Crítica - Digimon Universe: Appli Monsters


Definitivamente, não recomendado para saudosistas.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. 

Pra começar, afirmo que minha história com os monstrinhos digitais é repleta das idas e vindas, diria que um dos poucos animes do gênero shounen com o qual tenho esse tipo de relacionamento, este que já dura 17 anos desde que aquela maravilhosa abertura cantada por Angélica pintou nas telinhas. Digimon é uma série que reinventou a si mesma ao longo de suas temporadas sempre procurando expandir horizontes e promovendo evolução aos aspectos mais relevantes na construção desse universo. A mais recente fase não fez muito barulho por aqui (e mesmo se exibida por algum canal pago - Cartoon Network, talvez - acreditaria que não seria um mega-sucesso como Dragon Ball Super conseguiu ser quando a notícia sobre os episódios dublados movimentou bastante a internet), mas ela traz consigo uma proposta diferente para a franquia como um todo apresentando um background futurístico que se entrelaça muito com a realidade tecnológica vivida na atualidade (smartphones, internet, aplicativos, inteligência artificial, era da informação etc).

Antes de iniciar (e dizer qual o formato que escolhi pra essa review), quero registrar aqui um pequeno descontentamento em relação aos fãs que se dizem "nostálgicos" e que se mostram incapazes de encarar novidades como se independentemente da boa qualidade o fato de existir uma nova série de tal anime já mancha o que ele deixou lá atrás no passado. Eu sei, tem aquela frasezinha clichê "Quem vive de passado é museu" e usar isso como argumento para convencer esses fãs não é suficiente, pois é capaz de interpretarem como imposição. Ah, nem vem, eu curto o bom o velho Digimon raiz, então não vem enfiar essa porcaria nutella goela abaixo!"  É dessa forma que eu vejo o posicionamento desse pessoal frente à nova turma de "digiescolhidos". Dou um conselho bem generoso: É preciso pôr em mente que uma obra de ficção com múltiplas ideias e possibilidades a arriscar não pode simplesmente ficar estagnada a uma determinada geração. Não gostar, tudo bem, disso todos tem direito. Mas achar ruim somente partindo da equivocada visão de que tal coisa nova dessa obra é uma afronta herética a tudo que foi construído antes, aí a coisa muda de figura e vou dizer... é um pensamento muito idiota. Por exemplo, eu não assisto Dragon Ball Super apenas por ser Dragon Ball ou movido por nostalgia, mas também pelos bons pontos que EU acho valerem a pena. Isso não necessariamente significa que engulo e aceito qualquer situação descabida e tento fingir que não vi com medo de pegar mal - eu opino sobre os prós e contras sem medo, quem quiser refutar, que venha, contanto que seja construtivo.

Portanto, é assim com Digimon nesse meu tratamento. Eu pulei o Xros Wars (Fusion aqui no Brasil), é verdade. Porém nesse caso foi mero desinteresse, o plot não me atraiu e não sei como gerou mais uma leva de episódios com outro protagonista. Em Appmon (podemos chamar assim, nada errado) me ocorreu diferente. Não tive como ignorar uma trama mesclando os perigos de uma Inteligência Artificial com os conceitos aprimorados de Digimon. E posso dizer que os dois meses e duas semanas que passei assistindo, de segunda à sexta, aos 52 episódios não me deixaram arrependimentos. O saudosismo cega sua mente para novas abordagens. Então o conselho final é: Esqueça, pelo menos por um tempo, tudo o que você consumiu das temporadas passadas (até do Adventure), pois Appmon é uma série a ser analisada isoladamente, isso serve para facilitar um julgamento mais sensato para quem pega ranço muito fácil contra qualquer conteúdo atual voltado à uma nova geração de fãs.

Agora sim finalmente a review. O formato a seguir já foi explicado anteriormente, mas vou ser bonzinho pra quem pode estar conhecendo agora: Uma review por tópicos, podendo ser eles prós e contras e vou comentando sobre os principais pontos e considerações e intercalando até chegar no meu veredito e a nota. Confira abaixo minha sincera opinião a respeito dessa potencial história:

A trama geral 👍

Sim, o plot envolvendo a ameaça de uma I.A acabou por ter um dos desenvolvimentos mais funcionais acima dos sub-plots que ora ganhavam atenção devida ora eram procrastinados com resoluções que não se sabia quando e nem como chegariam. O que não acontece com Leviathan, cujo "avatar" ou personificação remete à uma serpente enorme e como é um nome familiarmente reconhecido na Bíblia não é algo ser estanhado levando em conta que Digimon sempre se baseou em referências bíblicas para ajudar na composição de alguns personagens, especialmente vilões. Temos como exemplo claro Lucemon, o grande antagonista da quarta temporada. Uma caminhada progressiva com pequenos objetivos, iniciando com a coleta dos Seven Code para acessar a Deep Web e entrar, por fim, na última camada virtual, a Dark Web, lar da grande ameaça que a turma enfrenta. É um background consistente e todas as explicações que destrincham a natureza do Leviathan ocorrem nas horas certas, como a sua origem (ele é a parte maligna que originou-se de uma outra I.A, chamada Minerva e foi o responsável por macular com a vida de seu criador, o levando a digitalizar sua consciência) e o seu mega-plano que me inevitavelmente me fez lembrar da série Black Mirror que aborda os efeitos impactantes dos avanços tecnológicos reverberando na sociedade. Enfim, os elementos da temporada, com as pessoas escravas da tecnologia, dependendo dos inúmeros aplicativos para praticamente tudo no cotidiano, evoca essa lembrança que te faz pensar "isso é tão Black Mirror". Tudo se passa em 2045, mas o reflexo proposto é absurdamente atual.

Haru Shinkai 👎



Até então eu achava o Takato (de Tamers) o personagem principal mais abaixo da média da franquia por ser um garoto muito, mas muuuito lesado, possuía uma desenvoltura meio fraca para liderança (a Ruki dava um banho nele em tal quesito), mas a diferença entre ele e o Haru é que pelo menos Takato conseguia imprimir confiança no seu papel tendo conflitos emocionais bem trabalhados (foi mal pela comparação, não achei maneira melhor de começar). O Haru simplesmente pode ser comparável a um copo descartável vazio da pior marca que existir. Ou seja, ele é vazio. De uma personalidade rasa que dá um pouco de tristeza pelo fato de ser algo incomum visto num protagonista que nem serve para carregar tudo nas costas quando o bicho pega, sempre com aquela expressão meiguinha de garoto certinho demais. O appli drive de todos sempre manda uma pergunta a ser respondida com Sim ou Não para que sejam oficializados e reconhecidos como Appli Drivers. A pergunta de Haru foi: "Você é o protagonista?" Infelizmente, o rapaz de cabelo verde com esses óculos inúteis (aqui definitivamente inúteis!) não convenceu, ficou falando umas obviedades, todos os outros tinha algum talento ou sonho/objetivo e ele só minguava no "quero acabar com o Leviathan e salvar o mundo" que é uma causa nobre, mas o engajamento não inclui somente ele e estou me referindo a propósitos pessoais e o único de que me lembro dele ter citado foi ler mais livros. Fora isso, temos uma ingenuidade irritante pra cacete lá pelos episódios finais quando o "Best Friend Forever-Ever-Ever-Ever" dele, o Yuujin, mostra sua real faceta como um Cavalo de Troia a serviço do Leviathan e começa um dramalhão consistindo em Haru num estado de completa negação diante de uma coisa que tá bem ali na frente dele e bem evidenciada, mas não... ele segue acreditando que o amigo que nunca existiu ainda tem salvação. Pelo menos, nessa altura ele mantém a prioridade de salvar a humanidade de ser convertida em dados. Entretanto, Haru está à anos-luz de distância para se tornar um protagonista firme e seguro. Que ele seja protagonista da própria vida, mas não de uma improvável sequência de Universe.

Eri Karan 👍


"Vou te dar um soco explosivo!"
Se teve uma personagem feminina de respeito que fez diferença no time, esta atende pelo nome acima. O anime também aborda outros aspectos da atualidade e Eri representa o cada vez mais famigerado mundo das idols japonesas (embora eu acredite que as coreanas tenham maior destaque pela popularização estrondosa do k-pop recentemente aqui no Brasil), executando um papel de grande importância na trindade principal, sendo assim a única mente feminina a fazer valer a experiência de assisti-los combater ao Leviatã. Ganhou alguns episódios focados nela, explorando o seu drama pessoal sobre fazer as pessoas sorrirem ao tornar-se idol, o que levou-a a música, basicamente um exercício de autoafirmação que joga sobre ela um duro processo que consiste em vencer as cobranças de si mesma e que volta e meia aparecem. Eri simboliza a real força de vontade do grupo, além de ser divertida, espontânea e um pouco engraçada às vezes com seu jargão. O "centro do universo" da Appliyama 470 (nome do grupo idol) contém uma integrante forte.

Torajiro "Asutora" Asuka (ou simplesmente Astra) 👎



Os episódios 7 e 8 foram dedicados ao terceiro Appli Driver a ser apresentado que é esse sujeitinho aí que conseguiu me tirar do sério. Sendo direto: Não é um personagem gostável, de jeito nenhum, por mais que amenize essa sua "meninice" infantiloide em episódios posteriores até o final. A pior parte é o jargão que é repetido por ele umas mil vezes num só episódio, transformando no personagem mais pé no saco da franquia. É um negócio chatérrimo que varia entre"Será que rola? Não rola? Com certeza rola!" e "Tá sentindo? Ou não? Tô sentindo totalmente!". Irritantemente repetitivo. E como se não bastasse o jeitão meio efusivo, o garoto é um apptuber que produz um conteúdo do mesmo nível dos irmãos Neto, só que em vez de banheira de Nutella é uma coisa verde lá... acho que era slime. O personagem pode até ser perdoado pela sua sinergia com o parceiro appmon, o bacana Musimon, ambos formam a dupla, na minha opinião, mais intensamente próxima aliado à uma dramaticidade por trás envolvendo a descoberta do appli drive. A parte dramática sobressaindo à essa gira em torno do próprio Astra que está dividido entre seguir a tradição da família na Cerimônia do Chá ou viver como apptuber. Gradualmente o arco de Astra vai ganhando pouco mais de substância, porém não o bastante para fazê-lo escapar de uma avaliação negativa pois desenvolvimento razoável não salva nenhum personagem com postura que causa reviradas de olhos constantes.

Rei e sua busca para resgatar o irmão 👍


Tomando de boas sua gelatina (será mesmo que é?)
Já o arco do típico personagem shounen com pose blasé que faz contrapontos com o protagonista gerando rivalidades propõe uma ligação e aproximação com o plot geral. Rei é o quarto appli driver a surgir e logo de primeira tomamos noção de sua aura vilanesca e precisamente no episódio 10 ele revela suas intenções, roubando os appmons-chips do trio. Em síntese, Rei Katsura não é somente um hacker de responsa, mas também uma figura perturbada pelo desaparecimento do irmão e deseja a todo custo recupera-lo e destruir a Leviathan, o chefe da I.A por trás disso. Bastou essa revelação para que os personagens, especialmente Haru, se sensibilizassem pelo caso do rapaz que sucumbiu ao "lado negro" sem nenhuma escolha palpável pela frente que o fizesse seguir outro caminho. Hajime é o irmão de Rei que mais tarde revela-se como uma criança superdotada e pela qual o Leviathan se interessou para que fosse útil aos seus intentos (à essa altura os nós vão desatando com segurança e a trama ganhando mais corpo em direção ao clímax). Todo o arco dramático de Rei foi sem dúvidas o que melhor teve a oferecer nos seus desdobramentos e que de forma bem arranjada teve sucesso em desenvolver cada parte dessa difícil missão de resgate que não pude contar quantas vezes ia sendo adiada/empurrada pelo enredo e naturalmente que um sub-plot coladinho com o do Leviathan não teria uma resolução mastigadinha e fácil só para economia de tempo, acho que ficaria um tanto anti-climático, então foi bem sacado deixar tudo para a reta final (lá pelo episódio 42 e 43). Como ponto acertado à parte, Rei, mesmo com sua personalidade apática e sisuda, se vinculou de maneira tranquila aos três Appli Drivers principais, ganhando a confiança e estabelecendo uma boa relação, ele veio para somar até o fim após subtrair num curto início nada amigável (fora que ele tem o parceiro appmon mais foda com as evoluções mais badass do grupo, o Hackmon - e com bastante hack mesmo, mas nesse ponto ele só perde para o Offmon, o appmon do YuujinzzZZzz).

Situações comicamente absurdas 👎

Os primeiros 20 episódios são bem carregados de aparições de appmons infectados pelo vírus L (Leviathan), alguns são inteiramente focados nesses casos em que as pessoas são as maiores vítimas desses appmons que afetam o cotidiano da sociedade dependente dos smartphones, mídias digitais e tecnologias correlatas, provocando confusões do barulho e levando todos ao desespero. Só que existe um limite aceitável na hora de explorar um conceito atual e vigente na época que estamos e a temporada fez questão de ultrapassar, passar o rolo-compressor nesse limite. Dane-se a verossimilhança, é um anime shounen afinal de contas. Tudo bem, compromisso com a realidade não é algo que se espera de uma animação voltada ao público infanto-juvenil. Porém, a coisa muda de figura quando extrapolam e tudo fica com aquele clima que oscila entre o bizarro e o cômico e você não sabe se ri ou se chora ou os dois. Não é porque seja totalmente engraçado. É mais constrangedor do que engraçado, na verdade. Exemplo: No episódio 20, focado no Astra, temos o Medicmon, o appmon do aplicativo médico (o nome nem diz nada), e o mesmo começa a mexer no sistema que desencadeia problemas nos hospitais e em dado momento ele modifica as luzes de uma sala de cirurgia, fazendo-as ficarem multicoloridas como numa boate e em pleno procedimento os caras começam a dançar como numa festa de disco-music. Inclusive, eu não posso deixar de citar um personagem que está sempre em destaque, é um figurante que vez ou outra interage com o trio principal, e sempre é importunado pelos appmons infectados gritando frustrado "Não!" e nessa situação que apontei não foi diferente e o estranho que um dos médicos era ele, fica parado olhando a merda e revela-se gritando a sua característica palavra com uma pose de dança. É um dos momentos mais... ilógicos e controversos, me faltam palavras. Me fez rir, mas de desgosto. Será que o anime quer elucidar que a sociedade de 2045 é tão idiotizada a ponto de devotarem-se aos aplicativos numa obediência que beira ao ridículo? Se houver um planeta Terra ainda nesse ano eu duvido que as pessoas ajam dessa maneira diante dos avanços tecnológicos, simplesmente impossível. Ver como tudo ficou exagerado meio que desconta alguns pontos da exploração do quanto a tecnologia "escraviza" a sociedade contemporânea. Tenta ser cômico, mas acaba sendo bizarro... muito bizarro. Bônus desse episódio: Astra trocando de roupa (do pijama para as vestes comuns do dia) numa velocidade de fazer inveja até o Flash, o que foi bem... toon force (pelo menos isso foi engraçado).

Appmons e seus upgrades 👍



O sistema de evoluções recicla o conceito da temporada anterior que são digimons fundidos para chegar a um novo nível superior de poder. Várias combinações podem ser realizadas entre os appmons através da famosa AppFusão. Pouco antes disso, temos os appmons-chips que por meio do Appli Drive podem assumir uma forma real mas apenas hologramática pois para o appmon tornar-se físico é necessário fazer o Appli Arise. Com as fusões, ocorre o AppLink onde dois appmons conectam seus cabos. Os níveis de evolução são praticamente os mesmo, mas com algumas adições e uma diferença que me encucou a partir do momento que o Gatchmon transforma-se em Globemon (melhor design!) e é em relação à AppFusão Extrema que é acima da Super AppFusão (que seria o nível Adulto). Na minha visão particular enxergo tal nível como sendo o equivalente a uma evolução na fase Perfeita. Em outras palavras, o que é o nível Perfeito nas demais temporadas é o Extremo em Universe. Mas a questão torna-se irrelevante quando se deve manter a análise isolada dessa temporada e isenta-la de comparações mais profundas com as anteriores. Ainda assim, mantenho minha perspectiva bem achista mesmo quanto as diferenças dos níveis (o nível God, por sinal, seria o real Extremo mas enfim...). Tirando todo o relativamente demorado processo toda vez que um appmon faz Appli Arise ou AppLink, tudo é desenvolvido com equilíbrio e os crescimentos surgem nos momentos certos quando os personagens ficam naquele beco sem saída (equilibrado com exceção da rapidez com a qual o Rei graças ao Hajime disponibilizou super-facilmente a AppFusão Divina).

Yuujin 👎


Esse rapaz nunca me enganou.
A temporada parece fazer questão de esclarecer ao público o que para os personagens sempre fica misterioso até quando eles descobrem tarde demais. Yuujin é uma obviedade ambulante que o roteiro enfiou para que o protagonista fizesse papel de trouxa por 80% do anime (pois Haru é o menos analítico do grupo e por isso é feito de fantoche facinho facinho). O final do primeiro episódio já sugere uma atmosfera de antagonista voltada a Yuujin (aquele brilhinho vermelho no olho já deixava claro se tratar de um androide/ciborgue que está ali só para ferrar com o Haru e com todo o resto!) que está tremendamente distante de ser um personagem que mexa com sua empatia. Sim, o desenvolvimento do Yuujin não coopera de forma alguma, em nenhum episódio, para que nos importemos com sua existência ao longo do anime. E quando digo isso, digo... até o fim, até a sua insossa "morte". O único que suspeitou de fato foi Rei que é realmente competente em ser o mais completo oposto do Haru que irritantemente ficou num mimimi de negação nos episódios finais querendo salvar a vida de um amigo que era apenas uma ilusão e fez disso o seu objetivo nº 2 porque o mundo inteiro corria perigo e seria muita escrotice vinda de um protagonista resvalar isso a segundo plano. Mais cômico que trágico foi o roteiro tentando imprimir uma dramaticidade na hora que o Leviathan está desaparecendo coisa que acarretaria na morte do ciborgue que, milagrosamente, neste momento desperta um "alter-ego" bonzinho que no caso seria o Yuujin que Haru acreditou ter conhecido na infância (que na época era uma versão-criança do robô e existe um modelo para cada fase de crescimento que a mãe dele, uma cientista servindo ao Leviathan, liberava). Nesta hora começa uma choradeira que não comove em nada justamente por ser o Yuujin, um personagem cuja relação com o protagonista não funcionou e não funcionou sozinho. E ficaram duas dúvidas: 1) Se era uma amizade tão estável e próxima, por que aparentemente Haru nunca visitou Yuujin na sua casa ou vice-versa? Amigos que são amigos fazem visitas um ao outro, certo? Não é regra geral, mas é o mínimo esperado considerando o entrosamento. 2) Por que diabos ele retorna sereno e bonzinho como antes fingia ser logo ao final do anime? Será a Minerva? Que permaneça em aberto...

Gatchmon 👍



De todos os appmons apresentados durante todo o anime, sem dúvida alguma Gatchmon conseguiu tornar-se o mais carismático e bem trabalhado, principalmente no seu vínculo com Haru. Sendo um appmon tão útil, ele não merece um parceiro Appli Driver tão ingênuo e vazio. O desaparecimento dele logo ao ser vencido por Charismon, o líder dos 4 Reis Celestiais (que por sinal duraram menos que doce na mão de criança), é realmente o que melhor tem a oferecer em termos de emoção. E como bom momento favorito eu cito a sua evolução para Globemon (fusão com Timemon) com toda aquela apresentação meio caricata mas com design simplesmente cativante (como o personagem é no geral).

Efeitos 3D 👎

Talvez não fosse uma boa ideia inserir aparência computadorizada nos appmons evoluídos e somente neles pois o fator negativo se descarrega mais nitidamente nas cenas de ação que volta e meia trazem uns confrontos que prendem a atenção, porém carecem de uma fluidez melhorada por conta do 3D. Portanto, ainda acho bem preferível que tivessem mantido o 2D nas evoluções. Compreendo a intenção de fazer diferente, sair da mesmice e tudo mais, só que as coisas ganham uma vibe meio "Transformers" e com isso me refiro à franquia cinematográfica onde muitas das batalhas, com o reforço do incômodo causado pela câmera trêmula, dificultam o entendimento de quem está socando ou dos próprios movimentos dos personagens no duelo. Digimon nunca foi um primor nas cenas de luta, mas a manutenção do 2D se fez tão ausente quanto necessária aqui para beneficiar a maneira como se vê os embates que pelo menos se mostram mais ágeis o que não se resolve ao todo.

Considerações finais: 

Digimon Universe: Appli Monsters é sim desaconselhável a fãs agarrados no saudosismo e que apresenta todo um plot geral convincente na sua execução, o que já é um grande mérito, principalmente ao acerto na proposta geral apesar dos exageros. A temporada com toque sci-fi mais chamativo da história da franquia e por esse motivo ela é digna de uma conferida indiscriminada mesmo tendo equívocos pontuais.

PS1: Quem sofreu de verdade com a revelação do Yuujin foi o coitado do Offmon, o tímido e ao mesmo tempo "overpower" appmon do melhor amigo de Haru que da forma Standard partiu direto pro Extremo (através do Appli Drive Duo, sendo ele o primeiro a aparecer na série com esta versão aprimorada do aparelho).

PS2: Shutmon é a forma Extrema de Offmon e num acesso de descontrole ele quase matou Yuujin. Isto foi no Campo AR (a primeira camada do mundo digital) quando ele taca uma mordida no ombro do parceiro, numa tentativa de acalma-lo. Como qualquer matéria é convertida em dados ao passar para o plano digital, a morte é possível caso você seja deletado. Então sim, aquela mordida doeu e é a cena mais "violenta" do anime.

PS3: O encerramento focado na Eri é disparado melhor que os outros 3.

PS4: E o que dizer do vilão humano Knight Unryiuji (vulgo Cloud)? Apenas um peão removido do tabuleiro depois de ficar se achando o bam-bam-bam do pedaço com aquele discurso mega-raso sobre o futuro próspero à humanidade prometido pelo chefão da I.A. Ele é CEO da L-Corp, a empresa cujo logotipo nenhum dos personagens principais associaram ao Leviathan...

PS5: Claro que eu não ia esquecer (mentira, eu quase deixei passar) do "crossover" com Digimon Adventure. Agumon foi introduzido como personagem de um jogo antigo e é chamado de Digimon. Pena que os outros Appli Drivers meio que esnobaram ele e só Haru e Gatchmon participaram da aventura desconectada da trama principal. Tocou Butterfly na hora da digievolução pra WarGreymon que fez parceria com Globemon na batalha... Pura emoção!

PS6: Era preciso achar um orelhão para contactar a Minerva se quisessem recuperar os appmons (após o fracasso na batalha contra os Celestiais). Haru não sabia o que era um orelhão. Fiquei tipo... O quê? Como assim não sabe? Não adquiriu conhecimento de coisas mais antigas? Tá, essa eu até relevo...

PS7: Meus favoritos - Forma Standard: Gatchmon. Super AppFusão: Dosukomon. AppFusão Extrema: Globemon. AppFusão Divina: Bem difícil, muito embora tenha uma grande predominância de dourado nos quatro, mas... fico com Gaiamon, mesmo gostando do resultado de todos.

Olha os deuses mano!!! 

NOTA: 8,0 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*As imagens acima são propriedades de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagens retiradas de: http://anmtv.xpg.com.br/digimon-universe-appli-monsters-ganha-novo-em-abril/
                                     http://anmtv.xpg.com.br/digimon-universe-appli-monsters-novidades-sobre-o-novo-arco/
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