que esteja me forçando a desistir. Acredito ser um repensamento de prioridades que devo fazer daqui em diante. Mas não sei como caralhos se faz isso me vendo na situação que estou. Meus olhos ardem. De chorar e de estar cansado em ver um problema de onde não se tira nada que amenize todo o desespero, toda angústia e a aflição. Sinto como se todas as minhas criações estivessem ameaçadas de um cancelamento que pode vir na forma de um "Plec" desse maldito módulo isolador que já foi hospitalizado 3 fucking vezes. O último de todos os milhares de "Plec" que ele já deu. O barulho que essa coisa faz me dá arrepios. Um presságio de morte. É como um paciente estar com sintomas gravíssimos e os médicos não souberem emitir um diagnóstico concreto. De que doença será que ele sofre? Se é incurável, então quanto tempo lhe resta? Uma vez que tentei dar um passo à frente para resolver isso acabei dando dois para trás.
Sabe essa máscara aí acima? É como as pessoas veem meu rosto. Todos veem o que querem ver. Não, não querem me ver feliz, querem me ver compelido a aceitar o que eles veem deixando um sorriso falso à mostra porque estão acostumados ao superficial, deitam, rolam, se embriagam e se entorpecem na mentira. Isso não faz me sentir humano. Não tenho vergonha de dizer que mereço coisa melhor. Uma compreensão mais viva já seria um bom começo e esse básico já me é suficiente. Eu posso estar vendo as coisas de um jeito errado? Posso. Queria imensamente estar errado. O modo com que se importam não me deixa satisfeito. E não sinto culpa por me sentir assim. Até quando ainda vou permanecer sendo enxergado como um intruso ou criatura sem sentimentos a expor e a suportar?
Cobro sim! Consideração não se mendiga, nem se espera, se cobra, ainda mais quando esses sentimentos conflitantes ficam enroscados uns nos outros e gera toda essa balbúrdia na mente e que quando se materializa no rosto todo mundo vê uma coisa diferente da que você vê no reflexo do espelho que se espera rachar até quebrar como uma demonstração de como se sente por dentro. Citando aqui um trecho do texto do link de onde tirei a imagem: "O que você é internamente é uma consequência do que você mostra externamente".
Como achar alguém que verdadeiramente se importe? Cansei de perguntas. Chega!
Tudo anda extremamente incerto nessa minha vida. Cada segundo que passa pode ser o último. Tanto para minha esperança quanto para esse aparelhinho doente que causa estresse.
Possuo ideias que não podem esperar. Quero executa-las mesmo que a única pessoa a se importar seja eu e somente eu. Se tenho que apanhar até crescer, quero apanhar fazendo as coisas do presente acontecerem e, enfim, eu dar aquele suspiro de alívio com uma visão melhor de futuro.
Por enquanto, nesse "pesadelo", ainda estou sufocado.
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: https://andreabertoncel.com/2011/10/24/a-mascara-do-sorriso/
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