Crítica - Dragon Ball Heroes (Episódio 3)

AVISO:  A crítica abaixo contém SPOILERS. 

Os fãs tiveram de exercitar um pouco a grande virtude que é a paciência para esperar mais de um mês por um novo episódio da série promocional. Ainda assim é melhor do que aguardar sair um capítulo novo do mangá de Dragon Ball Super (isso é assunto para uma futura e não tão provável postagem). Continuando a luta árdua contra o saiyajin maligno Cumber, os heróis permanecem em maus lençóis mesmo com Goku e Vegeta fundindo-se com os brincos Potara. Como grande gancho no final do episódio anterior, tivemos a aparição de Vegetto, muito mais destemido em sua performance do que normalmente se via na série canônica. O Vegetto de Heroes em nada exala o ar brincalhão conhecido.

Se eu acho isso é um problema? Nada disso. É até reconfortante por duas coisas: 1) As fusões costumam serem muito confiantes e perderem tempo com enrolações e neste caso, contudo, a coisa é bem séria na visão desse Vegetto que precisou recorrer ao Kaioken mesclado ao Super Saiyajin Blue. 2) Como o Heroes não tem nenhum compromisso com a lógica do cânone, o tempo da fusão reduzido por conta da transformação divina é insignificante, por isso Vegetto se manteve por mais tempo que sua contraparte lá na saga Black quando lutou contra Merged Zamasu. Cumber é realmente uma máquina de luta com um ki imparável, o cara não sofreu um único dano severo até agora, nem mesmo de Vegetto (mas isso é compreensível visto que Cumber foi inserido como oponente para se enquadrar no nível "overpower" e ser o típico desafio aos personagens para que cresçam ainda mais). No início do episódio Cumber estava agarrando Trunks pelo pescoço. Novamente tocando na questão: Vegeta se aproximou dele e não foi contaminado por seu ki e pelo visto Trunks nem sequer experimentou uma porção desse poder. Por que só Goku? Tudo bem, vou encarar como um mero roteirismo, afinal de contas... é o Goku. Nos bastidores, Fu parecia estar tendo orgasmos com o combate entre Cumber e Vegetto se empolgando com foco num medidor de energia. Ele estaria coletando energia com os golpes da luta (saga Boo feelings)?

Eu posso ter esquecido de algum ponto do arco Planeta Prisão e por essa razão ter me intrigado com Fu animadíssimo com o medidor de energia ter alcançado o limite logo após a transformação de Cumber em Oozaru. É, acho que deixei algo passar. Enfim, prosseguindo: Com sua transformação Oozaru, através de uma lua artificial que Vegeta no passado conseguiu criar, Cumber detém uma larga vantagem sobre a fusão mais forte (ou costumava ser). Um ponto engraçado é o saiyajin visualizar o brilho da lua e instantaneamente se transformar em Oozaru Super Saiyajin, como se tivesse desbloqueado as duas formas e as mesclado em uma só, tudo num piscar de olhos. Tem certas coisas que não dará para relevar no Heroes apenas pela ausência de lógica (a inteligência dos espectadores agradece se não forçarem a barra). Cumber Oozaru Super Saiyajin dispara uma enorme bola de energia sobre Vegetto cujo Final Kamehameha não deu conta e a fusão foi desfeita. Além disso, a potência dos golpes afetava as correntes do Planeta Prisão e se tudo seguir num quebra-quebra maior é capaz daquele cenário se despedaçar todo. Será que teremos Vegenks em breve?

Outra dúvida: Onde se meteu o Goku Xeno? Espero que tenha saído de cena para uma coisa igualmente importante como a batalha contra Cumber. Ele foi apenas um artigo de luxo no primeiro episódio para os fãs (alguns possíveis defensores do GT) matarem a saudade do superestimado Super Saiyajin 4. Ao que indica, o confronto promete viradas no jogo. Ponto também para a trilha sonora que se demonstrou bem competente na maior parte do episódio. Que outro guerreiro será capaz de nivelar seus poderes com os de Cumber a fim de obter capacidade para derrota-lo?

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://www.dragonballlimit-f.com.br/2018/08/super-dragon-ball-heroes-finalmente-uma.html