Nem tudo é o que parece #45 (Especial: +18)

AVISO¹: AS HISTÓRIAS ABAIXO NÃO SÃO DESTINADAS E/OU RECOMENDADAS À MENORES DE IDADE OU PESSOAS SENSÍVEIS A ESSE TIPO DE LEITURA POR POSSUÍREM CONTEÚDO DE CUNHO PESADO/CHOCANTE. 

AVISO²: O CONTEÚDO NÃO NECESSARIAMENTE É SOBRENATURAL. AS HISTÓRIAS DESSE PORTE ABORDAM O QUÃO DOENTIA A MENTE HUMANA PODE SER. HUMANOS PODEM SER TÃO ASSUSTADORES QUANTO FANTASMAS OU DEMÔNIOS.  _

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Assim como mãe profundamente abalada, sou também testemunha ocular. Não sei por onde eu começo, mas se eu me estender demais posso me acabar no choro sem pausa. Foi horrível. Foi nojento. Fiquei... paralisada, não sentia o chão debaixo de mim, só... Tá, melhor começar logo a falar desse pesadelo horroroso, o merdificado dia do meu príncipe que jamais sairá da minha cabeça.

Era a festa de aniversário de 7 anos do meu filho e por dias cacei nos classificados algum anúncio de contratação de palhaços animadores, de preferência que fizessem dinâmicas educativas e divertidas para as crianças se distraírem. Tipo, um show de mágica, podia ser o mínimo. Marquei o que melhor se encaixou na demanda. Com antecedência de poucos dias, já estava tudo combinado, dia, horário e lugar. Só achei o sinal telefônico da assessoria dele meio precário, mas deu pra acertar tudo direitinho. A essa altura, a festa tinha tudo pra ser perfeita. O histórico do palhaço era pouco, uns 4 aniversários. Não liguei pra isso, confiei mais na habilidade dele em entreter a criançada, de acordo com o anúncio e a mulher de voz rouca no telefone.

No grande dia, ele entrou meio sério trazendo balões azuis na mão esquerda - combinava com o cabelo, ele era do tipo palhaço calvo. O contorno dos olhos pintados de preto, sorriso vermelho largo e o nariz parecia uma fruta grudada ou um tumor prestes a estourar. Ele propôs a brincadeira, finalmente encarnando o personagem:

- Quem está afim de uma sobremesa?

As crianças gritaram ao mesmo tempo: "eeeeeeuuuuuu!"

- Vou fazer sorvete de baunilha. Mas preciso de dois voluntários pra me acompanharem na cozinha. Esses dois só saberão do ingrediente secreto quando tomarem, só depois todos vão tomar. Eu vou escolher, deixa eu ver, ahn...

Daí começou a disputa pra ver quem ia acompanha-lo com vários dedos levantados. Os escolhidos a dedo foram meu filho e uma garota da mesma idade dele e que já foi nossa vizinha

Eu estava tão, mas tão despreocupada que depois que fui pôr as roupas no varal me dei conta que tinha quase esquecido dessa brincadeira. Fui verificar primeiro na cozinha. Do quintal ainda dava pra ouvir as crianças brincando enquanto esperavam o palhaço voltar.

Da cozinha ao quintal era uma distância bem curta. Só olhei pela brecha da porta e...

Aquele filho da puta desgraçado estava agachado na frente de um copo de plástico com o pênis pra fora e se ordenhando, se masturbando, com força até sair em jato, toda aquela merda despejada, as crianças iam cair fácil que aquilo era "leite"! Meu filho e a garota estavam nus, completamente despidos, virados de costas à ele na parede. Meu deus, eu trouxe um pedófilo psicopata pra minha casa! Pensei: "Que diabo de porra é essa?" A culpa só não foi maior do que a raiva que senti.

- Não podem olhar... Já tá quase pronto... - ele dizia, na maior sacanagem.

Só tive vontade de entrar e partir pra cima dele com tudo, nem que eu tivesse que fazê-lo beber daquilo, nem que eu tivesse que mata-lo a facadas, nem que eu fosse presa por homicídio... era meu filho sendo aproveitado, abusado e explorado para o bel prazer de um maníaco que fica de pau duro com corpos de crianças, droga! Crianças! Respirei fundo várias vezes, me contive, dei a volta até a entrada e corri para o telefone.

A polícia veio. A festa acabou.

As crianças não entenderam nada... e como se não bastasse, encontrei o copo da "sobremesa" vazio. 

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Tristemente largada pelo crápula que me fodeu há 9 meses como uma puta de uma noite só, estava eu, zanzando por uma rua deserta em plena manhã de inverno, segurando uma barriga enorme e suportando uma dor que me fazia querer arrancar de dentro e jogar fora, num bueiro ou num latão de lixo, porque já não importava mais... foi um acidente, eu nunca quis essa responsabilidade, não era pra isso acontecer, só não abortei por impedimento da minha família o que era algo previsível.

A dor era tanta que fez passar despercebido uma coisa. A dor era tanta que vários minutos dela ter acabado eu ainda a sentia pulsando aguda dentro de mim por ter sido afetada psicologicamente.

Meus pés dormentes não sentiam o asfalto cheio de poças d´'água. A camisola suja e encharcada ainda pingava sangue. A barriga reduziu de tamanho. E então olhei para trás... vi o cordão que se estendeu por metros, demorou pra que eu percebesse ser o cordão umbilical e não as minhas tripas.

Fui pegando-o de pouquinho em pouquinho, voltando de onde vim. Era... enorme. Como assim? Que caralho gigante era aquele?

No fim da trilha encontrei o meu bebê...

Na verdade, só uma cabeça cinza, com veias saltando, suja de sangue e sem olhos ligada ao cordão.

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Aos olhos da minha filha eu era um escultor profissional e criativo. Até hoje mal passa pela cabecinha dela o meu segredo. A alma do meu negócio, aliás. Nunca a deixei entrar no meu ateliê por privacidade. Como uma boa menina que é, compreende perfeitamente a importância disso. Eu sou um artista tímido e modesto demais pra querer expor meu trabalho até mesmo a um familiar.

Eis que um dia ela perguntou: "Papai, por que a escultura da mamãe fede tanto?".

E respondi: "É o material que uso para polir a estátua, é normal esse cheiro."

Mas, como criança nunca fica satisfeita, ela questionou: "E por que não está na sua sala? Agora o senhor faz no quarto?"

Tinha vezes que eu queria pôr uma fita adesiva na boca dessa piveta enxerida. Voltei para o quarto, cagando e andando para as perguntas constantes dela que como pai, infelizmente, tinha obrigação de responder, mas tenho meus limites. Foda-se ter que ficar perdendo tempo com criança chata.

Queria mais era continuar meu trabalho. Perdi a mulher que amava e queria fazer algo em homenagem à ela, pelo que a memória dela tanto significa pra mim. Mas nossa filha não precisava saber. Melhor dizendo: Ela não deve, em hipótese alguma! Deus me livre traumatizar essa pobre coitada inocente pra porra.

Tirei a coberta. Depois a roupa até ficar pelado. O corpo era perfeito. Que se foda o cheiro.

Quando ela era viva tinha um perfume melhor. Mas o que compensa o mau odor é a excitação que aquele corpo de beldade me trazia até o orgasmo mais entorpecente. E, claro, passear meus dedos no cortes diagonal que fiz no torso dela quando morreu. Tá sequinho e bem reto...

Agora percebo que essa não é a minha esposa. Mas e daí? É difícil reconhecer já nesse estágio.

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Encontrei dias desses um diário do meu avô que tem umas histórias impressionantes... eu diria que perturbadoras demais. Ele era um bom escritor. Parece um livro com contos macabros. O capítulo 2 foi de arrepiar até os cabelos do orifício anal. Se chama "O dilema de Chapeuzinho Vermelho".

Vou resumir pra vocês: Chapeuzinho Vermelho recebe um bilhete anônimo de um sequestrador que fez sua querida vovó de refém. Ela cruza a floresta cheia de perigos pela frente, sem saber se volta sã e salva. Ao chegar na casa da vovó, ela viu que tinha uma placa pendurada na porta que parecia um tipo de enigma: "Eu como ela... ou como ela?". Chapeuzinho Vermelho ficou confusa, lógico. Tinha mais palavras abaixo da pergunta: "Responda na linha. Se é a primeira, bata duas vezes. caso seja a segunda, bata três". A menina só colocou o número 1 e bateu na porta que estava trancada. Um velhinho abriu para ela depois de meia hora deixando Chapeuzinho Vermelho esperar. Surpresa, ela disse: Vovô! O senhor também foi sequestrado pelo lobo?". E o velho disse: "Eu sou o lobo". Chapeuzinho Vermelho, estarrecida, perguntou: "E a vovó?". O velho respondeu: "Comi ela".

Quando a garota entrou na casa ela se deparou com a avó ainda viva, mas nua e adormecida na cama. Ao se virar, flagrou o avô pegando uma faca enorme e afiada. Ela entendeu a partir dali.

Chapeuzinho disse: "Não disse que ia comê-la?"

Ele falou: "É o que vou fazer agora."

Chapeuzinho persistiu: "Mas não tinha transado com ela, seu velho babão?". O avô espantou-se ao ouvir aquilo da boca de uma doce criança. Ele disse: "Exato. Mas fazer aquilo me deixou com fome."

Vovô fechou a porta, se trancando no quarto. Chapeuzinho Vermelho ouviu sua avó acordar com um grito doloroso após o som de um chicote estralando na carne. E ouviu todo o resto do tormento que ela passou sendo fatiada como carne bovina. Vovô e vovó na verdade eram os pais da garotinha. A historinha clássica era só fachada.

Finalmente descobri porque a mamãe nunca me deixava ir visitar o vovô na cadeia.

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Preciso começar logo. Sou iniciante nessa tipo de trabalho que era um hobby pro meu velho que deixou esse dom no meu DNA.

Já tenho a serra elétrica e a máscara de proteção pra não sujar meu lindo rosto, falta só a coragem. Até tenho, mas... e se eu for denunciado? Talvez valha a pena arriscar nem que seja um pouquinho. Um pé-rapado que não tem onde cair morto como eu não tem nada a perder mesmo.

Fico na vontade só de imaginar a serra ligada no máximo, os dentes da lâmina chegando perto do corpo se debatendo desesperadamente, depois ela atravessando a carne esguichando sangue pra tudo quanto é lado, as tirinhas da pele saltando junto com todo o jorro sangrento... De preferência com uma garota novinha, tipo uns 18 ou 20 anos, mas antes ela teria um tempinho pra chupar a cabeça rosadinha do meu pau até se lambuzar toda. Se meu pai era craque no negócio, também posso ser, ora. Às vezes nem entendo porque tenho que fazer isso... Só preciso fazer, nada de pensar duas vezes.

Tô com uma novinha aqui no meu porta-malas amordaçada faz dois dias. Será que eu consigo?

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Estou digitando essa mensagem tremendo e como sou perfeccionista fico corrigindo cada frase que sai com erro de ortografia porque tô quase surtando aqui de medo.

Minhas amigas me recomendaram pra visitar o Cemitério dos Gatos Pretos. Agora não sei se ainda posso chama-las assim ou trata-las como tal. Não, né? Pois é... Uma casa abandonada, quase uma cripta pra gente morta, é o local onde vive uma senhora muito supersticiosa que sequestra gatinhos pretos pra estripa-los e colocar eles de ponta à cabeça com seus pescoços enrolados pelas tripas como se tivessem cometido suicídio.

Eu achei vários, vomitei, chorei... coitadinhos. Burra fui ter deixado cair o celular e a velha vadia ter pegado. A proteção de tela é uma foto minha e do Doug, meu gato... preto de estimação.

Ela veio até mim armada com uma faca e estou escondida, fugindo dela até agora, já que pra ela pessoas com gatos dessa cor devem acabar como eles pois estão "amaldiçoadas". 


FIM... por enquanto! 


*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagens retiradas de: https://acrediteounao.com/a-verdade-por-tras-dos-palhacos-assustadores/
                                     https://empreendedorismopratico.wordpress.com/2013/07/08/pode-entrar/
                                     http://museudameianoite.blogspot.com.br/2014/02/os-gatos-no-terror-parte-1-mitologia-e.html

                         

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