Crítica - Supernatural (13ª Temporada)


Sobre natureza e adaptação.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. 

Supernatural é uma série que já se provou a explorar ultrapassagens de limites a bem da sua mitologia, mas existe um agravante muito pertinente do qual ela parece incapaz de se sustentar sem. Ou pensa que é incapaz. Me refiro a esse medo da morte que a persegue já há umas boas temporadas. Claro, os personagens retornados no show nesta temporada são fichinha perto de Sam, Dean e Castiel, esse trio que coleciona aí umas boas idas e vindas da morte. Ainda assim, mantém-se um problema de grande importância a ser discutido. Não quero chamar a série de covarde, mas tirar o impacto de mortes anteriores trazendo de volta os respectivos personagens virou um mau hábito.

Por outro lado, ela veio recarregada nessa 13ª temporada, abordando uma temática introduzida no episódio final da anterior: os universos paralelos. Não tão imersivo quanto se esperava, mas pelo menos fazendo bom uso dos poderes daquele que torna isso possível. Sim, estou falando do grande mote dessa temporada que não é ninguém menos que o filho do capiroto, Jack, que cresceu espontânea e instantaneamente aparentando ter em torno de 18 anos mas cronologicamente tendo bem menos que um. Dessa recarga de baterias, tivemos um roteiro até que mais seguro que antes, bem longe do que foi aquela traminha rasa dos Homens de Letras Britânicos. Confira abaixo os prós e contras:

13ª Temporada (2017 - 2018) 



FILHO DE LÚCIFER

Prós 👍

A "abertura": Preciso repetir aqui como fiz no início da review da 12ª temporada e elogiar o title card extremamente temático ao plot envolvendo o nephilim (a prole de um anjo com um humano, mas no caso de Jack, especificamente, ele foi gerado por um arcanjo, logo é o mais poderoso de que se tem conhecimento na história). Se pausar bem, não dando nem um milésimo de segundo, perceberá uma cruz invertida, simbolizando a figura de Lúcifer, o pai do garoto, logo em seguida uma explosão de luz amarela (cor dos olhos de Jack quando brilham) mais puxada ao dourado, por fim dando forma ao que parece ser um olho (lembra automaticamente de O Senhor dos Anéis com o famigerado olho de Sauron), remetendo diretamente à Jack, por trás do logotipo da série e a típica aproximação trêmula que "explode" no final (isso nunca mudará, o logo sempre vai "bater" na tela até o fim). Achei um dos mais inventivos até agora. Adiciono à lista dos favoritos onde constam o da quarta temporada, o da quinta, o da nona e o da décima-segunda.

Menos casos da semana: Um benefício sem igual que veio tardiamente (os produtores deveriam se engajar nisso desde a 11ª temporada e olhe lá), mas antes nessa hora do que nunca. Do que eu lembro de filler (integralmente) nessa temporada se resume aos episódios 13x03, 13x08, 13x11, 13x12, 13x16 e 13x20. O resto do que teve elementos à parte do conflito principal (como, por exemplo, a exploração do mundo do Vazio, no episódio 13x04, para o qual Castiel foi mandado após ser morto por Lúcifer, bem como sua saída dele após ser ressuscitado por Jack, sendo o primeiro do grande festival de regressão dos mortos que se estendeu pela temporada) pode ser considerado facilmente como semi-filler que pela minha impressão suplantou a quantidade de episódios focados inteiramente na trama.

Billie, a nova Morte: Um das confirmações mais esperadas se voltava para a ceifeira morta por Castiel nono episódio da temporada passada. A explicação para o seu retorno pode ter soado um tanto jogada (o último ceifeiro que morre assume a alcunha do cavaleiro Morte - anteriormente morto por Dean que conseguiu essa ilustre façanha porque ele é o Winchester privilegiado), mas é sempre um deleite ver a interpretação de Lisa Berry na pele dessa intimidadora personagem, desta vez ressurgindo (e ainda com uma foice!) como substituta do cavaleiro Morte, ainda mais interagindo com Dean num diálogo profundo (coisa meio rara na série), o que ocorreu no episódio 13x05, este abordou fantasmas (os monstros clássicos dominaram os poucos fillers, nada de criaturas novas, exceto no 13x20 que apresentou os deuses nórdicos mas já tínhamos visto Odin lá na quinta temporada) e o assunto não poderia se encaixar melhor na situação que a série narrativamente passava. Por que os roteiristas não seguem a máxima tão enfatizada pela ex-ceifeira? Tudo o que vive uma hora precisa morrer. Tudo que morre deve permanecer morto. Até o Dean já falou isso, se não me engano. E no referido episódio foi mais uma morte para sua coleção. Valeu por muitas aparições que poderiam ser trabalhadas ao longo da temporada e ainda deu uma nova chance para o Dean reconhecendo a importância dele ao lado de Sam para manter os EUA o mundo seguro.

Andantes de sonhos: A inserção desses humanos sobrenaturais é parte da já conhecida forma de Supernatural enriquecer sua mitologia, mesmo que isso tenha sido utilizado em somente dois episódios. Kaia Nieves deixou a série bastante cedo, mas sua participação bem como o desenvolvimento explicativo do que representam os dreamwalkers (são capazes de acessar diferentes mundos alternativos) trouxeram um ar mais renovado para ser respirado e a personagem serviu muito mais do que uma mera ferramenta para se combinar à Jack e facilitar a abertura de uma fenda para o apocalipse paralelo, mas também no entrosamento com Jack e é perceptível que eles se identificam com a sensação de deslocamento diante do mundo que os cerca sobre seus poderes e condições.

Sam amadurecido: O caçula Winchester se portou como uma rocha desde o primeiro episódio da temporada com a morte de Castiel, o que não é frieza, até porque ele vive num universo onde certas pessoas que cruzam com eles não podem morrer decisivamente. Logo essa postura mais contida do Sam faz todo o sentido dentro desse escopo. Não tem como não reconhece-lo pela compreensão depositada em Jack, na primeira metade da temporada, ajudando-o a lidar com seus poderes, traçando paralelos super bem colocados (lembraram até do sangue de demônio) e verdadeiramente se mostrando a única pessoa que realmente o entendia pelos sentimentos nocivos de solidão e de não se ver encaixado num determinado âmbito, não se sentir pertencente à família por ser diferente. Isso foi simplesmente ótimo, construíram bem essa relação, portanto sou time Sam que diferentemente do seu irmão (pé no saco) adotou uma atitude de sensatez ao prestar mais acolhimento, compaixão e calor humano ao confuso nephilim.

Retorno de Rowena: A bruxa das intenções mais duvidosas voltou a dar as caras após sua morte no final da décima-segunda temporada quando foi fritada por Lúcifer até que seu corpo nem fosse reconhecido pela arcada dentária. Dali não se tinha dúvidas que a personagem tinha passado dessa para uma melhor (ou pior). Engano dos telespectadores. A mãezona de Crowley voltou com tudo, se borrando de medo do tinhoso e ao mesmo tempo furiosa pelo fato do Rei do Inferno ter se sacrificado para deter o ser que ela mais teme nessa vida. Odiava mas não vivia sem o filhinho. De todas as mortes, Rowena tivera a mais gratuita lançada em tela (a mais injusta continua sendo - e sempre será - a da Charlie), com o roteiro sequer dando espaço para seu encontro com Lúcifer. No episódio "Various & Sundry Villains" (13x12), ela recebeu um bom conflito, enfrentando duas bruxas inimigas que estavam em posse de um grimório. Ainda assim, não foi uma participação tão boa quando em "Regarding Dean" (13x11), mas, pelo menos, ver os que reconsideraram a personagem para interagir mais vezes com os Winchesters, apesar do enorme clima de desconfiança que rola entre as duas partes, é tão satisfatório quanto vê-la se fortalecer unicamente para sobreviver ao diabo.

Scoobynatural (13x16): O crossover com Scooby e sua turma foi um acerto e tanto, correspondendo às expectativas depositadas desde que foi anunciado. A experiência acabou sendo hilária no fim das contas ao ver a criança interior do Dean ficando realizada ao conhecer de pertinho os personagens da sua infância. Quem viveu acompanhando desenhos animados e não teria esse desejo? Um episódio otimamente conduzido, executando uma mescla interessante que funcionou muito bem, sendo assim ele é disparado o melhor filler da temporada. Só no final que deu uma pequena vergonha alheia com o Dean imitando o clássico jargão do personagem "Scooby, Scooby-Doooo".


Jack: Mesmo que tenham desenvolvido o drama em cima do nephilim com muito mais substância apenas na primeira metade da temporada para só depois ser retomado no episódio final, Jack ganhou os holofotes como bem merecia, afinal essa é uma temporada sobre a aceitação do diferente, algo que reacendeu a chama da discórdia entre os irmãos que precisavam carregar nas costas uma responsabilidade nada mole. Jack é filho de Lúcifer... Lúcifer tem ligação com Sam, sua antiga casca para caminhar sobre a Terra... Sam aceitou forçosamente a seguir com o negócio da família porque se sentia desencaixado e queria aproveitar sonhos que se distanciassem de uma vida lidando com o sobrenatural. Temos um triângulo com vários paralelos formados. Essa dicotomia que coloca em questionamento se a natureza tem peso fundamental para dar ao indivíduo uma moldagem prévia de seu caráter ou o meio no qual está inserido age em poder de influência para que a essência se crie. Na minha opinião, é um um pouco dos dois. Jack pode esboçar traços ínfimos de Lúcifer tanto quanto pode demonstrar afeto como um humano. O problema é que o menino é facilmente manipulável e pela maioria dos episódios havia uma dúvida tensa sobre se o nephilim cairia no lado negro da força ou provaria os valores que aprendeu com os Winchesters mantendo-os até o fim sem se sujeitar às artimanhas do pai tão cegamente (o que aconteceu no episódio final, mas a verdade apareceu e o meio-humano e meio-anjo não perdoou). Jack trouxe uma filosofia timidamente trabalhada na série, se comunicando com aquele que melhor assimilou seus problemas: Sam Winchester.


Let The Good Times Roll (13x23): E não é que acertaram e muito a mão nesse final de temporada? O enredo bem agilizado por um lado, mas por outro soando apressado tendo como exemplo a dupla dinâmica Lúcifer e Miguel (do universo alternativo) chegando à Terra 1 "do nada", não mostraram ambos coletando os materiais para o feitiço lá na Terra 2 (após a trágica morte de Gabriel) embora eu compreenda que não tinha tempo a ser perdido, mas pelo menos uns flashbacks ajudariam a tornar essa chegada mais impactante. O episódio teve também boa concentração em Jack novamente sofrendo com o uso de seus poderes. Relevo ele agir como um adolescente "emo" se culpando pelas suas decisões precipitadas e seu aproveitamento se estendeu com a armadilha de Lúcifer sobre o garoto com aquele papo de ir às estrelas, quando na verdade o papai infernal queria mesmo era tirar uma casquinha dos poderes do filhote. Uma casquinha não, tudo mesmo, drenando a energia do nephilim, o que ele consegue, ficando mais forte e a partir disso Miguel vira o menor dos problemas dos irmãos. Seria até o fim se Dean não optasse por fazer o que era necessário e não o certo. Com isso quero dizer que ele ter aceitado pactuar com Miguel a finalmente ser seu receptáculo foi de extrema urgência para o momento, pois Lúcifer faria de gato e sapato com Sam e o próprio filho. O cenário não podia ser mais sugestivo: uma igreja. E a batalha final ocorrendo de frente à um vitral do arcanjo Miguel matando o diabo! A entrada triunfal de dean/Miguel foi estupenda, digna da boa e velha Supernatural lá da era Kripke. Só tem um detalhe que... é melhor deixar para comentar mais abaixo. De resto, o desfecho não poderia ser outro: Os irmãos saíram perdendo, vitória de Miguel.

Contras 👎

Dean babaca: Diferentemente do seu irmão, o tratamento que Dean ofereceu à Jack nos primeiros episódios não foi lá dos mais amigáveis. O Winchester mais velho passou dos limites ao agir como um "policial malvado" para com o nephilim quando o coitado mais queria era se adaptar ao mundo que estava conhecendo e tentado entender. A postura de Dean entre os episódios 13x02 e 13x04 é completamente é reprovável, pois tudo que envolvia o rapaz ele manifestava uma visão preconceituosa pelo simples fato de ser o filho de Lúcifer, sem dar a mínima chance de reconsideração ou sequer entender o posicionamento do irmão e ainda mais argumentando que Sam apenas se importava com Jack por ele ser um "abridor de latas interdimensional" para salvar a Mary das garras de Lúcifer no mundo alternativo. O personagem se cegou ao orgulho próprio e fechando sua mente para as possibilidades, como se para um ser sobrenatural não importasse estar convivendo com boas pessoas, não mudará o resultado no final e as coisas não irão acabar bem pois sendo Jack filho de Lúcifer é previsível que ele revele seu verdadeiro lado. Uma perspectiva equivocada que felizmente ele foi corrigindo no decorrer da temporada. Como se não bastasse, ainda pressionou Kaia a ajuda-los e entrar no Impala apontando uma arma para ela, atitude bem forçada pelos roteiristas, não precisava fazer ele perder a cabeça daquele jeito para imprimir tensão à cena. Eu sei que com relação ao Jack isso faz parte na construção da dicotomia, mas ajudou mais a me fazer pegar ranço.

The Scorpion and the Frog (13x08): Nem preciso me alongar nesse tópico, quatro palavras resumem perfeitamente esse episódio: Pura perda de tempo. O caso da busca pelo feitiço que não deu em nada.

Castiel: Outra vez batendo nessa tecla. O anjo não possui mais tanta serventia assim e sua condição culminou na total inutilidade no episódio final da temporada. Voltou do Grande Vazio (tinham especulações de que não fosse o real Castiel, mas a entidade lá que comanda a dimensão para onde vão os anjos e demônios), fez aliança com Lúcifer, foi prisioneiro de Asmodeus junto com Lúcifer, compartilhou informações com os irmãos, visitou o Céu reencontrando a Naomi (outro retorno mega-desnecessário!), deu uma forcinha na viagem ao mundo alternativo e... só, acho que foram essas as principais ações dele. Para continuar na mesma escala de antes, era melhor tê-lo deixado mortinho.

Retorno de Ketch: Ótimo, esplêndido, era essa a continuação da trama dos Homens de Letras Britânicos que eu tanto esperava... Só que não! Rowena era um dos contatinhos do psicopata britânico e num passe de mágica a morte seria revertida, mas pelo menos incluíram a desvantagem ali pois precisava da bruxa para recarregar o feitiço (se bem que os dois deram uma sumida no último episódio). O personagem foi reintroduzido para uma aliança com Asmodeus (o derradeiro Príncipe do Inferno e o mais fraco), vira a casaca para libertar o arcanjo Gabriel logo dando o último ingrediente para o feitiço de abertura da fenda (a graça do arcanjo). E aquela história de irmão gêmeo? Sério, a morte dele já não foi dotada com aquele impacto, na verdade foi merecida, então não precisava voltar. Ainda desconfio dessa aparente redenção dele...

Unifinished Business (13x20): O retorno de Gabriel é aprovável, porém lhe deram uma aventura pessoal quase nos quarenta e cinco do segundo tempo, a situação gritava por urgência e se preocuparam em resolver os problemas pendentes do arcanjo com contas a acertar com Loki. Nem preciso discorrer muito sobre o quão rápida foi a maneira que Gabriel derrotou Loki. O personagem morreu com honra, sacrificando-se pelos irmãos, mas não havia necessidade de desenterrar mágoas.

Irmã Jo/Anael: Foi esse o papel que deram à esposa do Jensen Ackles, intérprete do Dean? Não, não quero dizer que ela deveria ter um papel minimamente relevante por ser esposa do Jensen Ackles, mas por estar ligada à causa de Lúcifer que ambicionava tomar o controle do Céu querendo pagar de herói para uma iminente invasão do arcanjo Miguel do mundo alternativo. A personagem serviu nada mais que uma artifício, um comedouro de graça angelical para reabastecer Lúcifer e quando desiste do acordo some sem dar notícias. Um anjo competidor à altura do Castiel em ser descartável.

Dean/Miguel vs. Lúcifer: O que diabos foi esse combate? Respeito a proposta da série em apresentar um confronto de proporções nunca antes vistas pelo show (e na medida do show), um embate que faça realmente jus à um final de temporada, só que na prática o tiro saiu pela culatra. Considere somente a parte em que Dean crava a adaga que mata arcanjos (artefato "tirado da cartola" para fins de Deus Ex-Machina) em Lúcifer, porque o que vem antes disso é um briga de soquinhos em "gravidade zero".

Considerações finais: 

Sendo honesto, a primeira metade da temporada exalava muito mais gás do que a segunda logo após a tentativa falha de emplacar um piloto do spin-off protagonizado pela xerife MillsZZzzz (que pela graça de Chuck dificilmente verá a luz do dia, a CW evitou um belo tiro no pé). É preciso de mais universos a serem explorados, a ampliação para novos horizontes deu uma escalada retraída, mas muitos bons momentos foram proporcionados pois mesmo com o ritmo inconstante e as inúmeras conveniências de roteiro, o fôlego continua, segue firme, embora não tão forte. Carry on to the end.

PS1: Charlie e Kevin do mundo alternativo... Brinca mais com meus sentimentos que tá pouco.

PS2: Miguel do mundo invertido é disparadamente o personagem menos desenvolvido.

PS3: Em compensação, o universo paralelo com a Terra em pleno apocalipse tem uma ótima ambientação e uma paleta de cores tão... primeira temporada.

PS4: Acho meio incoerente Asmodeus se drogar com graça de arcanjo e se fortalecer tanto. Pela lógica, anjos são largamente mais poderosos que demônios e como Asmodeus é o mais fraco do quarteto de príncipes infernais ele está injetando a graça do arcanjo teoricamente mais fraco do panteão celestial... mas ainda sim é um arcanjo, então continua implausível. E ainda tem o cômico lance de soltar energia a la Dragon Ball Z. Asmodeus se foi tarde, de fato um jogador difícil no tabuleiro, mas não é coisa que se diga "Agora ferrou de vez" se comparado à ameaça de Miguel.

PS5: Tivemos dois momentos simplesmente impagáveis de Lúcifer: 1) Sendo mendigo por um dia. 2) Exorcizando um demônio na frente de dois padres como um excelente profissional.

NOTA: 8,0 - BOA

Veria de novo? Sim. 

*As imagens acima são propriedades de seu respectivo autor e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagens retiradas de: https://tvline.com/2017/09/13/supernatural-season-13-poster-dean-sam-castiel/
                                     http://sweetondean.blogspot.com/2017/10/review-supernatural-13x01-Lost-and-Found.html
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