Ceifador - Origens Sombrias #2: As Relíquias Universais


Todas as grandes ideias começam a partir de uma fagulha.

Às vezes não se compreende a razão disso acontecer, você apenas sente que deve fazer exatamente o que a sua consciência estimulante o convenceu de ser correto.

Há horizontes distantes que as criaturas caminhantes e pensantes querem desbravar na busca para entender que papel exercem no universo e dar uma significação definitiva e satisfatória à existência.

No entanto, para o bem das leis, o desejo incessante dos mortais por conhecimento não é maior do que a composição do vasto conjunto cósmico no qual estão inexoravelmente encaixados.

A ambição do homem não pode ser posta em equilíbrio a esse conjunto numa mesma balança e numa mesma medida ou escala.

Por falar no equilíbrio... a fonte mantenedora dele se encontra em dez objetos incalculáveis em poder, valor e sentido de existir. O que chamam de universo não passa de uma peça entre outras nove.

São chamadas de relíquias universais. Para cada universo é designado um portador para utiliza-la com sabedoria e responsabilidade. Para tanto, o mesmo deve provar ser forte o bastante a merece-la.

Ao serem criadas na aurora do tempo, foram despejadas a cruzarem o espaço-tempo no objetivo de se alcançarem os universos para os quais elas deveriam pertencer eternamente.

Diferentes mundos tiveram esse privilégio. Estas são as Intermediárias.

Anteriormente o macrocosmo primordial continha apenas três relíquias, chamadas aqui de Ancestrais. Pertencentes às essências do Caos, da Ordem e do Equilíbrio - no mais tardar renomeadas. 

São elas, respectivamente: Tridente, Espada e Foice

A tríade ancestral manteve-se vigente por eras a fio. Com a expansão cósmica natural além do etéreo, as Intermediárias tiveram de ser criadas para a então nova camada obedecer às leis.

As dez relíquias universais intermediárias possuem sub-relíquias que correspondem funcionalmente à elas agindo mais em subordinação do que cooperação.

O Arco Ornamentado. Sua sub-relíquia é a Flecha Platinada. Dispara-la significa rasgar o tempo-espaço e criar fendas para exploração.

O Machado dos Reis. Sua sub-relíquia é a Manopla Triunfal. Com esses dois itens é possível aniquilar os mais numerosos exércitos com apenas um golpe pulsante em uma distância considerável.

A Flauta do Sátiro. Sua sub-relíquia são os Tampões Dourados. O portador não deve ouvir a música que toca dependendo do seu desejo, pois do contrário acabaria morrendo independente do propósito.

As Asas Brasantes. Sua sub-relíquia é o Torso da Armadura. É preciso dela para que as asas se encaixem na parte de trás e o portador voar aos céus com as asas em polvorosa destilando um fogo implacável aos inimigos a partir do atrito inapagável das penas.

O Vaso Aquariano. Sua sub-relíquia é a Barbatana do Abissal-Alfa. Ela conjura o poder do vaso para trazer e gerar oceanos abundantes para locais escassos e outros fins. 

A Corrente Negra. Sua sub-relíquia é a Maça. Gira-la em voltas rápidas com a corrente desfaz calamidades climáticas e tempestuosas. A Maça pode servir para dispersar multidões indesejáveis.

O Escudo Psíquico. O Olho Milenar é sua sub-relíquia. Todas as mentes submetem-se a um controle absoluto conforme a vontade de seu portador.

O Cajado Expansor. Sua sub-relíquia é o Rosário de Três Seguimentos que canaliza energia ao subordinador. Quando batido três vezes, o cajado trará fertilidade à terra se o portador deseja que a vida floresça, porém, pode levar ao apodrecimento caso ele deseje a morte e a seca.

A Lira Melódica. Sua sub-relíquia é a Palheta de Lápis-Lazuli. O alto som reproduzido repele geradores de catástrofes astronômicas caso seja tocada a melodia correta para afastar esses males.

A Lança do Destino. O Orb é sua sub-relíquia. Ele por si só é capaz de teleportar, mas conectado à Lança leva o portador diretamente ao criador das relíquias para cumprir seu destino de recriar as propriedades universais. Por isso ela é a que possui grande relevância. O portador jamais deve saber que há apenas um criador para todas as relíquias. É uma regra válida a todas, sem exceções.

Este que vos fala é chamado de muitos nomes que não tem significado algum para mim.

Posso assumir várias formas e identidades variavelmente.

Sou conhecido como o "Arquiteto Geral".

Mas prefiro me chamar de... Amarantho. 



*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://www.sementesdasestrelas.com.br/2016/01/invocacao-espada-de-luz-de-arcanjo.html



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