Crítica - Peter Pan (1953)


Nem melhor ou pior do que eu costumava lembrar.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOI... Ah, mas é um conto infantil ultra-famoso, então deixa.

Já conhecia de cor e salteado o enredo clássico da historinha sobre o menino que se recusa a crescer por meio diferentes meios literários na infância, porém assistindo ao antigo longa produzido pela Walt Disney Pictures foi a primeiríssima vez. Pra falar a verdade, muitos anos antes tive um contato com esse Peter Pan carismático da casa do Mickey Mouse, em idos de 2004 ou 2005 diante da sequência lançada diretamente para vídeo doméstico (e décadas após a animação original) chamada De Volta à Terra do Nunca e dela guardo boas lembranças bem frescas. Na frase de introdução me refiro à história-base - e que por sinal a Disney seguiu praticamente à risca -, ou seja, não a achei demasiada bobinha ou desinteressante para desmerece-la numa visão adulta que não necessariamente precisa estar fechada à uma ausência de encanto infantil, logo basta que se tenha vivido uma infância que possa no futuro ser recordada sem que haja vergonha ou pressão para manter o foco na cabeça de adulto ao longo do processo de crescimento pelo qual todos nós passamos.

Claro que tem umas coisinhas que adorava quando criança e hoje encaro com receio por mais que a nostalgia interfira fortemente para que faça o contrário e você normalmente fala que não tem mais idade para aquilo, o que vai da escolha de cada um rememorar/reviver ou deixar para trás, o que envolve mais do que desenhos da TV. A animação não foge ao padrão estético das anteriores, os traços livres, leves e soltos, muito bem movimentados, contribuindo para reforçar o ar simpático que ela carrega e transmite. Da história não tem muito a dizer, afinal de contas a linha narrativa é extremamente conhecida, o longa nada mais que a reimagina dando-lhe vida com características que seguem a diretriz naquela inconfundível "disneyficada" que todo mundo está familiarizado. A Wendy é uma menina de 12 anos que ainda acredita nos seres fantasiosos dos contos de fadas (às portas da puberdade ela continua mantendo sua imaginação pueril), indo na contramão das ordens de seu pai de abandonar essas crenças (por ser a mais velha) e estimulando seus dois irmãos menores, John e Michael (João e Miguel), a fazerem o mesmo e não demora para na mesma noite que seus pais saem os três receberem a ilustre visita de Peter Pan e sua companheira Sininho (ou Tinker Bell, cujos filmes derivados não serão resenhados aqui, não tenho interesse) para darem um passeio na Terra do Nunca (na dublagem é referida como Terra Encantada). Se bem que a fadinha pode ser vista como uma antagonista secundária devido ao seu ciúme pela afeição que Peter Pan tem por Wendy (ou sentimentos mais intensos), o que a motiva a ajudar o Capitão Gancho na captura da inocente garota e dos meninos perdidos, só que bem feito pra ela ter sido aprisionada pelo vilão após sua utilidade acabar.

Agora falando do grande destaque que certamente é o Capitão Gancho. Nada contra o protagonista, mas o pirata perverso (que, segundo uma teoria, matou a mãe da Ariel, a pequena sereia!) rouba a cena em cada pedaço do tempo de tela que lhe foi destinado e não é à toa ele ser lembrado entre os principais vilões da Disney no quesito malvadeza - acho até covardia descarta-lo ou esquece-lo de um ranqueamento. Engraçado e maquiavélico, Gancho, por mérito, completa a tríade de evidência dos personagens desse filme (com Wendy no meio, claro). Os meninos perdidos (crianças que são "esquecidas" por descuido de babás ou da própria mãe e são sequestradas - sim, sequestradas - pelas fadas e levadas à Terra do Nunca para obedecerem a um único líder, isto é, Peter Pan) não ficam devendo na comicidade também e sempre o gordinho loiro (não sei os nomes) ganhando toda minha atenção. Alguns trechinhos dão uma impressão de se estar vendo um episódio de Looney Tunes (não inferiorizando Pernalonga e cia, claro), mas a qualidade fílmica de animação é inegável e correspondente ao padrão Disney que veio se aprimorando ao longo do tempo.

Considerações finais:

Peter Pan merece ser consagrada como uma boa representação da obra de J. M. Barrie para o audiovisual.

PS: O pai de Wendy, George Darling, reconhece o navio do Capitão Gancho pela forma nas nuvens dizendo te-lo visto quando criança. Que indicativo isso traz? Mil teorias na cabeça...

NOTA: 8,0 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é prorpriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://www.macae.rj.gov.br/midia/noticias/39407/1508551701.jpg

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