Crítica - Supernatural (12ª Temporada)



A temporada da banalidade.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. 

Em primeiro lugar, eu faria uma maratona completa, do início ao fim, no objetivo de pegar alguns detalhes e elementos desapercebidos em olhadas anteriores (cada episódio foi visto duas vezes: uma vez legendado - pouco tempo depois do lançamento -, outra dublado - quando estreava na Warner Channel) e me aprofundar mais no contexto que foi estabelecido neste ciclo que até parecia ter cara de que tudo desandaria, mas no fim não foi um completo desastre. Voltei atrás graças à minha internet-carroça de poucos gigas e como aquele pequeno círculo no meio da tela me dá nos nervos tive que me render ao desânimo e pensei nas opções. Uma delas, em especial, era ver episódios selecionados que ao menos contribuíssem para um desenrolar significativo da trama, incluindo os casos da semana. Seriam os episódios :12x01, 12x02, 12x03, 12x06, 12x09, 12x11, 12x12 (esse não podia ficar de fora, jamais!), 12x14, 12x15, 12x17, 12x19, 12x21, 12x22 e 12x23. Maioria, né? Pois é, também não ia dar muito certo, haja vista que eu gostaria de publicar a review antes do fim do ano e mantive assim.

Então, a minha pressa foi inimiga da perfeição. Aqui estou eu para analisar os pontos que havia pegado dos episódios que não revi na maratona fracassada (detalhe: é o wi-fi da Sky, não é grande coisa e perdi a paciência, joguei a toalha - 10 a 0 para a internet ruim) e vou tentar fazer o melhor que posso, nunca é demais reconhecer as próprias limitações. Grande parte do essencial está fresquinho na minha mente, então assumi que, à esta altura, está tranquilo.

Esquema antigo: Prós e Contras separadinhos em cada lado. Sem mais delongas, vamos iniciar com a vinheta super-temática da temporada (tudo a ver desta vez, pelo menos):

12ª Temporada (2016 - 2017)



HOMENS DE LETRA BRITÂNICOS

Depois de um chefão overpower (e que engraçadamente foi vencido com palavras - não tinha outro modo de acertar as contas, claro), era óbvio que os roteiristas não iriam tirar leite de pedra e introduzir algo maior, pior e mais perigoso para dificultar a vida dos Winchesters. Afinal, o que diabos pode ser ameaçador numa escala colossal acima da irmã de Deus? A saída foi única: Humanos. "De demônios eu entendo, mas as pessoas... elas são loucas." - Winchester, Dean. Uma espécie perigosa e capaz de atrocidades que podem até fazer inveja a muitos monstros. Há um seleto grupo de humanos que se supera no quesito crueldade. Agora os Homens de Letra lá da terra da Rainha vieram para invadir a praia dos irmãos, pondo as cartas na mesa sobre o quanto Sam e Dean representam uma influência negativa para o ramo e querem mostrar quem é que manda no pedaço e quem faz o trabalho direito. A carta coringa desse jogo revelou algo surpreendente: Os caçadores foram a caça o tempo inteiro. Sam e Dean mais uma vez presos no olho do furacão (ô novidade).

A organização cuidou minuciosamente de vigiar, arquivar e pormenorizar cada passo nessa espionagem de mestre. Com o "advento" da Escuridão, eles julgaram a melhor hora para mostrar as garras e botar ordem na bagaça ao modo deles.

Será que os fins justificam os meios? Proteger o mundo do mal significa também eliminar aqueles que se opõem mesmo que estes compactuem do mesmo ideal embora não dos mesmos métodos? O que é certo e errado quando se trata de proteger as pessoas do sobrenatural? Perguntas como esta foram feitas ao longo do ano. A verdade é: Os homens de letra britânicos são extremistas, radicais e monopolizadores. Eles não entendem que os conceitos de bem e mal, certo e errado, são relativos. A lógica é tão simples quanto errônea: Quem se opor aos nossos ideais de "proteção" é decretadamente tão mal quanto os monstros que tentamos erradicar. Existe o certo (eles). E o errado (quem não concorda). É coerente com o papel da organização como antagonista, nada fora da curva.

Paralelo à invasão britânica, outras duas tramas transcorreram: A ressurreição da matriarca Winchester e o bebê de Lúcifer.

Direto aos prós e contras:

Prós 👍

A abertura: A mais casada ao tema do que todas as outras, direta e objetiva. Não há muito o que dizer a respeito dela. Está cristalino o seu significado. A Estrela de Aquário, emblema dos homens de letra, sendo marcada a fogo. Não, espera... Marcou a fogo, mas o processo foi invertido, a marca queimou logo depois de feita. Um simbolismo evidente do quão determinados os homens de letra estão em assentar a sua marca como os melhores peritos e combatentes do sobrenatural e no fim da abertura ela refulge como se quisesse dizer que não há nada possível para tira-los do caminho, que eles são implacáveis e não desistirão fácil para colocar os caçadores "na linha".

Arsenal dos brits: Bem, logicamente não foi algo tããão vasto, mas é verdade que tivemos amostras bem interessantes dos armamentos e artefatos muito úteis dos homens de letra. Destaco aqui os socos-ingleses com sigilos anti-anjos utilizado por Mra. Watts em "Keep Calm And Carry On" (12x01), com os quais ela dá uns belos sopapos no Castiel (pobrezinho). Além disso, teve aquele decodificador utilizado por Mary (aliada ao britânicos ¬_¬) para desbloquear a Colt, o apito para docilizar cães do inferno, o irradiador de vampiro (só para exibição, sequer foi usado, nem no episódio focado nos vampiros, "The Ride" - 12x14) e aquela arma sonora que foi usada por Mary contra uma criatura cujo nome não sei (nessa altura, vivendo caçadas alucinantes com o Sr. Ketch...).

Nostalgia: Exceptuando a Mary e sua volta dos mortos, a temporada apresentou com muita boa vontade e respeito ao bom passado da série alguns elementos das antigas, tais como a Colt, de volta ao jogo como uma arma a ser usada contra os Príncipes do Inferno (favoritos de Lúcifer), os demônios de olhos amarelos da mesma laia de Azazel e, não menos importante, as iniciais S.W e D.W que os irmãos escreveram no carro quando crianças e resgatam isso no episódio "The Memory Remains" (12x18).

Sobre o legado e o futuro: O episódio 18 da temporada teve uma cena final de pegar de surpresa. Um mero caso da semana que terminou de maneira brilhante e saudosista. Sam e Dean questionam-se se vão chegar a deixar um legado, mais além... se eles de fato são importantes para manter o mundo a salvo e a ponto desse legado ser realidade. Eis que Dean tem uma ótima ideia. As iniciais escritas na mesa dos homens de letra.

Regarding Dean (12x11): Seria meio exagero considerar este o melhor episódio da temporada, logo pelo menos é o melhor caso da semana dentre os melhores casos da semana podendo figurar no Top 3 facilmente e, de longe, um dos melhores focados em Dean Winchester. Esse episódio foi fantástico! Dean perde a memória como consequência de uma caçada a um bruxo e Sam recorre à ninguém menos que Rowena para achar uma forma de anular o feitiço de perda gradual de memória. Boa parte do todo funcionou. Um ar de volta às origens que permeou longamente, pude me sentir como nas primeiras temporadas. Aliás, esse é o mérito do episódio. Se houve um episódio nessas eras recentes de Supernatural que teve êxito em conduzir o enredo de modo que os fãs mais saudosistas (a turma do "devia ter acabado na quinta temporada, mas ainda assisto") pudessem lembrar da velha simplicidade da série com a fórmula de casos individuais e semanais, certamente foi este aqui que esteve recheado de bons momentos, dentre eles a cena em que Dean está diante do espelho e sentindo sua memória esgotar-se mais rápido, a brincadeira que ele e Rowena fazem com Sam após recuperar-se do feitiço e a impagável montada no touro mecânico Larry. Facilitou bastante o entendimento do porque desse personagem ser tão adorado. Todo mundo aceita Dean Winchester com seus defeitos e conflitos internos.

Stuck in the Middle (with you) (12x12): Após a fall finale, a série trouxe uma sequência de três episódios acima da média (em relação ao nível geral da temporada) a começar pelo bom "Lily Sunder Has Some Regrets" (12x10) onde foi inserido um novo conceito de magia (enoquiana) que coloca humanos como ameaças aos anjos além de possuir uma personagem promissora. Já que falei acima do segundo dessa grata trilogia, me resta discorrer sobre o ápice dela que atende pelo nome do episódio 12. Diferente, envolvente e tenso até o último minuto. Diferente pela estrutura não-linear. Envolvente pelos desdobramentos do conflito que coloca os Winchesters, Castiel e um caçador que rejeitou a proposta dos homens de letra frente à frente a um demônio chamado Ramiel, um Príncipe do Inferno que anos atrás barganhou com Crowley que tinha como prêmio a Lança de Miguel - e assim descobrimos como Fergus Macleod tornou-se o Rei do Inferno (na época a alma de Sam ainda sofria abusos de Lúcifer na jaula e Dean vivia distante das caçadas com sua então nova família). E tenso pelas possibilidades mortais à vista. A morte de Castiel foi uma delas. Não bastasse os perrengues que ele suportou anteriormente, teve que ser empalado por uma arma cujo efeito em um anjo o faz deteriorar-se de dentro para fora. O episódio ainda teve referências aos filmes de Quentin Tarantino. Enfim, de fato foi neste episódio que a temporada respirou fundo com mais fôlego.

Castiel e Crowley (positivo): Esqueça os shipps com Dean e o (não tão) Rei do Inferno ou o famigerado Destiel. A combinação perfeita acontece entre essas duas figuras opostas. Creio que o principal impulso para ambos estarem parceiros demais na caçada a Lúcifer vai muito além do velho "o inimigo do meu inimigo também é meu inimigo". Eles compartilham fases de fraqueza. Veja bem: Crowley já não é mais o Rei implacável que arrancou um dedo de Kevin Tran (além de ter matado a namorada e a mãe do rapaz) e nem é mais levado a sério pelos demônios idiotizados. Castiel não desfruta mais da essência bruta dos seus poderes. Ou seja, os dois estão na mesma merda. Isso que os tornou mais próximos. E há uma química bem convincente. Só Supernatural mesmo para transformar um anjo e um demônio decadentes numa dupla de agentes à procura do maior criminoso da história celestial. Por isso, disparo aqui meu shipp favorito: CROWLIEL. Tá, isso não foi sério...

Sr. Ketch: Aqui temos o homem de letra britânico mais destacado e que fazia contraponto ao Mick Davies. Um é completamente devotado ao seus patrões. O outro parece depositar fé nos caçadores americanos e numa aliança saudável. Ketch representa a experiência de campo da organização. Já Mick é mais o cérebro e tinha mais paciência para negociar propostas com os caçadores no recrutamento (e acaba sendo morto pelo seu oposto por manter sua confiança em Sam e Dean quando um brits perdeu a vida baleado acidentalmente numa missão importante). Parabéns à equipe de roteiristas pela criação de um vilão odiável (ele matou a Magda, a garota psíquica do episódio 12x04 "American Nightmare" sem o menor escrúpulo). Toda a frieza, a natureza impiedosa e psicopatia de Ketch foram bem trabalhadas. Menos a atuação de David Haydn-Jones que achei um tanto robótica. Porém, ele foi um oponente duro e digno para dar dor de cabeça aos Winchesters e teve um fim merecido pelas mãos de sua amante Mary Winchester.

O bebê de Rosemary... quer dizer, de Kelly Kline: Lúcifer possuiu o presidente dos EUA e de quebra ainda se divertiu (aquela carinha) com a assistente dele e a deixou com um pãozinho bem especial no forno. Será que o tempo todo era este seu plano? Primeiro um astro do rock, depois uma figura da arquidiocese e por fim um dos cargos mais influentes do mundo. Ou a ideia de um filho como provável sucessor ao trono surgiu apenas na última possessão? Seja como for, no final episódio 8, "L.O.T.U.S",  nascia um interessante plot alternativo, mas que não causou tanta surpresa. É óbvio que não iam faltar referências ao filme citado acima e o clássico Damien de A Profecia. Os roteiristas tinham se tocado que a trama dos brits não era do cacife pra segurar uma temporada? Apostaria bem alto que... sim.

Contras 👎

A trama dos Homens de Letra Britânicos: Andrew Dabb e Robert Singer são duas peças de grande importância para a mitologia da série e que sobressaíram em relação aos demais várias vezes ao longo de 11 temporadas. Aqui eu já não tenho tanta certeza para qual deles o posto de showrunner serve. Qual deles teve essa ideia? Entenda: Não estou criticando a premissa em si, fosse por isso nem me daria o trabalho de redigir praticamente 4 parágrafos de introdução só sobre ela. A questão aqui é o desenvolvimento. Nem sempre duas cabeças pensam melhor que uma. Eu sinto que houve uma divergência sobre qual plot seria o carro-chefe da temporada e resultou essa instabilidade na balança. Não se teve indícios de equilíbrio. E a respeito da história dos brits, os roteiristas encheram uma piscina rasa, muuuito rasa. Até teorizei que eles teriam vendido suas almas para serem os maiorais do trampo (lembra que Sam virou um ótimo caçador quando estava sem alma?) Custava uns flashbacks? Não. É como pegar uma laranja e espremer... sai duas ou três gotinhas de suco, a parte realmente aproveitável para o consumo. Tem gente que come o bagaço e, infelizmente, foi o que ofereceram aos telespectadores (e sim, eu detesto o bagaço!).

Inconstância de filtro: Os 5 primeiros episódios tem um tom que remete um pouco ao sombrio das primeiras temporadas que dava uma sensação de consistência. Mas parou aí. Do episódio 13 em diante a atmosfera muda e parece que o filtro de imagem de temporadas anteriores (da oitava à décima-primeira) foi retomado. Jeremy Carver voltou nesse período? Não é muito significativo, mas teria sido melhor a permanência do tom construído, da paleta de cores do início da temporada.

Lúcifer/Vince Vincente: Sinceramente, o PIOR arco do personagem. Rick Springfield não transmite absolutamente nenhuma fraçãozinha que chegue perto da interpretação de Mark Pellegrino ou mesmo o Misha na fase Casífer na temporada passada. O próprio Sam disse no 12x07, o enfadonho "Rock Never Dies" que Lúcifer podia estar arrasando com o Céu e o Inferno, mas não ele quer apenas se divertir pulando de casca em casca e matando gente. Que bela motivação para uma das ameaças outrora mais supremas da série hein...

Tony Bevell: A sequestradora de Sam surgiu com postura de que veio para ficar... e ficou. Por apenas dois episódios na primeira metade, mas ficou. Sumida por 17 episódios e só voltando na reta final, mas ela ficou para o seu papel. Pequeno papel. Lastimável papel. Tinha-se ali uma boa vilã e não souberam usufruir do seu potencial. Sua morte... nem vou comentar, só digo que a personagem foi tratada como lixo no seu desfecho.

Castiel e Crowley (negativo): O anjo perdera muitas funções e geralmente estava ali jogado no meio apenas como suporte infrequente. Eis que dão a ele uma nem tão empolgante: Ser detetive à procura de Kelly Kline para mante-la segura dos demônios que querem tirar uma casquinha do nascimento do Nephilim. Eu lembro de ter lido uma notícia sobre Castiel usar sua potência máxima nessa temporada. Cadê essa bagaça? Foi em "The Future" (12x19) onde ele recebe poderes do Nephilim ao tocar em Kelly e consegue matar Dagon (um dos Príncipes do Inferno)? Se estavam se referindo a este momento, então fica aqui registrada minha decepção pelo tratamento desconsiderador ao personagem. Adendo: Foi triste vê-lo no 12x01 empurrando o carro da Mra. Watts junto a Dean. Dean não podia fazer sozinho? Se fosse uma caminhonete maior, tudo bem, mas no caso Castiel faria sozinho. Quanto a Crowley, finalmente tive o prazer de assistir o seu fim. O Rei é duro de matar, mas ninguém estava preparado para o seu suicídio por uma boa causa. Nunca o odiei, mas venhamos e convenhamos... o personagem já havia atingido um nível de saturação insuportável. Com poucas funções a desempenhar, tal como Castiel, o demônio encontrou na sua morte um final honroso e, sim, foi o final correto a ser dado à ele.

Incoerências: Crowley prender Lúcifer com material derivado da jaula - Como os demônios paspalhões dele tiveram esse passe livre a um lugar que deve ficar nos confins do Inferno?
Lúcifer matar Crowley - Como ele teve certeza de que Crowley morreu sendo que não houve o brilho laranja que pisca quando um demônio é morto assim que cravou a faca?
Mary no século XXI - Uma pessoa que mal ressurge dos mortos e que morreu em 1983 (um intervalo de 3 década e 3 anos), além de estar confusa e sentindo que não tem lugar no mundo, se adaptar às tecnologias avançadas em menos de um mês é um show de verossimilhança. Parabéns produção, mandou bem nessa...

O clímax corrido do arco dos brits: Sim, tem que admitir que "Who We Are" (12x22) foi apressadinho em demasia. Tirando a bela cena de Dean tentando acabar com a "microshipação" que os brits fizeram na Mary, querendo trazê-la de volta aos seus amados filhos, o desfecho do que deveria ser a história principal é uma grande explosão (efeitos bem ruinzinhos, ressalto) numa base dos brits e corta para o bunker. Quem são os tais anciões? De quem era a voz no monitor que falou com Sam antes da Jody atirar na Dra. Hess? Tudo deu impressão de que não acabou. E se não tiver acabado que, por favor, façam o dever de casa com mais afinco sem deixar tudo muito superficial.

O descaso às personagens femininas: Supernatural é dotada de um histórico com mortes de personagens mulheres que fizeram parte dessa grande família de atores, diretores e escritores. Anna, Ellen, Jo, Meg, Abaddon, Charlie (a pior morte de todas, na minha opinião), Tessa,... Nesta temporada foram, Tony, Eileen e Rowena, a última tendo uma morte completamente jogada na tela como se não fosse nada, algo insignificante. Foi tipo: Não vamos perder tempo com uma cena dela sendo carbonizada por Lúcifer, vamos só atribuir o foco à ele falando ao celular com os irmãos e mostrar rapidinho o cadáver só pra dizer que morreu, tá morta, nenhum personagem liga. Rowena pode não ter tido tanta serventia assim na temporada, mas seus feitos e o caminho que ela trilhou desde sua inserção na 10ª temporada não são nada proporcionais ao modo como sua morte foi tratada. Seria o spin-off (uma série protagonizada por Jody Mills! É, eu mereço...) Wayward Sisters a chave para a produção se redimir e talvez valorizar o girl power de Supernatural como se deve? Pode ser uma hora de repensar alguns conceitos. Não gosto muito da xerife Mills, mas estou longe de desejar à ela o mesmo que ocorreu à Rowena ou a Tony. Se a intenção for o que penso, então que dê certo.

Mary Winchester: A matriarca da família se sujeitaria às propostas da organização de onde saiu a pessoa que sequestrou e torturou o seu filho mais novo? Não, nada disso... SIM! E a cereja do bolo foi um relacionamento com o pior dos piores daquele ninho de cobras. Fiquei do lado dela (pesou até um medinho dela morrer a qualquer momento) sobre o lance de dar um tempo na relação com os filhos para se encaixar no novo mundo que estava conhecendo e descobrindo como uma criança. Tomaram decisões erradas para ela e olha no que deu. Merece ir para o mundo invertido para aprender a sentir saudades.

Considerações finais:

Em seu décimo-segundo ano, apesar da preguiça do ciclo anterior ser deixada um pouco de lado, Supernatural entrega uma saga irregular e que promove uma sensação incômoda de banalidade. Demônios não são mais os seres aterrorizantes e letais de antigamente. Nem Lúcifer é mais tão badass. Nada é o mesmo e todo esse caldo perdeu grande parte do seu tempero. Um sinal, de fato. Sinal de que um ponto final (e definitivo) nessa jornada é necessário o quanto antes pois para se perder e o negócio degringolar de vez é numa distância bastante curta. Em compensação, ficam destacados e muito bem lembrados os bons momentos que ela criou nesta temporada. Como toda montanha-russa, teve seus picos.

PS1: Os episódios "Family Feud" (12x13) e "Ladies Drink Free" (12x16) não foram comentados por serem (com todo respeito a quem curtiu-os) dispensáveis. Contudo, se eu tivesse que fazer um comparativo de qual se saiu relativamente melhor, eu apontaria para o 12x16 (leve aprofundamento em Mick Davies). Do décimo-terceiro só extraiu-se de importante a lavação de roupa suja entre Mary e os rapazes.

PS2: Sam pôde mitar duas vezes com a Colt numa temporada. Como destaque, a morte do Vampiro-Alfa. Pelo menos um chefão o caçula Winchester conseguiu dar cabo. Maaas... o Dean matou Hitler.

PS3: A garota psíquica Magda criou um vínculo com Sam ao final do 12x04 e foi covardemente morta por Ketch. O caso só voltou a ser mencionado pelo psicopata britânico no seu confronto com Mary em "Twigs & Twine & Tasha Banes" (12x20). Será que a mamãe contou aos filhos dessa atrocidade ou apenas deixou passar? (afinal, estava em plena troca de socos, não acho que ia pegar uma informação dessa e guardar naquela ocasião e depois reportar pros filhos como se tivesse conhecimento dos casos investigados enquanto ela esteve "se adaptando"). Faltou isso vir à tona diretamente aos irmãos, gostaria de ter visto a reação do Sam.

NOTA: 7,0 - BOA. 

Veria de novo? Provavelmente sim. 


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