Crítica - Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado


Muito menos dedicado à muito mais.

AVISO: A crítica abaixo contém muita ovação pra cima do melhor personagem desse filme. 

O primeiro filme da família super-heroica da Marvel não trouxe um consenso entre gregos e troianos, mas o desempenho razoavelmente expressivo conseguiu abrir margem para a produção de uma sequência, esta lançada em 2007 com um subtítulo que caso o lançamento fosse nos dias atuais pegaria a muitos de surpresa por conta da participação de um personagem até então desconhecido do grande público e que felizmente foi meritoso em receber um tratamento solidamente digno tanto na estética quanto no desenvolvimento narrativo. Indubitavelmente, o Surfista Prateado se configura como o maior acerto do longa se ignorarmos algumas decisões discutíveis da equipe de produção.

Eu me nego a acreditar que não houve um leigo em quadrinhos que não tenha se cativado pelo Surfista Prateado. A empolgação que a presença dele provoca é instantânea da mesma forma que suas interações com o quarteto vão se desdobrando ao passo que o mistério em torno da sua vinda à Terra é reforçado em prol da curiosidade do espectador. O mote entre a equipe nessa segunda aventura é o casamento entre Sue e Reed que por sinal acaba estragado pela aparição do alienígena platinado a qual rende uma bela sequência de perseguição com o Tocha Humana - ele novamente sendo grande destaque e exercendo um papel de confirmação na trama pela exposição ao Surfista Prateado que desencadeou uma bizarra reação cujo efeito é a troca de poderes por contato tátil. O filme ora comete acertos no humor ora apresenta algo em fuga do senso de ridículo, mas essa vibe "pra cima" diminui conforme à ameaça se desenha aos nossos heróis, o que dá espaço a uma comedida seriedade no enfoque à sobrevivência do planeta ante à chegada de Galactus, a revelação final e bombástica quebrando completamente o status do Surfista Prateado como vilão (ou capacho de vilão) e em contrapartida realçando uma renovada postura tida como parceiro da equipe (eu adoraria ele como membro isolado surgindo em situações como último recurso, mas o roteiro matou esse sonho - e consequentemente a bilheteria morna do filme também). A parte forçada é a incitação de romance entre "Norrin" (o nome que ele assume após se juntar ao quarteto) e Sue Storm. Porém, a dramaticidade envolvendo ambos especificamente quando a vida de Sue corre perigo satisfaz.

A volta de Victor Von Doom (A.K.A Dr. Destino) como vilão secundário graças às implicações e danos ambientais dos poderes da prancha do alienígena é simplesmente descabida. Tem certos detalhes que se formos notar bem não transparecem uma lógica baseada em algo concreto e elucidativo, mas no "porque sim". Se existe um lado perdoável nesse reinserção inconvincente é a ação bem conduzida que o vilão proporciona após roubar a prancha que lhe conferiu os mesmos poderes do alienígena (pra ser derrotado por um guincho - era um guincho né? x_x). Johnny se imbuir dos poderes dos companheiros unificados ao seu foi como ver uma fórmula estilizada de desenho animado transposta. Esqueça a ideia de tosco que isso talvez passe, apenas se divirta com essa luta, até porque... é o Tocha-Humana, candidato melhor para protagonizar esse momento louco não existia - apesar de ser demasiado curto. E por falar em curto, a duração é um dos pesos contra. Parece demonstrar uma certa falta de confiança com o potencial de enredo que tinham em mãos. Só 92 minutos de pura adrenalina, um mal que vem para bem e que em síntese se traduz como genuíno gosto de quero mais (muuuuuuito mais de Surfista Prateado!)

Considerações finais:

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado realiza o feito de superar seu antecessor mesmo que a duração seja um revés para um elevamento dessa característica que toda sequência deve se orgulhar de possuir. Com efeitos ligeiramente melhores, o longa vence com folga o anterior sendo mais divertido. O perigo que Galactus representava é inconcebível dentro do tempo ao qual o filme se enquadrou. Um confronto de proporções épicas merece um filme épico... e me atrevo a dizer que este quase se aproximou do primor esperado da grandiosidade de um personagem como Surfista Prateado.

PS1: Só uma pena que a preguiça da produção tenha metido um Galactus de fumaça cósmica (T_T).

PS2: Assista e reveja sem preconceito ou influência de crítico chato e meticuloso. Acompanhado de uma pipoca bem quente e um refri bem gelado, a experiência te faz desligar do mundo lá fora como poucos filmes de aventura.

PS3: Mais uma vez não me conformo com essa duração. PQP, Fox!

PS4: Na maior indecisão se lamento ou agradeço por não terem feito um terceiro filme.

PS5: Johnny se gabando dos poderes pro lado do Coisa é impagável (cena do avião hahaha).

PS6: Dúvida no ar: A prancha pertence ao Norrin por ser ela a fonte dos seus poderes? Se sim, não faria sentido Dr. Destino controla-la usufruindo dos poderes ao bel prazer já que teoricamente são restritos portador original. Antes fosse fazer um filme spin-off do Surfista Prateado do que fechar a trilogia. No final das contas não ocorreu nenhum dos dois. Por que Fox? Por que fizeste isso conosco? POR QUE??

NOTA: 8,5 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://arduino-curiosidades.blogspot.com/2016/01/10-curiosidades-sobre-o-quarteto.html

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