5 coisas da Globo que me davam muito medo
Não há que se negar que a Globo é uma verdadeira singularidade no meio televisivo (se para o bem ou para o mal, aí vai de cada um), tendo conquistado ao longo dos seus mais de 50 anos muitos admiradores assim como também muitos críticos (especialmente nos dias de hoje). No entanto, em meio a todo esse glamour do cenário midiático, a emissora apresentou umas pequenas coisinhas amedrontadoras que me deixavam com o furico na mão. Basicamente a própria logomarca da emissora já não me transmite uma sensação lá muito boa, sobretudo as versões mais antigas. Deram uma suavizada nessa mais atual com um filtro modernizado, daí ficou menos tenebroso. Nesta atípica listinha, trago cinco coisas que me assombravam de verdade e em relação ao cagaço sentido com algumas delas eu sei que não tô sozinho. Confira logo abaixo:
1 - O Plantão
De todos os itens dessa lista, esse é indiscutivelmente o mais previsível. Além disso, é o que supera a todos, não tem nem comparação, é praticamente unanimidade. Não é nada mais que o plantão de noticias que aterrorizou gerações de crianças e jovens desde sua primeira veiculação na década de 1990 com aquela vinheta dos microfones girando em torno do logotipo ao som da clássica musiquinha agourenta. E não era estritamente a trilha sonora macabra o elemento causador de pânico e apreensão sempre que a vinheta pintava na tela fazendo você pressentir o perigo e o caos. Nos anos 90 e começo dos 2000 aquele fundo azul escuro potencializava a carga de terror transmitido. A coisa só piorava quando o plantão em certas ocasiões era em off, ou seja, apenas a imagem do logotipo e a fala do repórter informando a desgraça (tá, nem sempre era tragédia, alguns plantões noticiavam fatos não necessariamente causando medo em quem assiste). Existiu no YouTube um vídeo do plantão com problemas técnicos distorcendo a trilha e a imagem, tornando-a ainda mais medonha.
2 - O top (ou toque) de 5 segundos
A contagem regressiva, iniciada sempre antes dos eventos esportivos, que era antecedida pelo logotipo de Globo fez o imenso favor de elevar meu terror em relação à identidade visual da emissora à décima potência. Se eu já tremia na base vendo essa bagaça parada, que dirá com ela se movimentando em aproximação à tela como se quisesse engolir o telespectador. Costumava me provocar arrepios nos anos 2000, mas a situação não suavizou muito quando aboliram o fundo azul escuro para adotar o branco e renovaram o visual da logomarca após a emissora completar 40 anos. Pra quem não sabe (eu até então nem fazia ideia), se trata de um recurso com a finalidade de avisar às emissoras afiliadas ou retransmissoras que se juntassem à rede para transmitir simultaneamente determinados programas, era isso que significava a famigerada frase "Atenção emissoras da Rede Globo para o toque de 5 segundos". Acho que com a logo atual esse medo não ocorre.
3 - Os teasers das novelas
Aqui é o ponto mais incomum e diria que até inexplicável. Eu nunca discorri sobre novelas brasileiras no blog e dificilmente irei já que não assisto e conforme eu fui crescendo larguei esse costume tão enraizado na nossa cultura. Assistia na infância somente por assistir simplesmente porque minha família assistia. Além do mais, a Globo era a favorita, praticamente todos os programas ao longo do dia eram vistos pelos meus parentes e, nos intervalos da programação, quando alguma novela estava exibindo seus capítulos finais, rolavam os famosos teasers da trama substituta. Não sei se era a atmosfera de suspense pra não revelar muito da história (princípio básico de qualquer teaser), mas quase todos me causavam uma sensação estranha de temor. Um que posso citar é o da novela Alma Gêmea com os rostos dos atores ocultados pela metade...
4 - A abertura do Corujão
A sessão Corujão está no ar até hoje trazendo diversas produções cinemáticas pra quem não tem problema de madrugar. Eu só vim a saber da existência disso em 2009 com meu bom e velho MP7 que pegava TV. Num sábado, bem cedinho da manhã, acessei a TV pelo celular (hoje bastante obsoleto haha na época eu achava uma maravilha tecnológica de última geração) e obviamente que o primeiro canal a aparecer era a Globo. Peguei só o pedacinho final do filme. A abertura se iniciava e aí meu coração disparou. No meu pensamento questionava que merda era aquela. Daí que me dei conta de ser a abertura do Corujão que excepcionalmente é a única sessão de filmes da Globo a ter uma abertura servindo como encerramento. É justamente o comecinho da abertura que me gela a espinha. Lembra um eclipse solar e parece a luz do sol iluminando a Terra que logo se revela um rolo de filme à deriva no espaço que solta a fita mostrando o nome da sessão. A abertura estreou em 2004 e se manteve até 2014, substituída pela simpática vinheta com a corujinha voando até a logotipo.
5 - A manutenção mensal
Essa é ao lado da abertura espacial do Corujão mais uma descoberta tardia de algo que já existia há tempos. Conheci a manutenção mensal através do YouTube. Era basicamente uma interrupção na grade que saía temporariamente do ar durante a madrugada até a programação ser retomada no início da manhã. Antes da transmissão sair, mostrava na tela a logomarca da Globo com alguma pessoa falando e em seguida apresentando os programas que seriam exibidos no dia seguinte - e mostrando a cada citação, partes da logomarca bem de perto como se ela não fosse assustadora o bastante de longe. É claro que não fui nem louco de conferir as manutenções antigas (anos 90/2000) com o fundo preto.
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*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
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