Crítica - Turbo: Power Rangers 2


Pelo menos faz parte da cronologia.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS (se você tiver passado sua infância numa caverna).

Ainda me recordo substancialmente da emoção sentida ao ver a chamada desse filme na TV para exibição na Sessão da Tarde, mesmo que no fim das contas eu pegasse só as três últimas partes. Por outro lado, Turbo é uma das fases mais imemoráveis que tenho guardado na nostalgia´, tanto é que nem faço ideia se foi reprisada na TV Globinho alguma vez (assim como Power Rangers no Espaço que sei da sua reprise lá por 2002 ou 2003). Mas a vilã Divatox foi um desses elementos que ficaram gravados e tinha até me esquecido do quão histriônica ela era, inclusive talvez seja esse um dos motivos pelo qual a lembrança perdurou tão fresca. O filme serviu como prólogo para a quinta temporada produzida em 1997 e sendo uma continuação direta da fase Zeo (essa que não ouso mesmo forçar minha mente pra lembrar).

Na história, um ser que parece um ancestral em comum do Mestre dos Magos, chamado Lerigot, necessita da proteção dos rangers antes que ele caía nas mãos de Divatox que pretende usa-lo como oferenda para seu noivo Malagore - um monstro cujo fantasia foi reciclada para o vilão Espectro Negro na temporada seguinte (se o orçamento aperta, o jeito é economizar né?). Daí vem uma pergunta de rachar a cuca: Por que diabos a perua intergalática queria tanto se casar com uma besta acéfala saída de um vulcão? Vai ver isso a conferiria algum tipo de status, mas nem vou racionalizar um ponto inexplicado e aparentemente sem sentido, especialmente porque é Power Rangers. E por falar em não fazer sentido, o ranger azul da turma é um pirralho intrometido que substitui Rocky após este sofrer um acidente no torneio de artes marciais (coincidentemente os rangers o visitam no mesmo dia e quase no mesmo instante que ele e o garoto descobre, escondido debaixo da cama, a identidade dos famigerados heróis coloridos) e que além de magicamente crescer ao tamanho de um adulto durante a morfagem ainda entra no Centro de Comando sabe-se lá como (pior que os rangers nem perguntam).

Se ignorarmos as incoerências e desligarmos o modo Sheldon Cooper do cérebro, é certeza de uma experiência melhorada. Aliás, o longa é sim bastante superior ao filme de Mighty Morphin em termos de produção cinematográfica. É um roteiro dotado de bons toques de aventura e sintetizado por uma missão de resgate numa ilha perigosa, o que traz um clima relativamente fora da monotonia de confrontos na cidade (o que até compensa os rangers passarem a maior parte desmorfados), ainda que não descarte o padrão comum de pancadaria contra os minions do vilão sucedida pelo agigantamento do monstro principal que leva à formação do Megazord e a posterior derrota do inimigo com uma mega-explosão. As participações de Jason e Kimberly foram otimamente utilizadas, ambos lutando para saírem do submarino a fim de salvarem suas vidas e as de Bulk e Skull que foram jogados na trama para serem os inúteis que são. Meu momento favorito de qualquer temporada é certamente a montagem do Megazord que, pra total felicidade deste fã, não conteve uso de CGI horrendo (só na apresentação, porém nada que seja próximo a qualidade horripilante do filme anterior, é um salto quântico perto daquilo), o robozão foi todo orgânico e ainda proporcionou um bom duelo final - como tem que ser, de fato.

Considerações finais:

Turbo: Power Rangers 2 é uma película graciosamente menos ambiciosa que o filme da equipe clássica, acertando na sintonia entre os personagens e na construção do seu enredo. A gente perdoa as estupidezes habituais da franquia quando tudo que ela de melhor oferece não fica pra trás, sobretudo num longa-metragem ligado diretamente à canonicidade.

PS1: Dane-se se parece um primeiro episódio esticado, nunca verei esse filme com olhares entediados.

PS2: Impressão minha ou a Kimberly encarnando malvadeza fica mais bonita? Micro-expressões de sedução.

PS3: O Justin enquanto morfado tem corpo de adulto mas a cabeça é do seu eu-criança? Ou vira adulto e mantém a voz de pirralho? Sério, introduzir esse garoto (uma criança entre jovens adultos) foi um dos piores erros da franquia (>_<)!

PS4: Quando Tommy põe o capacete o cabelo dele adquire vida e se recolhe dentro?

PS5: Sempre achei mó estranho esse título BR. Por que não Power Rangers Turbo: O Filme (clichê, mas organizado)?

NOTA: 8,0 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.

*Imagem retirada de: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/05/07/produtora-de-crepusculo-e-jogos-vorazes-fara-franquia-dos-power-rangers.htm

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