Crítica - Duro de Matar 5: Um bom dia para morrer
FICHA TÉCNICA
Direção: John Moore
Roteiro: Skip Woods
Produção: Alex Young e Wyck Godfrey
Gênero: Ação, suspense.
Elenco: Bruce Willis, Jai Courtney, Cole Hauser.
Distribuição: 20th Century Fox
Estive vendo pela primeira vez, muito recentemente, os dois primeiros filmes desta franquia, e tenho que admitir que são obras cinematográficas de digno respeito no que concerne todo o gênero de filmes de ação policial. Os 2 filmes seguintes também foram bons, mas 4.0 foi deveras mais empolgante, não só pelas cenas de ação que teimam em tentar impressionar o espectador pela surrealidade exagerada característica de filmes do gênero, mas também pelo enredo, com uma trama de tensão convincente. O mesmo não posso dizer deste quinto capítulo, infelizmente. Podia se aproveitar tudo o que seria criativo e benéfico para se criar um filme que pelo menos se desse ao trabalho de encerrar com chave de ouro a franquia, mas optaram em seguir um rumo completamente contrário ao que se esperava. Não conheço este diretor, nem mesmo sequer tenho conhecimento de sua filmografia, mas o ponto mais incômodo deste longa foi exatamente o estilo apressado da direção, dando a impressão de que há uma certa pressa em se terminar de contar a história, que já não é lá aquelas coisas. Sendo assim, 1 hora e meia de filme não foi suficientemente bom para mostrar todos os desenvolvimentos necessários para a trama, principalmente no relacionamento de John e seu filho Jack (uma forçada inserção para dar sentido ao enredo).
As falhas mais gritantes estão direcionadas a um único alvo: a fraqueza do enredo. John McClane já não é mais o mesmo agente policial de outrora, tendo que se unir ao filho para pegar criminosos russos. O cansaço do personagem é nítido, já pela idade de Bruce Willis, que aparenta se sentir cansado de interpreta-lo.
Tudo funciona como se o próprio protagonista é que fosse o encarregado de segurar o enredo nas costas, sem falar nos péssimos diálogos entre os dois, enfadonhos e sem graça. Salvam-se apenas como acertos as cenas de ação, muito bem elaboradas, a impactante perseguição na estrada é uma das cenas mais divertidas, com o toque extraordinário dos filmes anteriores, porém, não tão perceptível assim, apesar de ser um clichê bem chatinho em filmes de ação (A Ilha e Transformers provam isso).
Tanto de longe como de perto, o filme tem um tom de um pseudo-filme de ação com história emocionante, falhando miseravelmente nesse ponto. Não sei o que será dessa franquia daqui pra frente, mas este filme conseguiu obscurecer o futuro desta. Sem nenhuma sombra de dúvida, Um Bom Dia Para Morrer é o pior filme da franquia até agora.
O que ficou legal: Cena de perseguição na estrada.
O que não ficou legal: Enredo pobre e não-envolvente; Jack; Fraco desenvolvimento de personagens; McClane desgastado.
NOTA: 3,0 - RUIM
Veria de novo? Jamais.
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