Crítica - Pokémon: Filmes (16-19)


Eis o encerramento da compilação nesta quarta parte! Finalizo com Unova e sigo por Kalos até o fim da jornada. Confira minhas sinceras opiniões sobre os Pokémovies abaixo:


Filme 16: Genesect e a Lenda Revelada (2013)




Um título melhor seria "Genesect vs Mewtwo: Seu lugar no mundo".

SPOILERS abaixo: 

É com este filme que se dá o início do fim desta "maratona" Pokémon, trazendo o retorno de ninguém menos que ele, o pokémon raro e misantropo mais fodástico dentre todos: Mewtwo, seja bem-vindo de volta, ainda que com poucas diferenças que são enormes em relação à sua encarnação passada e mesmo assim não superam-a. Esta exploração lhe trouxe uma nova abordagem, mas em um filme que não se fez á altura de sua importância como personagem. Ash e seus amigos estão digerindo muitas migalhas quando mereciam um prato bem servido no que diz respeito a explicações. Já sei que a gangue dos Genesect foram "criados" pela Equipe Plasma em um contexto similar ao que Mewtwo passara. Espera, mas de onde veio esse então novo Mewtwo (fêmea)? A organização, pelo que deu a entender, recriou o feito da equipe de Giovani do longínquo primeiro filme. Mas não temos referências ou um resgate aos velhos tempos, é tudo enfocado em novidades. Genesects são pokémons cujas aparências remetem a insetos antropomórficos. Seus fósseis foram reanimados graças a trupe de vilões humanos que só apareceu "por trás das cortinas". Não há muito que dizer sobre o longa em si que minguou numa camada só e não se permitiu cavar mais fundo quando era plenamente possível. Até o personagem exclusivo se mostrou meio apagado, tendo que precisar achar soluções para a consequência provocada pela rebelião dos Genesects que apenas desejavam construir o que poderiam chamar de lar. Havia espaço para a Equipe Plasma dar as caras e dar trabalho só para gerar um pouco mais de caos nessa conexão entre ideais dos dois lados opositores. A duração também poderia se estender sem problemas. Mas o que esse filme transpareceu foi pressa e uma despreocupação tamanha com o enredo que até se tiraria um potencial se fosse bem estruturado. O poder da amizade vence no final, previsivelmente. E esse já é um spoiler tremendo para quem não se liga tanto aos pokéfilmes, embora seja necessário mencionar aqui e ser tratado como um recurso forjado pela pressa que, por sinal, pareceu impulsionada por um bloqueio criativo do roteiro. Para um último filme de uma geração sem muito fôlego ele certamente fez justiça a essa quedinha de qualidade que Pokémon sofreu com Unova. E para um longa-metragem com Mewtwo brilhando com sua mega-evolução da qual não se comenta merda nenhuma, e com frieza comedida, realmente é digno de se descontar uns pontinhos pela inserção do personagem em uma trama aparentemente sem nenhum propósito. Com isso, a geração Unova em sua curta linha fílmica é fechada com chave de ferro bem desgastado. #partiuKalos #vazaIris #vazaCilan

PS1: Esse filme tem toda a estética que essa narrativa não merece. Um lado da balança tinha que pender mais logo no último filme, o que é uma pena.

PS2: Mewtwo Mega-Evoluído contra Genesect vermelho em uma batalha pelas ruas da cidade (seria a Nova York do pokéverso?) foi um momento para não se perder nenhum segundo. Melhor cena de ação disparadamente. Em geral, o longa vale ser assistido pelo Mewtwo e nada mais.

PS3: Primeiro pokéfilme com a introdução após a abertura e o tom alterado da musiquinha típica com o logo.

PS4: Diálogo alternativo entre Genesect e Mewtwo enquanto contemplam a beleza do planeta Terra visto do espaço:

Mewtwo: Só te trouxe até aqui pra gente discutir uma parada séria, cara. Não faz sentido a gente ficar se esmurrando só pra disfarçar as fraquezas desse filme.

Genesect: Pois é. Que cilada hein. O que a gente faz agora? Diz aí, tu é a figuraça das antigas pica das galáxias enquanto eu sou só um novato jogado num filme meio pombo.

Mewtwo: Eu sugiro nós voltarmos lá pra baixo com uma aterrissagem dramática. Não vai salvar essa porra, mas pelo menos vai fazer acabar mais rápido. O que tu acha?

Genesect: Então é assim? Amigos de fé, irmãos camaradas?

Mewtwo:  Tem certeza que não quer algo mais?

Genesect: A gente não vai se ver nunca mais depois desse filme, sua louca. Mesmo se fosse o contrário, não chuparia essa manga aí não.

Mewtwo: Tá legal, não vou apelar. Na base da amizade, OK?

Genesect: Pode crer, na base da amizade. Tamo no mesmo barco, bora afundar junto!

NOTA: 6,0 - REGULAR

Veria de novo? Provavelmente não. 


Filme 17: Diancie e o Casulo da Destruição (2014)



Sensação de cansaço por parte da mitologia é ponto agravante no primeiro longa de Kalos.

SPOILERS abaixo: 

A região de Kalos é completamente inédita para mim pelo fato de eu ter decretado um rompimento no meu "namoro" com o anime há cerca de uns dois anos. Unova foi a última parada para este pokéfã tão exigente que sou eu. Sim, você, leitor gasparzinho, deve estar me xingando mentalmente de cara chato por julgar estes filmes com tanta criticidade que muitos podem até considerar um tanto desnecessária, mas, por mim, acho importante dar um tratamento crítico a longas-metragens de um anime caça-níquel como Pokémon que se iguale a animações mais conceituadas, pois nenhuma obra é inferior a outra e todas merecem respeito apesar dos pesares. Iniciei minha jornada por Kalos através da linha do tempo fílmica. O anime, de fato, não tem mais volta na minha rotina. A apresentação dos lendários se deu triplamente encaixada neste primeiro filme da geração XY. A começar pela estrela que carrega o título do filme, Diancie, uma pokémon com ares de princesa meiguinha do tipo Fada. Fada?! É, Pokémon se perdeu um pouco nessa de incluir novidades. Mas esse mero detalhe não me faz sentir feliz por ter abandonado. Pokémon já vinha dando sinais de fraqueza do seu timing característico desde Unova. Aqui eu sinto ele definhando a cada cena, o que é lamentável pois o que se tem é uma impressão de que tudo está mais infantil para agradar uma nova geração de fãs numa faixa etária de 7 a 9 anos. Mas vamos para os aspectos gerais do longa: Primeiro ato inteiramente dispensável. Se eu soubesse nos mínimos detalhes de antemão, o minuto em que termina, teria pulado com a consciência tranquila. O longa segue uma fórmula já defasada que em suma é pokémon lendário e/ou raro fofinho e frágil sendo intimidado por pokémon lendário e/ou raro badass e poderoso. Diancie e Yveltal exercem tais papéis sem fuga. Como trata-se de uma geração inédita à mim, vale dar uma atenção aos então novos companheiros de Ash. Clemont e Bonnie possuem personalidades dentro do esperado. É Serena quem se sobressai, pois é ela quem melhor aparenta melhor desenvolvimento. Voltando à estrutura da história, é no segundo ato que a trama ganha substância com a revelação de que Diancie precisa do poder do lendário Xerneas (pronuncia-se "Zârnias") para adquirir experiência com o objetivo de restaurar o Diamante Coração e assim seu domínio garantir a sustentabilidade. Caso o contrário, um desequilíbrio ambiental provocará um caos. O longa carece de desafios que imponham tensão. Segue um processo que a presença inofensiva de Diancie faz parecer fácil de resolver. E tudo acabou de maneira fácil graças a Xerneas, porque ele está unicamente atuando como remédio milagroso para solucionar as consequências. A habilidade de materializar diamantes da "princesa" atrai os olhares ambiciosos não de dois, mas de quatro vilões - Equipe Rocket não conta por motivos óbvios - que, além de movimentarem o enredo, foram os principais responsáveis para o desencadeamento do terceiro ato protagonizado por um furioso Yveltal que atira para todos os lados e quem é atingido acaba sendo petrificado. A exaustão mitológica do pokéverso fica escancarada neste filme que, todavia, tem enquadramentos prazerosos com semi-giros de "câmera" e efeitos estáveis, conquanto não tenha muita solidez de roteiro uma vez que a estrela lendária não é boa o bastante para conduzir tudo de forma a conquistar a empatia de quem assiste. A minha não.

PS1: Ponto alto do filme: Pikachu virando pedra em uma referência monstruosa! Mas tem uma observação/ressalva. O raio meduso de Yveltal claramente atingiu o Pikachu minutos após Ash ser salvo do penhasco. Nada dele petrificar instantaneamente como os outros. O que não fez sentido algum. A petrificação no meio daquele alarido todo somente iria favorecer o impacto emotivo da cena. Impacto este cagado e jogado fora com a participação do Xerneas como o milagre "inesperado". A referência foi bem-vinda, mas nunca vi uma forçação de protagonismo tão cretina como essa.

PS2: Ash para Diancie - "Você fala". Clemont - "É telepatia". Pô, essa fala é do Brock!

PS3: Primeiro ato quase todo dedicado a Diancie aprofundando sua relação com Ash e turma foi de arrancar bocejos.

PS4: Voz de Carlos Freeza Campanille no Carbink "sabe-tudo" me soou... estranho. Não levei muito a sério por mais que o personagem elucidasse a urgência nem tão alarmante do conflito.

NOTA: 6,0 - REGULAR 

Veria de novo? Provavelmente não. 


Filme 18: Hoopa e o Duelo Lendário (2015)



Um épico crossover de lendários em um pokéfilme de contexto estranho.

SPOILERS abaixo: 

Uma confissãozinha antes da crítica: Interrompi a "maratona" por mais de uma semana, nem podendo mais ser chamada de tal, devido ao fato de Kalos ter me desanimado um pouco em relação ao mundinho particular que ela construiu em torno de si e não traz a mesma desenvoltura que as gerações anteriores pois, como falado na crítica anterior, os sinais de cansaço de mitologia tiveram peso considerável. É assim mesmo, nada, não importa o que seja, permanece até o fim do mesmo jeito que começa. Mas... este segundo longa da série XY trouxe uma luz reconfortante na medida certa. Hoopa conquista assim que entra de supetão no prólogo por seu extraordinarismo. Sua forma "adulta" (por assim dizer) tem uma aparência com detalhes que lembram um demônio ou uma divindade. Uma amálgama disso, basicamente. Como prólogo, ele não tem obrigação de expor profundidade (à maneira da série), isso geralmente é papel do segundo ato onde aqui foi executado com flashbacks e explicações resumidas. Engraçado que a novidade mais notável fica por conta do próprio Hoopa em si, que é o fio condutor máximo de todo o enredo, ser paralelamente o pokémon lendário fofinho/frágil e o pokémon durão e ameaçador pela trama girar em torno de sua dualidade que careceu de maior exploração. Hoopa possui uma essência maligna, sua escuridão interna, que há muito tempo foi aprisionada numa garrafa por um herói de uma civilização que antes foi agraciada por uma chuva de ouro forjada pelo arquigênio dos anéis (como diz a sinopse mais detalhada que achei). Além disso, não teve como não lembrar da mutante X-Men Blink cuja habilidade é praticamente análoga a de Hoopa que consegue transportar pessoas, objetos e até pokémons (lendários, inclusive) através de portais criados pelos seus anéis. O pequeno Hoopa tem uma natureza meio arteira, porém essa personalidade se esvai no decorrer dos eventos e ele facilita a criação da simpatia e da empatia, é o pokémon de um carisma que eu não via desde Shaymin. Os três atos detém uma agilidade que não impede que sejam percebidos seus começos, metades e fins. Para dar movimento ao primeiro na transição para o segundo, o personagem Barza é possuído pela escuridão de Hoopa já que quem toca na garrafinha lá fica "encapetado". Agora vem o ponto apogético que devo pautar: A maior batalha lendária de todas! Lendários de Hoenn, Sinnoh e Unova juntos em um campo de guerra em cenário metropolitano. Demorou um pouco a processar a ideia da Equipe Rocket ter sido o gatilho para esse "duelo" lendário ocasionado pelo Hoopa sombrio que adquire forma física sem necessariamente possuir sua outra metade. Não fosse por isso, o longa não teria razão de seguir adiante com um conflito inacabado. Os planos, os efeitos, enquadramentos e direções foram primorosamente conduzidos, é um confronto que tem um magnetismo que é tiro e queda para um entusiasta dos lendários como este blogueiro solitário que vos escreve. O time controlado por Bad Hoopa é numeroso: Groudon, Kyogre, Kyurem, Dialga, Palkia e Giratina. Já o team Ash só tinha Lugia, Latios, Latias e Rayquaza. O longa também acerta na enganação de resolução do conflito. Estive crente que o terceiro ato acabou na reconciliação/purificação entre as duas metades de Hoopa... e daí chove uma nuvem trevosa indicando a consequência que abafou a sensação da "guerra" lendária estar ali de forma gratuita e espetaculosa para promover uma ação-maquiagem. O longa tem acertos estéticos dignos de aplausos, entretanto tudo é jogado em um contexto que causa estranheza e soa inconvincente por sua superficialidade que pouco faz justiça ao seu interessante personagem central. Uma "casa da mãe Joana" que precisa de uns rebocos.

PS1: A aparição (nem tão) surpresa de Arceus eu decidi reservar para um P.S. Toda explicação envolvendo o deus dos pokémons dada por Mary e Barza de que receberam poderes dele tocou um foda-se no que foi construído em Sinnoh. A conclusão é que o Pokémon que eu curtia assistir com prazer terminou nessa região. A partir de Unova é universo alternativo pra mim. Hora de aceitar e assumir essa condição, para minha infelicidade (ou libertação).

PS2: Sinceramente não consigo nutrir interesse por Clemont e Bonnie. O nerd com suas tecnologias até úteis é tão insosso e a pequenina é tão... boboca. Nem sequer notei direito a presença deles quando o enredo atingiu seu clímax. Só a Serena mesmo. Até a Iris e o Cilan tinha mais sustança em cena.

PS3: A "suruba" de lendários pesos-pesados que o Ash adora! Tantas caronas reunidas num só filme deve ser... orgástico para o garoto.

PS4: E aquele Rayquaza shiny? Mega-Evoluído, legal... Mas por que shiny? Os lendários não são únicos e originais? O Latios não tinha se sacrificado no seu filme? Groudon e Kyogre estão com aqueles detalhes laranjas por que? É a Mega-Evolução deles? Perguntas que me fazem pensar que embarquei numa outra linha alternativa.

PS5: O título poderia ter aderido à tradução literal. O Confronto de Eras (The Clash of Ages) faz mais sentido que Duelo Lendário sendo que é time vs time.

PS6: Puxando o gancho de coisas que não fizeram sentido, rolou Ash ordenando ataques nos lendários como se fossem seus. Eles tem autonomia para atacar e se defender numa batalha, não precisam de comandos de um treinador fracassado e que já se desgastou como protagonista. Pronto, falei. Tô numa vibe "sincerão" mesmo, quero nem saber...

PS7: E que eis se trata do último filme com a dublagem paulista 😩.

NOTA: 8,5 - BOM

Veria de novo? Sim. 


Filme 19: Volcanion e a Maravilha Mecânica (2016)


Décimo-nono pokéfilme tenta criar impacto com truques e recursos batidos.

SPOILERS abaixo:

Tenho que dar minha cara à tapa quantos aos fatos e dessa vez eu preciso expressar: A cada filme de Pokémon a qualidade de animação vai decrescendo de modo a fazer perder a sensação de estar assistindo a um verdadeiro longa-metragem animado. Tudo passa a ficar muito... episódico, digamos assim. Agora que a "maratona" enfim acabou, eis a melhor hora para desentalar essa ressalva que guardei por pelo menos uns 8 filmes atrás. Aqui não o cenário não se alterou em nada. Uma boa piada só é engraçada quando contada apenas uma vez. Baseando-se nesta analogia, eu digo que os recursos replicados dos outros longas não me fizeram sentir absolutamente nada ao assistir este. Comecei e terminei esse filme com a mesma expressão. Sabe a exaustão que denotei na crítica do filme da Diancie? Então, ela é mútua, se a série não suspira com mesmo fôlego de antes eu também consequentemente serei afetado com cansaço, um pouco de tédio e até sobra aí uma pitada de desprezo. Não ocorreu exatamente reciclagem descarada como no nono filme. Aliás... um pouco, no entanto, esta foi bem explorada por meio da estrela lendária que é Volcanion, um pokémon que desenvolveu misantropia ao ter sua amada Magearna (como algo criado por mãos humanas é considerado um pokémon? Fuck logic) raptada pelo Reino de Azoth - uma cidade que aprecia parafernalhas mecânicas de todo o tipo. O que se extraiu de positivo embora não tenha se sobressaído como deveria: Justamente os gráficos de animação com seus efeitos 3-D, um quesito que Pokémon sempre é bem-sucedido, há quem não goste, mas, em meu ver, eles imprimem um tom de aventura que um longa necessita - mesmo que ele pareça um simples episódio prolongado. Filmes que acertam na estética em detrimento do narrativo dificultadamente ganham notas acima de 7. Duas repetições que merecem ser ressaltadas: uma plataforma flutuar nos céus movida pelo poder do pokémon raro secundário (estou pensando no Victini agora) e o falso sacrifício para resolver uma consequência gerada pela resolução do conflito do terceiro ato (recuperar o cérebro/coração de Magearna). O ritmo do enredo é meio instável, o primeiro ato não pisa no freio e num piscar de olhos Ash e cia já estão metidos na encrenca, enquanto que, por outro lado, o segundo ato se arrasta até o segundo enfrentamento onde a trama adquire contornos mais sólidos com o principal vilão humano tirando sua máscara (senti dó do garotinho loiro Azothiano, que não peguei bem o nome, coitado, idolatrou um falso herói para no fim das contas ter seu entusiasmo reduzido a lixo). O clímax desse filme tentou, com forçação, brincar com meus sentimentos quando eu já não tinha mais nenhum para ser aceso a uma certa altura. De fato, o que sobra como proveitoso são as batalhas contra os pokémons mega-evoluídos da gangue do mal que se encarrega de movimentar o negócio e os direcionamentos eficientes da "câmera" que conseguem prender (destaque para quando ela gira no momento em que Pikachu transborda seu poderoso choque do trovão ao estar cercado). E é isso. Kalos encerra sua linha alternativa com um filme que se vale de engrenagens enferrujadas para reprisar impactos que não chocam mais. #partiuAlolaSQÑ #vazaduplaoxigenadasemgraça #aténuncaSerena #adeusAshLucindo.

PS1: Honestamente achei fofinho Meowth sensibilizar-se pela condição de Magearna até se debulhar em lágrimas. Pontinho negativo só para a sua nova voz, similar a clássica mas bastante rouca.

PS2: Pergunta valendo um milhão: Como diabos Ash conseguiu se vestir duas vezes com peças diferentes enquanto estava com aquele cinto eletromagnético? E o pior: Como ele vestiu aquela roupa protetora criada pelo Clemont se o cinto claramente apertava sem dar brecha pra roupar passar? Tentativa falha de tapear os espectadores, até crianças com menos de 10 anos percebem isso facilmente.

PS3: A resposta automática para quando um pokémon lendário dizer uma palavra: "Uau, você fala!" - Ketchum, Ash. "É telepatia!" - Clemont (autor original: Brock).

PS4: Ash - "Você mentiu pra nós! Você disse que todos nós voltaríamos juntos." Tradução: "Você mentiu pra mim, seu ladrão de cena! Você prometeu que ia me deixar ser o herói!".

PS5: O que detesto nos epílogos com créditos finais é que a mostra de Ash e sua turma voltando à jornada por algum caminho cheio de mato aos lados dá a impressão de que tudo o que viveram no filme não passou de só mais uma aventura.

PS5: Destaque para a ótima dublagem do Mauro Ramos. Deu aquele Up a mais para me simpatizar com o Volcanion, compreende-lo e torcer pela sua conquista ao longo do filme.

PS5: Breve comentário sobre a dublagem nova em geral: A maior parte das vozes estão bem encaixadas, com exceção de: James, Jessie e, não menos importante... Ash. Pois é, anos e anos acostumado com uma só voz dá nisso. Com todo o respeito ao trabalho do Charles "Ben Tennyson" Emanuel, mas é que durante todos esses anos eu fixei uma identidade ao Ash e a voz do Fábio Lucindo é o ponto mais marcante que ela possuía e, infelizmente, não consegui me desvencilhar dela e eu entendo plenamente, mudanças vem e vão, tudo tem sua época para começar e terminar.

NOTA: 6,0 - REGULAR

Veria de novo? Provavelmente não. 



(NÃO) BÔNUS: 

Filme 20: Eu Escolho Você (2017)

Pra completar o limite de cinco filmes por postagem, só faltaria esse, o longa comemorativo de 20 anos da franquia. Talvez saia numa futura review porque sinceramente não estou com grana para ir ao cinema, fora o tempo curto em que ficará em cartaz no Brasil. Os próximos filmes, claro, vou analisar em postagens individuais.

Veredictos de cada pokéfilme:

Mewtwo Contra-Ataca (1998):

Apesar dos detalhes satisfatórios, esperava um pouco mais, além de um final menos agridoce. 8,5

O Poder de Um (1999):

O que faltou foi desafio. 7,5

O Feitiço dos Unown (2000):

Este foi mais um filme com resolução fácil, mas a diferença para os dois primeiros reside na construção do enredo que neste mostrou-se pouco criativa. 7,0

Viajantes do Tempo (2001):

Pokémon em sua mais pura essência. 9,0

Heróis (2002):

Fechou com chave de ouro a era em que Ash tem suas vestimentas clássicas, apesar da história não prezar por um aprofundamento dramático que faria uma diferença enorme na imersão do potencial que ela traz consigo. 8,0

Jirachi, realizador de desejos (2003): 

Tudo que cabe ao longa encaixado devidamente ainda que não tenha nada de tão espetacular. 7,5

Alma Gêmea (2004):

Enfim, demorou bastante para Pokémon construir um longa-metragem que consegue ser tão fora da caixa e em paralelo executa os clichês sem prejudicar em nada. 9,5

Lucario e o Mistério de Mew (2005): 

A história de Aaron e Lucario fez um link com Ash e Pikachu que deu substância à uma trama que sem o devido tratamento não teria nenhuma propósito ou razão para ser um plot de longa-metragem. 8,0

Ranger e o Lendário do Mar (2006): 

Mergulhando fundo no pokéfilme com imersão literal e sentimental, mas pouco original. 6,0

O Pesadelo de Darkrai (2007): 

Resolução fácil e com sentido aprofundado a gente não vê por aqui, mas tenha certeza de que há um filme de colocar você na ponta da cadeira com o perigo iminente da trama. 8,5

Giratina e o Cavaleiro do Céu (2008):

Exalando ares sutis de Digimon como um pokéfilme acima da média. 9,0

Arceus e a Joia da Vida (2009):

Chegamos ao topo desse montanha e o ar até agora está rarefeito porque foi, sem dúvidas, de tirar o fôlego. 10,0

Zoroark, o Mestre das Ilusões (2010):

Esse pokéfilme foi bem fechadinho nele mesmo, assim como o oitavo, apesar de não suspirar nenhuma mensagem ou moral que enriqueça a complexidade do universo da série. 7,5

Preto - Victini e Reshiram (2011):

Reshiram e Zeckrom foram a cereja desse bolo com uma cobertura que ganha consistência até o seu ápice. 8,5

Kyurem contra a Espada da Justiça (2012):

O foco maior na ação que impede brechas para esmiuçar melhor as motivações e a duração descontam uns pontos do longa. 8,0

Genesect e a Lenda Revelada (2013):

Não há muito o que dizer sobre o longa em si que mingou numa camada só e não se permitiu cavar mais fundo quando era plenamente possível. 6,0

Diancie e o Casulo da Destruição (2014):

A exaustão mitológica do pokéverso fica escancarada neste filme que, todavia, tem enquadramentos prazerosos com semi-giros de "câmera" e efeitos estáveis, conquanto não tenha muita solidez de roteiro uma vez que a estrela lendária não é boa o bastante para conduzir tudo de forma a conquistar a empatia de quem assiste. 6,0

Hoopa e o Duelo Lendário (2015):

O longa tem acertos estéticos dignos de aplausos, entretanto tudo é jogado em um contexto que causa estranheza e soa inconvincente por sua superficialidade que pouco faz justiça ao seu interessante personagem principal. Uma "casa da Mãe Joana" que precisa de uns rebocos. 8,5

Volcanion e a Maravilha Mecânica (2016):

Kalos encerra sua linha alternativa com um filme que se vale de engrenagens enferrujadas para reprisar impactos que não chocam mais. 6,0





*As imagens acima são propriedades de seu respectivo autor e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.

*Imagens retiradas de: http://pt-br.pokemon.wikia.com/wiki/Pok%C3%A9mon_o_Filme:_Genesect_e_a_Lenda_Revelada/Galeria
                                     http://garotoreview.blogspot.com.br/2015/08/pokemon-17diancie-e-o-casulo-de.html
                                     http://anmtv.xpg.uol.com.br/pokemon-o-filme-hoopa-e-o-duelo-lendario-estreia-no-cartoon-network/
                                     http://anmtv.xpg.uol.com.br/pokemon-o-filme-volcanion-e-a-maravilha-mecanica-estreia-no-cartoon-network/


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