Baú Nostálgico #25: Bob Esponja

Criação de Stephen Hillenburg, desenho marcou época
no canal Nickelodeon 

                                                                                 ANTES

Já era tempo de fazer uma edição destacando a esponjinha mais tagarela, mais serelepe, mais otimista e mais cômica dos desenhos animados. Bob Esponja, aliás, já estava reservado para essa vigésima quinta edição há algum tempinho. Acho que não é difícil perceber um certo padrão - aos gasparzinhos que acompanham -, mas vou falar aqui sobre: Números que considero importantes (10, 20, 30 e etc) serão atribuídos à desenhos e séries que imprimiram fortes marcas, que emplacaram e que se tornaram clássicos imortais. E porque não Bob e sua turma serem vistos de tal forma?

Fico entre 2003 e 2004 sobre o ano de estreia do desenho na sua casa de longeva permanência, a nossa querida GloboBOSTA . Na verdade, a TV Globinho foi a casa onde Bob Esponja foi o morador que fez barulho por muito mais tempo que outras produções que já moraram e foram despejadas dessa pensão que foi demolida em 2012. Ao lado de Três Espiãs Demais, eu diria que foi o desenho com maior número de reprises na emissora em uma passagem quase ininterrupta. Francamente, não faço ideia, sequer lembro alguma vez em que Bob Esponja ficou de fora da grade para dar espaço a alguma nova atração. Reflexo do carisma ímpar do personagem-título e que me cativou de primeira.

É uma coisa tão conhecida e ao mesmo tempo tão cristalina na memória de muitos que viveram as maravilhas televisionadas na década de 2000, que dispensa grandes comentários. Aspectos inesquecíveis que vão da contagiante risada do protagonista aos personagens secundários que movimentam as confusões, maluquices e trapalhadas na Fenda do Biquíni - uma cidade literalmente no meio do nada. Eu até tentava caçar alguma lógica que pudesse me dizer que aquele é um universo subaquático que faz sentido porque somente assim é divertido. Cultivei essa visão errônea por uns bons anos. Só depois fui aceitando o lance de uma fogueira ser acesa no fundo do mar ou um esquilo ter uma vida normal ali e que nem tudo que venha de desenhos animados precisa fazer sentido ou ter compromisso com qualquer tipo de verossimilhança.

Exigir isso da série podia ser injusto, e era, mas conforme eu ia crescendo e esse vínculo se fortalecia fui primando pelo "foda-se a lógica" e curtir o desenho como ele de fato devia ser para o público, nada mais e nada menos que um entretenimento com humor bobinho mas que provoca risada por ser exatamente isso que ele faz de melhor e sempre o fez com uma funcionalidade que é difícil assistir replicada em outras animações televisivas.

Correndo por fora da série de TV, tinha o primeiro longa-metragem, sucesso na época de lançamento. Tanto é que o aluguei acho que... em 2006, salvo engano. Ou 2005 - cada edição que passa e cada tema que escolho meu conhecimento de datas de quando comecei a assistir vai ficando mais perdido.
A história desse filme é demais e a qualidade se detecta tanto na comédia quanto na estética. Como esquecer a clássica música do Amendobobo naquele final meio "porra-louca"? Além disso, havia todo um conflito de identidade do Bob sobre ele se ver como adulto ou como criança. Ele é um crianção com responsabilidades de um adulto e segue nessa mesclagem sem se preocupar demais com os problemas. Bob Esponja chegou à fase adulta sem deixar para trás a sua criança interior. Siga esse exemplo. Não como ele (exagerado), mas do seu jeito. Claro, não esquecendo dos tazos que vinha na promoção da Elma Chips - era para fim de colecionamento, mas descobri outra forma de se divertir com eles através de um pedaço de imã que eu tinha.

Personagem secundário favorito: Lula Molusco (quando a gente cresce passa a compreende-lo, daí vemos que os insuportáveis são Bob e Patrick).

Personagem secundário odiado: Sr. Siriguejo (toda a fixação ostentativa por dinheiro o torna chato).

Episódios favoritos (citando só de cabeça, faltarão alguns): "Precisa-se de um Ajudante", "Chá em Terra Firme", "Fenda da Pedra", "Escola de Pilotagem", "O Homem-Sereia e o Mexilhãozinho (I, II, III e IV)", "Chocolate com Nozes", "Tornei-me um Gary Adolescente", "O Dia de Folga do Lula Molusco", "Monitor da Classe", "Botas que Rangem", "Franken Rabisco", o da Concha Mágica, "Entrega de Pizza", "Lar Doce Abacaxi", aquele em que o Lula Molusco viaja no tempo, "Anzóis", aquele em que o Bob entra de gaiato nos sonhos dos outros, o da festa que o Bob dá e acaba indo parar na cadeia, "Loja Maçônica Cefalópode", "Turno Macabro", "Sou seu Maior Fã", "Verme de Ouvido", o do sumiço do Gary e vários e vários outros.

                                                                             AGORA

Bob Esponja e suas aventuras marinhas tresloucadas me acompanharam por um longo período que atravessou minha infância, adolescência e agora como um jovem adulto e nostálgico que sou. Porém, eu meio que "enjoei" de assistir em idos de 2015 e 2016, não por desgostar, foi para dar um "descanso de imagem" por assim dizer. Qualquer dia volto a assistir, se possível diariamente como na maioria das vezes fazia - mais ainda no meu primeiro ano de TV a cabo onde era uma overdose de Bob Esponja na Nickelodeon (o desenho era para o canal assim como o Trato Feito era - ainda é? - para o History), pela manhã, pela tarde e pela noite, assistindo episódios inéditos e repetidos sem nem pensar em parar. É amor demais para um desenho só e uma nostalgia que não cabe nesse coração...


PS1: Dando uma opinião sincerona, digo que pelo menos as 4 primeiras temporada valem ser assistidas inteiras, acho que o desenho foi sofrendo um decaimento de qualidade daí em diante. Sei que é produzido até hoje, mas não sei bem se veria com o mesmo prazer e entusiasmo.

PS2: Morria de medo do episódio da largatinha da Sandy que virava uma borboleta pra lá de asquerosa. Aquele close bem de perto e o zumbido me fizeram um dia correr apavorado da sala só para voltar depois que terminasse. Tive a mesma reação dos personagens.

PS3: As águas-vivas são como as abelhas, os caracóis são como os gatos e as minhocas são como os cachorros. E como na terra firme, no mar também há animais estranhos.

PS4: Aprenda como o Bob e solte toda a sua IMAGINAÇÃO:




*As imagens acima são propriedades de seu respectivo autor e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.

*Imagens retirada de: https://portal4.wordpress.com/2015/03/03/bob-esponja-deixa-globo-e-assina-com-o-sbt/
                                   https://favim.com/image/1330438/


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