Quase 100 dias de nomofobia...


Definição de nomofobia (mais uma pra minha coleção):

"A nomofobia é uma compulsão caracterizada pelo medo irracional de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual."

*Retirado de um artigo em PDF que você pode ler clicando aqui.   

Que ano desafiador tem sido 2020 hein? Definindo-o assim é suavizar (e muito!) o que realmente penso no que tá sendo esse que desbancou 2019 como o pior ano da minha vida, que por sua vez desbancou 2009, daí percebo que tô preso ao seguinte modelo-padrão: nunca existirá de fato o pior dos piores anos, a menos que o último ano da sua vida seja mesmo o pior devido à problemas diversos que lhe sugam cada gota de esperança ou por "perdoar" o passado do qual o (não mais) pior ano fez parte. O pior ano é uma momentânea fase, seja pela tendência a piorar mais (que, friso, devemos afastar dos pensamentos, pois a mesma só deve se limitar à uma mera má expectativa e não à uma certeza absoluta) ou pela reavaliação futura que exima tal ano dessa classificação que nunca terá um ocupante definitivo. Portanto, pode-se dizer que, no geral, ainda não tive meu pior ano. Peraí, por que eu disse "ainda"? A incerteza me levou a dizer. E nunca vivi tempos tão incertos como esses dos últimos 3 ou 4 meses e permanecem da mesma forma. É um contínuo desafio de tenacidade. 

Quanto à minha situação mais precisamente, não vou me repetir alongadamente sobre os transtornos que já afetaram minha vida poucos anos antes em relação à manter uma frequência de postagens no mínimo decente nessa bagacinha aqui. Pois bem, os transtornos voltaram, e em peso, mais do que nunca. Mas estou aqui, sobrevivente à mais uma abstinência virtual que desta vez foi um soco no estômago de tão sofrível, inesperada e desesperadora que foi. Foram 96 dias de isolamento social (sequer pus o pé pra fora de casa pra sentir o sol na pele - usando uma máscara, claro) em virtude da pandemia do coronavírus que me afetou indiretamente no que tange ao meu PC, essa maquininha que parece ter sido possuída por um espírito zombeteiro. Ocorreu na noite do dia 04 de março, pois essas coisas acontecem quando menos imaginamos ou prevemos. Estava justamente escrevendo o capítulo final da 3ª temporada de Frank - O Caçador (que iria ser publicado na sexta-feira 13 do mês), quase na metade, mas fui pego desprevenido e me culpabilizo sim, afinal deixei leitores gasparzinhos na mão durante a quarentena, além de que o PC já sinaliza um próximo defeito e dormi no ponto (ou fui confiante demais). E considerem isso um pedido de desculpas por não entregar o capítulo, logo um capítulo final, o que foi mil vezes mais frustrante. O importante é que esses 3 meses de desconexão ajudaram a me fazer olhar pra mim mesmo com mais clareza e percepção. Tive que reaprender desaprendendo. Como assim? Tem a ver com minha responsabilidade como blogueiro e a valorização do meu tempo livre que eu gastava com distrações que pouco me acrescentavam. Nesse período um medo de ficar meses a fio sem internet me apossou e como se não bastasse o impacto psicológico da pandemia, que trouxe no pacote (a "caixinha de Pandora") a saudade e a ansiedade, ainda precisei ficar dependente da TV aberta sendo mal-informado pela mídia, só entrevendo a pontinha do iceberg (eu sei que a desinformação não é presente apenas na televisão, mas convenhamos que a internet dispõe de mais recursos para acessar os fatos como eles são e ainda assim haja filtro pra saber o que é fake news ou não). A recompensa foi aprendizado, em vários aspectos, após reaver meu PC que ficou no "hospital" por conta do fechamento do comércio e quando chegou a flexibilização senti que era meio cedo pra um respiro de alívio. 

Se 2020 tá cancelado ou não, pouco importa nesse momento. Agora é bola pra frente, cabeça erguida e seguir lutando imparável, jogar pesado ante às adversidades, porque se as metas para esse ano deram com os burros n'água, pelo menos restou uma que é sobreviver à ele. Confessando um pecadinho: Torci o nariz contra o isolamento por uns dias, no início do decreto de quarentena, mas percebi o quão tremendamente egoísta tava sendo ao ver cenas na TV de esmagar o coração, aquelas fileiras de caixões sendo enterrados, de vidas ceifadas por essa praga, essas cenas tocaram fundo na minha alma e passei a pensar com mais intensidade na saúde dos meus familiares pra que não somassem às estatísticas. Tá amenizada essa sensação ruim de "fim do mundo", enfim, todo o cenário caótico que a pandemia desse vírus mortal criou. 

Não vou prometer nada, não vou garantir nada e não vou esperar nada. Tendo em vista a qualidade duvidosa da minha máquina, não sei se é seguro dizer que acabou essa fase de "blog de críticas" do UL, porque se não... Melhor nem falar. 

OBS: Até que curti esse novo layout do Blogger, estranhei logo de cara, mas vi que mudou pra melhor. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 



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