Os 16 filmes mais negativamente avaliados no blog
Fruto de um desejo que veio simultâneo ao de criar um blog sobre contos de terror, a categoria "Críticas" se iniciou aqui neste pouco frequentado espaço como parte da diversificação de conteúdo pela qual passou ainda no ano inaugural (numa época que eu estava potencialmente desencorajado a me comprometer com dois blogs diferentes e confesso que isso permanece até hoje, tanto é que criei um segundo blog justamente com o propósito de lançar críticas e nem fiz uma propaganda no mínimo decente pro coitado - ha-ha, como se eu fizesse alguma pro UL =P), embora pouco abrangente, obviamente composta somente por avaliações de filmes. Dezesseis das obras que foram resenhadas de 2014 para cá receberam as mais baixas classificações do sistema de notas que julga cada um como Excelente, Bom, Regular, Ruim ou Péssimo (ainda estudo a inclusão de mais duas: Obra-Prima e Bomba Atômica). É válido ressaltar que os seletos longas levaram notas de zero a 3, dentro da zona vermelha (que também compreende as notas 4 e 5, mas os enquadrados nas mesmas ficaram de fora), por serem verdadeiros desastres cinematográficos na visão deste que os escreve que infelizmente não poderá jamais restituir o tempo perdido com as pérolas listadas abaixo. Confira minhas reafirmações sobre os filmes mais achincalhados, aqueles que definitivamente me trouxeram arrependimentos amargos e insuperáveis. Não tô exagerando, é sério.
1 - Duro de Matar 5: Um Bom Dia para Morrer
Morrer só se for de desgosto. Pra alguém que havia visto os dois primeiros filmes da saga protagonizada por Bruce Willis num curto intervalo antes de conferir esta última empreitada de manter acesa a moral da jornada de John McClane, é triste notar que a franquia atingiu um nível de desgaste que se traduz na figura cansada do seu personagem central completamente dependente de uma trama insossa que envolve seu filho, Jack (interpretado pelo igualmente insosso Jay Courtney, ator que sinceramente não me conquista simpatia na sua performance). É o típico desfilar de ação explosiva com aquele fiapo de história. Reitero que é o pior filme da saga disparado. Ganhou nota 3 na crítica que você pode ler clicando aqui.
2 - Garota Infernal
Queria apenas um filme que fizesse passar o tempo aliviando o tédio corriqueiro quando selecionei justo Garota Infernal, estrelado por Megan Fox. Mais por aquela curiosidade traiçoeira mesmo do que visando um entretenimento digno de ficar marcado como a "incrível primeira vez inesquecível" (poucos filmes, por sinal, me transmitiram tal sentimento). Do que lembro, o longa não empreendeu o menor esforço para construir uma trama que usufruísse bem de recursos técnicos e narrativos, saldando-se no fim das contas como um pseudo-horror com ambientação colegial servindo de fundo. No mais, tenta dizer algo, mas preferiu o silêncio. E nem preciso comentar a atuação de Megan Fox, né? A crítica está bem aqui.
3 - Daphne & Velma
Essa patifaria em forma de suposto longa-metragem sobre o universo de Scooby-Doo merecia umas indicações e vitórias num Framboesa de Ouro. Na verdade, seria elogioso demais. Me dá um nervoso só de relembrar as cenas dessa paródia não-assumida que dá enfoque às duas personagens como uma dupla dinâmica antes de conhecerem Fred, Salsicha e Scooby. Um insulto lastimável à memória de William Hanna e Joseph Barbera. Generoso que sou, dei meio pontinho pela química relativamente boa das protagonistas. O resto é o puro creme do chorume. A crítica você pode conferir aqui.
4 - O Exterminador do Futuro: Gênesis
O resumiria como um pretenso reinício, contudo totalmente falho. Não se aproveita muita coisa fora determinadas cenas de ação, tampouco se extrai algo que se estabeleça à altura do que a franquia já apresentou em diversos aspectos. Pra acabar não fazendo uma segunda crítica geral (consegui me segurar), vou destacar apenas um dos pontos mais baixos (dos muitos existentes): O Guardião (sim, esse androide aí com sorriso super-simpático e espontâneo), um exterminador que protege Sarah Connor no passado da linha do tempo para a qual Kyle Reese (outra vez Jay Courtney citado nessa lista - quando vou finalmente assistir um filme desse cara que me agrade?) foi enviado por John Connor. Fez o quarto filme parecer uma bagunça menos ferrada na cronologia. Dei uma notinha 3 com um misericordioso meio ponto. A crítica pode ser lida aqui.
5 - Death Note (Netflix)
Parece ter sido proposital. Uma vontade maquiavélica de evocar em integrantes de uma fanbase o mais intenso repúdio e desprezo por uma adaptação que flerta mais com seguimentos de uma deturpação do que propriamente se prestaria a fazer em teoria. A Netflix se debruçou na empreitada de realizar um live-action de Death Note lançado em 2017 diretamente na plataforma e com muita razão teve seu produto como alvo de críticas impiedosas, com a minha inclusa, ressaltando a ausência de fidelidade com a história de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba. Light Yagami não é um estudante perspicaz com desejo idealista de usar o Death Note para extirpar o mal virando um assassino temido e sim um idiota manipulável chamado Light Turner que é o clichê ambulante de filmes americanos adolescentes de ambiente colegial. L não é o detetive sagaz, calmo e metódico, pelo contrário, é um rapaz com sérios problemas de autocontrole emocional metido a investigador. Uma pequena ilha de acertos num mar vasto de erros fizeram com que 2 fosse a nota. A crítica você confere aqui.
6 - Os Guardiões
Esta pérola do cinema russo é nada mais que uma tentativa de emplacar um time de heróis provavelmente na intenção de emular o sucesso dos personagens de franquias da Marvel e da DC (só pra citar as mais rentáveis). Pois é, infelizmente para o quarteto fantástico (que não é nada fantástico) da Rússia o negócio deu com os burros n'água. Uma trasheira de provocar vergonha. O filme transparece ares de amadorismo muito sintomáticos na direção, nas atuações e no roteiro. Mas é errando que se começa a aprender. Quem sabe os cineastas de lá um dia invistam corretamente nessa seara e nisso, se o objetivo for equiparação com grandes estúdios ocidentais, vão ter que ralar bastante. Pior que alguns personagens até que são levemente interessantes. Seria a hora para mostrar que a Rússia tem cacife pra seguir no embalo, mas provaram que ainda não. Levou a nota mais baixa na época de publicação da crítica: 1,5. A mesma você pode ler clicando aqui.
7 - Fullmetal Alchemist (Live-Action)
O exemplar de adaptações de mangás e animes que deixa às claras que fidelidade em excesso periga fazer tudo remeter à cosplays e cospobres. A cinematografia japonesa nesse sentido pode não ser das mais arrojadas, mas creio que não custava uns retoques que ajustassem visuais demasiadamente caricatos, não que cedendo ao encargo de uma visão americana minimizasse qualquer risco de má adaptação porque fidelidade 100% certamente não daria pra esperar (isso recai para todas as obras famosas e facilmente adaptáveis ou não - nisto inclui-se Dragon Ball). Se é demasiado fiel, resulta num filme tosco pois num live-action um ou mais elementos podem não funcionar tal qual na animação ou HQ. Se é adaptado com parca fidelidade, é descaracterização, gerando cobrança e reclamação de fã. Então, qual problema esse live-action de FMA evidenciou? A necessidade de um meio-termo que satisfaça a fanbase e o grande público, o que só uma produção ambiciosa e requintada poderia concretizar. A ruindade desse filme me forçou a quebrar uma regra: parei de vê-lo aproximadamente lá pela metade, mas vi spoilers do resto e me aliviei que perdi um clímax horroroso. Na minha crítica (que você pode dar uma conferida clicando aqui), assim como os Guardiões, levou a merecida nota de 1,5.
8 - Pica-Pau: O Filme
Pegando o gancho da produção anteriormente comentada sobre adaptações odientas de animações, temos a versão live-action do Pica-Pau que foi pensada como um telefilme para exibição nos EUA (pra você ver que aparentemente nem a equipe levava fé que essa bomba devia passar nas telonas). Estreou nos cinemas brasileiros, o que até condiz um pouco já que a bagaça tem uma certa vibe de "filme do Didi" por conta do seu elenco mirim, então faria sucessinho com a garotada que fez os pais torrarem uma grana pra assistir isso. E o que dizer da pássaro titular? O Pica-Pau está ali e ao mesmo tempo não (não apenas no sentido técnico, claro). No mais, a criação de Walter Lantz foi ultrajada com uma subprodução que mistura live-action com CGI vagabundo, um negócio que tem imenso êxito com crianças que só irão entender o quanto isso não é tão fantástico assim depois de adultas. Recebeu a generosa nota 1. veja a crítica aqui.
9 - Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário
De todas as sensações boas que este filme poderia proporcionar, a única que me atingiu foi sono (já pertinho do terceiro ato). A releitura das primeiras sagas dos defensores de Atena em CG3D não caiu nada no meu gosto, tanto pelos visuais das armaduras quanto por outras escolhas "criativas". Aliás, 99% foi um desagrado. O ponto alto da mediocridade, pra acabar de me emputecer, foi aquela cena performática do Máscara da Morte soltando a franga num showzinho colorido de luzes parecendo uma diva do pop. Levou a notinha 1 da generosidade. A crítica você pode ler bem aqui.
10 - Transformers: O Último Cavaleiro
O último filme da franquia dos Bayformers conquistou uma fraca bilheteria comparado aos longas anteriores, mas isso é o de menos comparado à sua qualidade fílmica. Pensava outrora que a franquia decaiu no fundo do poço cedo demais com o segundo filme, só que não, eu nunca havia estado tão enganado. Pois é, a ruindade gritante de A Vingança dos Derrotados foi superada. Em O Lado Oculto da Lua foi aceitável a ligação dos Transformers com a corrida espacial entre EUA e URSS na Guerra Fria. Mas lendas arturianas?? O auge da bizarrice resume-se nessa mistura que soma-se aos desleixos comuns e teimosos da saga, como a câmera tremida que torna os robozões praticamente indistinguíveis na hora da porrada. Não tinha como dar uma nota acima de 3 na crítica que pode ser lida clicando aqui.
11 - Quarteto Fantástico (2015)
A mais desastrosa reinicialização de franquia no que se refere a super-heróis, sem dúvidas. Dá tristeza só de abrir o tópico. Enumerar cada um dos erros dessa atrocidade com a família fundamental não é tarefa fácil devido a não saber por qual começar. Os trajes, os efeitos, a história, o ritmo do enredo, uma grande parte desse filme é uma conjunção de equívocos e presepadas que justificaram sua baixa rentabilidade nos cinemas, fortalecida pelas polêmicas tretosas nos bastidores e a etnia modificada do Tocha-Humana. A nota 2 está mais que de bom tamanho. Quer ler a crítica? Tá aqui ela.
*Gasparzinhos, a partir do próximo tópico vou parar de reafirmar críticas com outras palavras, agora transcrevendo os parágrafos finais de cada review porque agiliza o trabalho. Não é preguiça, juro! O tempo anda corrido pra cuidar de outras coisas daqui do blog e uma lista com mais de 10 itens tem consumido muito desse tempo. Dito isso, segue o baile:
12 - Slender Man: Pesadelo Sem Rosto
Slender Man: Pesadelo Sem Rosto parodia o personagem de forma desinspirada e ainda ataca de sério no terço final tentando falhadamente imprimir dramaticidade quando o estrago já estava lapidado. Se não tem nada aproveitável? Me diga se não é de chorar usar um filtro tão bem comedidamente sombrio para um filme que se auto-intitula terror e nem sabe desenvolver como tal. Roteiristas, fiquem longe de creepys famosas, cinema de verdade carece de originalidade.
NOTA: 3,0. Confira a crítica completa aqui.
13 - Ben 10: Corrida Contra o Tempo
A frustração de se assistir um live-action como Ben 10: Corrida Contra o Tempo só é atenuada pelo fato das vozes brasileiras do desenho estarem dublando os atores. o Cartoon Network se pouparia dessa vergonha caso a trama fosse utilizada para um filme baseado na animação... mas sendo animação.
NOTA: 2,0. Confira a crítica completa aqui.
14 - Mulher-Gato
Mulher-Gato é o último nível do fundo do poço no qual a mitologia do homem-morcego estava antes do advento da Era Nolan. A pior versão original para um personagem de HQs já crida para a mídia.
NOTA: 0. Confira a crítica completa aqui.
15 - Kim Possible
Kim Possible é uma produção bem ao nível do que o Disney Channel é capaz de oferecer, sem atuações marcantes, roteiros primorosos ou arranjos técnicos dignos de nota. O acabamento final o coloca no rol de aberrações de "tributo" à obras das quais se baseiam. Um telefilme preguiçoso e que só motiva o espectador a re-assistir o desenho com justa intenção de esquecer que essa fanfarrice aconteceu. Me contentaria com um episódio especial em animação.
NOTA: 3,0. Confira a crítica completa aqui.
16 - Fora de Série
Conseguindo executar momentos engraçadinhos aqui e ali, Fora de Série é tudo, menos, literalmente, o que diz seu título. O constrangimento e a vergonha alheia são as sensações dominantes por boa parte do longa que poderia trabalhar seus conceitos relacionados a amadurecimento posterior à uma fase da vida de modo que não expusesse ao ridículo.
NOTA: 3. Confira a crítica completa aqui.
*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagens retiradas de: https://jusdecisum.jusbrasil.com.br/artigos/667160907/o-botao-de-dislike-do-jusbrasil-como-usa-lo-corretamente
https://www.wattpad.com/329193465-o-lado-negro-filmes-de-terror-garota-infernal
http://www.arrobanerd.com.br/daphne-e-velma-filme-ashley-tisdale-dvd/
https://www.omelete.com.br/filmes/death-note-criadores-do-manga-elogiam-versao-da-netflix
https://www.noobz.com.br/2017/11/fullmetal-alchemist-muita-acao-no-novo.html
https://cinevisao.pt/novo-trailer-portugues-do-live-action-pica-pau-o-filme/
https://bocadoinferno.com.br/criticas/2018/12/slender-man-pesadelo-sem-rosto-2018/
https://megaleo10.wordpress.com/2008/09/04/ben10-corrida-contra-o-tempo-2/
Comentários
Postar um comentário
Críticas? Elogios? Sugestões? Comente! Seu feedback é sempre bem-vindo, desde que tenha relação com a postagem e não possua ofensas, spams ou links que redirecionem a sites pornográficos. Construtividade é fundamental.