Uma crise afetou Contos do Corvo!? E agora?



Para os gasparzinhos que acompanham (aludindo Fox Mulder: "Eu quero acreditar"), seja a série ou o blog em geral, devem ter percebido que Contos do Corvo tomou um chá de sumiço após a volta de uma pausa de não sei mais quantos meses com somente duas edições publicadas (28 e 29). O fato é que não vem de hoje eu estar "relaxado" demais no comprometimento com a série, logo assumo a culpa por essa falta de cuidado. Desse universo compartilhado que criei, apenas Nem Tudo É O Que Parece e Frank - O Caçador estão fora de perigo (a segunda já renovada para uma nova temporada) e a série do contador de histórias alado está com sinal amarelo. Infelizmente, não posso dizer o mesmo do seu spin-off, Crônicas da Raposa, que passa por uma nuvem de incertezas e adiamentos, então é seguro dizer que a trama de Foxy e sua turma corre um pequeno risco (eu tenho Survival Game, Frank e Capuz Vermelho para o resto desse ano, difícil incluía-la no balaio).

O núcleo desta crise, a nata, a semente, é relacionado à criatividade. É uma crise criativa. Dá trabalho imaginar, criar, moldar histórias de terror tanto baseadas em algo já existente quanto originais. Não é que eu esteja perdendo o jeito da coisa, acredito sim ser apenas uma má fase, como qualquer uma das que minhas outras séries já passaram - e superaram -, logo não há porque ser diferente com o corvo. Com cada edição tendo uma história diferente, realmente exige muito mais criatividade. Uma vez eu disse que Capuz Vermelho era complicada de escrever por seu enrendo cheio de informações. Contos do Corvo a desbanca nesse quesito, além de andar de mãos dadas com sua irmã Frank - O Caçador que segue o mesmo estilo "caso/lenda/monstro da semana". Portanto, a dificuldade nesse caso não se compara à das séries com temporadas. Não é toda semana que surge uma história genial na minha cabeça e corro para digitar como se não houvesse amanhã. Numa série com temporadas, há um enredo com início, meio e fim que facilmente pode ser planejado com antecedência. Mas com Contos do Corvo e Nem Tudo É O Que Parece isso não acontece. Distinção de obras implica em distinção do modo de produzir.

A fonte da série anda tão escassa quanto o Sistema Cantareira na época de seca. A coisa não anda fácil, na verdade nunca foi e ninguém disse que seria (e ninguém disse mesmo porque eu sou meu próprio chefe e sócio nesse trabalho), mas resta uma solução. Me basear em histórias de Nem Tudo É O Que Parece me parece a maneira correta de contornar esse problema. Não exatamente chupinhar tudo e transformar em um relato do corvo, é levar a premissa, uma fagulha e configura-la numa história que possa ser narrada com mais detalhes além de um outro ponto de vista mesmo que modificada, isso é benéfico. E a pergunta que fica é: E agora?

Aquela palavrinha com H que já virou tradição no blog e já estou cansado de digita-la. O corvo ainda tem muita história para contar. Como irmã mais velha, Nem Tudo É O Que Parece terá o dever de auxilia-la a se reerguer.



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