As consequências do fim do Google + para o blog
Cá estou novamente para mais lamentações sobre o encerramento desta rede social que se malfadou com uma impopularidade desmerecida (mas se nem os administradores colaboravam para implementar upgrades e mudanças significativas que a colocassem no páreo com as gigantes, claro que os usuários nada podiam fazer para reverter a situação de um lugar relegado ao descaso). Ame ou odeie, goste ou não, foram reconhecíveis os pontos nos quais a mídia se mostrou engajante durante o tempo em que permaneceu "relevante". Como um dos muitos órfãos inconsoláveis, a danada da saudade volta e meia aparece e reaparece para maltratar esse meu coraçãozinho fragilizado por nostalgia. Saudades, sobretudo, das enquetes (a página Enquetes Controvertidas, mais precisamente) e dos memes nas comunidades de humor - que se mantiveram boas até o inflamado período eleitoral do ano passado quando veio a enxurrada de panfletagens e militâncias.
O triste fim da rede social outrora tão promissora acabou por afetar este humilde blog que dependia unicamente dela para ser propagandeado, o que, como já expliquei noutras vezes, não teve aquela serventia de elevar o alcance para conquistar mais leitores. Meu erro não foi a divulgação em si, mas acreditar ingenuamente (ou "trouxamente") que iria proporcionar um aumento astronômico de comentários e visualizações, me passando despercebido uma conjuntura bastante visível (e prejudicial) que foi responsável pelo blog atravessar pouco mais de cinco anos num marasmo de "invisibilidade" nessa blogosfera que cada vez mais tem prestígio reduzido por conta da ascensão de plataformas audiovisuais, como o sempre imbatível YouTube (que tem deixado criadores de conteúdo temerosos quanto às novas e polêmicas regras para evitar que crianças menores de 13 anos não assistam vídeos considerados "impróprios" pelo algoritmo e ao que parece vai passar a taxar canais de público misto, a exemplo do Imaginago, mesmo que abordem elementos que sejam atraentes para crianças - tais como animes e filmes da Disney -, como voltados ao público infantil, o que acarretaria no corte zerado de monetização e isso desestimula quem faz do gasto de horas produzindo vídeos o seu ganha-pão). Poucos meses após o último que saiu ter apagado a luz bastaram para os primeiros sinais surgirem. Anteriormente, era só publicar, dar uma conferida e lá estava já com pelo menos uma visualização (em "dias de sorte" duas ou três logo de uma vez). Hoje uma primeira visualização leva uns 30 minutos ou poucas horas para contabilizar. Me resta ir ao Twitter divulgar para fazer com que apareçam os primeiros números. As séries estão despencando: A quinta (e atualmente inacabada) temporada de Capuz Vermelho possui os mais baixos números de visualizações comparado às outras. Frank - O Caçador também vai mal, nenhum capítulo passa de 20.
Não divulgo as histórias no rede do passarinho azul (figurativamente vermelho) porque gostaria de ter feito isso quando comecei a publica-las, mas na época eu tinha uma rejeição extrema pelas redes sociais famosinhas (o Twitter e o Facebook continuam com suas más famas, mas ninguém larga por falta de opções ou de concorrentes que invistam pesado - coisa que o YouTube, infelizmente insubstituível, anda merecendo e não é de hoje). Recentemente criei uma conta no Gab, plataforma que foi bastante comentada na época da eleição de 2018, porém o que vi me decepcionou, a rede não transparecia aquela força de grande promessa para meio alternativo de insatisfeitos com o Twitter e suas ações punitivas baseadas em "dois pesos e duas medidas". Desde então não acessei mais, me entristeceu de verdade porque confiei que seria uma espécie de refúgio. É praticamente um efeito dominó: se um não se empenha o bastante, isso recai em todo o resto. No que tange ao blog, vou dando continuidade lidando com essa redução de público até que novos e seguros caminhos apareçam um dia.
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: https://sm4good.com/2018/10/09/google-is-shutting-down/
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