Nem tudo é o que parece #48 (Especial: Halloween #3)


CURTAS DO JACK - PARTE 3


Esta é uma história envolvendo crianças, mas muito por fora do velho e datado "gostosuras ou travessuras". Tem a ver com uma pregação de peça, em teoria, ingênua. Só uma brincadeirinha de mau gosto com pirralhos metidos a durões na cara do perigo.

Três de um grupo de quatro garotos resolveram escolher para a grande aposta de Dia das Bruxas aquele que invadiria a casa dita como mal-assombrada que pertencia a uma família de grã-finos no final do século XIX. Era daquele tipo com vários corredores, várias portas e janelas, entradas e saídas. Porém, todas elas lacradas por tábuas de madeira por uma razão desconhecida. A única forma de entrar é pela porta da frente, curiosamente destrancada. Se era assim, como aquilo não se tornou a morada de gatos vira-latas? A resposta oculta era um sinal.

O desafio da aposta nada mais era que passar uma noite inteira na casa, tomada pela escuridão - com alguns fachos de luz da lua saindo pelas frestinhas das tábuas. O garoto, o elo fraco da corrente, aceitou de peito aberto e viu ali uma oportunidade de provar que era digno de ser "amigo" de rapazes que com tão pouca idade se mostravam valentes - a coragem só não era maior do que o deboche.

E então passou-se a noite. O menino que propôs a aposta, sendo um ano mais velho que os demais do grupo, trancou a porta, fechando a única passagem fácil quando o desafiante quisesse desistir, não apenas para dificultar as coisas para o pobre membro do clube, mas por pura maldade. Deve ter passado pela sua cabeça que ele acharia uma saída, de um jeito ou de outro.

Os pais, preocupados com o sumiço repentino do filho, que não mandou nem ao menos um bilhete mentindo que ia dormir na casa de um amigo, chamaram a polícia e interrogaram um dos membros do clubinho do barulho que indicou o local em que o viu pela última vez. Entraram pela frente, atirando no cadeado.

Na busca, a polícia não achou o garoto em lugar nenhum da casa. 

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Um pai e seu filho passeavam de carro por uma estrada deserta em pleno início de madrugada.

Tudo silencioso até que o garoto avistou um homem rastejando feito uma barata esmagada no lado direto da estrada. Curioso e talvez sensibilizado, ele sugeriu:

- Para ali, olha, aquele mendigo, encosta pai!

- Estou com pressa, não temos tempo pra isso. - respondeu o pai, frio.

Quando passaram reto pelo pobre homem com roupas esfarrapadas, o garoto deixou de olhar pela janela do carro ao vislumbrar o rosto dele que percebeu estar sendo observado e que também foi rejeitado. Tremendo no corpo e na voz, ele concordou com o pai.

- É, tem razão, é perda de tempo total. Acelera mais um pouco, por favor. 

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A garota chamada Taylor prometeu trazer à festa temática da escola uma caixinha repleta de ovinhos de chocolate em um balde inspirado no meu rosto, quero dizer, na minha cabeça, ah dane-se, você entendeu. Ela só não contava que uma velha senhora da qual era vizinha estava magoada por Taylor ter lhe negado parte dos doces que ela gostaria de entregar na noite do dia 31. A família de Taylor e a velha moravam na vizinhança há anos e o compartilhamento se fez tradição. Taylor ficou ao encargo de dividir com ela a partir dos 7 anos.

Mas aos 10 as coisas se tornaram diferentes com a comercialização do ovo de chocolate que era um sonho de consumo entre a pirralhada e Taylor economizou para conseguir o máximo para surpreender e satisfazer os colegas - leia-se fazer inveja e se sentir especial para ficar popular. Quando os pais a lembraram da tradição, ela escondeu sua real intenção e mentiu. Deixando a senhora na mão, Taylor saiu alegremente priorizando somente o seu bem estar.

Ela ficou até sem entender porque tinha gente, meninos e meninas, vomitando sangue. Arrasada e chorando muito, Taylor se afastou e se sentou numa calçada. Tinha um ovinho restando no balde.

Ela o quebrou ao meio e dele saiu um inseto desconhecido semelhante a um besouro preto cascudo.

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Com quase 7 anos de idade, o pequeno Robert já curtia o Dia das Bruxas. Na noite em questão, ele pegou alguns doces da caixa. A mãe, intrigada, perguntou:

- Pra onde vai você levar isso aí? Nem pensar que vai comer tudo sozinho.

- Vou levar pro meu amigo. - disse Robert, inocentemente.

- Que amigo?

- Que eu conheço.

- Eu sei, quero saber onde ele está. Sabe onde ele mora?

- Não sei se é a casa dele mesmo...

A mãe já estava quase para cair na risada sem cair na conversa do filho.

- Tá e onde você o encontra?

- No meu armário.

- No armário? Isso não faz sentido. Só tem suas roupas lá, querido.

- Então como a mão dele sai toda vez que eu bato na porta?


FIM... por enquanto!




*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://monologointerativo.blogspot.com.br/2013/10/preludio-halloween-jack-o-lanter.html


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