Nem tudo é o que parece #54

OBS: Para este retorno da série (que eu nunca imaginei que um dia pudesse ter coragem de realizar), a partir desta edição as histórias virão intituladas (algo que eu devia ter feito desde o início, né?). Será que perdi a mão nesses pouco mais de dois anos de hiato ou me mantive? Seria bom (não, seria ótimo) os gasparzinhos de plantão se manifestarem, nunca é demais. Boa leitura (e bons pesadelos)!

Será pegadinha?

Era aniversário da minha irmãzinha querida e resolvi dar uma passadinha na casa dela bem cedo da manhã pra felicita-la de um jeito bem especial que ela merece. Esperta com era, já deduzia que alguém da família estivesse planejando uma visita com bolo e velinhas. Entrei no quarto dela e parecia ainda estar deitada, porém notei algo diferente... Imaginei que ela estivesse tentando me pregar uma peça. 

Como não caio facilmente no truque manjado das almofadas na cama pra induzir a acreditar que tem alguém ali dormindo, olhei logo debaixo da cama e... lá estava ela. Mas com uma expressão de pavor e tapando a boca. Antes que eu perguntasse algo, ela me fez um sinal.

Ela apontou para cima como se me alertasse sobre quem estava deitado na cama...

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Dano incalculável

Fomos eu e meu marido explorar uma mansão que servia como espaço para eventos. Estávamos interessados em aluga-la para dar uma festa, mas devido a extensão e a estrutura, o prazo para fazer a limpeza geral e o dia da festa estava muito apertado, daí acabamos desistindo. 

Acidentalmente derrubei um vaso caríssimo e tive que desembolsar mais do que eu recebia por mês pra arcar com o prejuízo. 

A única coisa que sabia daquela casa era que já havia sido ocupada por uma antiga família aristocrática. 

No dia seguinte, me deparei com algo que me arrepia sempre que lembro:

Todos os vasos decorativos da nossa casa estavam em pedaços no chão. 

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Passageira impaciente

Vou contar do fato bizarro ocorrido na minha época de motorista de aplicativo, o qual me fez largar a profissão, até porque era pra ser temporário mesmo. Foi a primeira corrida aceita no dia. Uma jovem meio desarrumada, parecia ter vindo de uma farra daquelas. Entrou no carro desesperadamente, querendo chegar ao seu destino mais do que qualquer coisa. 

Enquanto ela me guiava pedia pra acelerar e eu só na minha, indo o mais rápido que eu podia, afinal não tava afim de levar uma multa. Houve um ponto que falei pra ela ter calma, que a rua já estava bem próxima. Enfim, chegamos. Ela me pagou as 20 pilas muito grata. Olhei pra minha esquerda e fiz uma pergunta inconveniente... mais pra mim do que pra ela. Paramos num local onde acontecia um velório bem lotado. 

— Quem morreu? 

Daí, pouco antes de sair do carro, ela respondeu:

— Acredite ou não... Fui eu. 

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O date frustrado

Não acredito que a mina que conheci no site de encontros me deu o maior bolo. Que coisa estranha, a gente tinha marcado, tudo acertado pra gente viver uma noite inesquecível, finalmente nos conhecermos após meses se falando por um ecrã de computador... 

E agora? Gastei a toa pra um vidrinho de clorofórmio e fita adesiva.

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Apenas uma falha técnica...

Peguei o elevador às pressas nesse dia, pelo menos tendo a sorte de estar sozinho. Sorte essa que não durou a descida inteira. Do nada uma pane no sistema de luz, seguida de um tremor, me deixou ser engolido por aquela escuridão sufocante. 

Naquele momento, tive a impressão de não estar sozinho. Só fui ter certeza absoluta ao sentir um hálito gelado soprando na minha nuca.

FIM... por enquanto!

*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: [1] [2] [3]