Baú Nostálgico #2: Cavaleiros do Zodíaco

Divulgação: Masami Kurumada/Toei Animation 
Como foi confirmado no post das novidades em maio passado, a série Baú Nostálgico permanece no blog após um sofrível hiato de quase 8 meses, pois tinha-se a (relativamente ingênua) ideia de publica-la em dias aleatórios e não foi seguida com esmero por conta do meu comprometimento com as outras séries do blog. Meu medo estava precisamente em fazê-la ter o mesmo destino de Mitologia em Foco, Para Debater e Biografia Nerd, que teriam publicações mensais mas meio que sempre um empecilho/contra-tempo surgia, o que gerava desânimo instantâneo e depois a decisão de cancelamento. Desta vez quero dar um tratamento diferente à Baú Nostálgico. Edições todas as segundas? Não. Publicação estabelecida para ser na segunda-feira, mas não em todas? Menos. Nos fins de semana? Piorou. Anual? Pelo amor de Atena... também não!

Para facilitar um pouco mais, a saída que encontrei foi publica-la sempre em dias próximos ao fim do mês. Neste caso, por exemplo, faltam exatamente 6 dias para o término do mês de Julho. Então, já deixo no grupo dos rascunhos a edição seguinte (#3), podendo ser escrita nos primeiros dias de Agosto e pulicada entre os dias 26 e 31. Quando houver possibilidade de hiato em decorrência de algum fator inesperado, avisarei na postagem de compartilhamento do G+ e, se possível, o tempo estimado para a pausa.

Nesta segunda edição, falarei a respeito de um dos maiores fenômenos do meio Nerd/Otaku. Uma produção que dispensa grandes comentários por sua bem-sucedida trajetória pelo Brasil. Fala-se que Cavaleiros do Zodíaco foi o precursor para a exibição de animações japonesas no Brasil, dando o pontapé inicial para um investimento pelas emissoras brasileiras, inspirando-as a adquirirem produções do gênero. Sua passagem pela extinta Rede Machete é tida como a porta de entrada para outros animes no país que pintaram nas telinhas anos depois. Investimento este que hoje, infelizmente, não é mais visto com a mesma ótica daquela época e passou a ser encarado como uma "árvore infrutífera".

Mas chega de delongas e direcionemos-nos ao ponto, se tratando das minhas saudosas experiências com relação à Cavaleiros do Zodíaco.


                                                                                              ANTES

A recomendação veio por meio de um primo meu que teve a sorte de viver a era Manchete dos anos 90 e curtia assistir as aventuras de Seiya e cia. Isto lá em meados da década de 2000, por volta do fim de 2004 e iniciozinho de 2005 - eu estava de 9 para 10 anos. Aliás, foi no longínquo ano de 2005 que aprofundei-me mais na mitologia da série, talvez tenha sido ela um dos meus primeiros contatos imediatos com a mitologia grega, que passou a ser minha favorita desde então. Indo mais além, meu primeiro olhar ao anime se deu em um álbum de figurinhas (adquirido ainda em 2004) - que ainda está 98% intacto em algum canto empoeirado e intocado desde sei lá quando. De início, nada me interessou ali, mas com o tempo este quadro foi mudando, minha curiosidade foi sendo instigada pelos comentários positivos dos meus parentes que viveram a época que perdi, me fazendo desejar ter nascido alguns anos mais cedo.

E aconteceu em um memorável fim de tarde, a TV ligada na Band (canal 20 por aqui, com chiados, chuviscos e tudo que um sinal ruim pode proporcionar) e estava ali se desenrolando a batalha entre Shun de Andrômeda e Afrodite de Peixes (que julgando logo de cara pensei ser uma mulher, até lembro de ter ficado meio espantado por se tratar de um homem com um rosa na boca). Pois é, eu iniciei nesse universo já bem próximo do final da saga das 12 Casas do Zodíaco. Por algumas vezes me senti um tanto perturbado ao questionar a razão pela qual alguns cavaleiros serem tão afeminados (especialmente Shun).

Na época, o Band Kids já não tinha mais apresentadora, muito menos eu sabia que Kelly Key comandava o programa antes de pular fora do barco, foi realmente uma surpresa (soube disso através do Youtube recentemente). Quanto à abertura, eu imaginava que Pegasus Fantasy tivesse sido gravada pelo Edu Falaschi antes do mesmo entrar no Angra, que tivesse sido tocada na mesma época da exibição na Manchete. Recentemente, enganei-me. Ao meu ver, não consigo achar as aberturas da Era Manchete tão boas quanto da Band. Bem, esta é só minha opinião, e as razões para ela ser assim estão bem claras.

Ainda em 2005, as exibições mudavam constantemente de horário, principalmente quando o anime passou para os domingos, vez ou outra me fazendo perder uns episódios ou assistir às partes finais. Foi neste mesmo ano que pude ter o imenso prazer de conhecer a obra em seu material original (na época em publicação pela Conrad Editora) nas páginas em preto e branco do volume 24 (se não me engano), cuja linha do tempo estava um pouco mais à frente dos eventos que eu já conferia na TV (A Band só exibia da Guerra Galática até A Batalha nas 12 Casas na época). Em outras palavras, o segundo mangá que li (o primeiro foi um de Dragon Ball emprestado da escola) narrava o início da saga de Poseidon, na cronologia oficial passada após às 12 Casas, diferentemente da adaptação animada que pôs um filler no meio conhecido como Asgard (falo mais abaixo sobre ela).

No entanto, eu não acompanhava cada edição do mangá. Após o 24 ganhei o volume 30, depois o 31, o 34, 36 (deste, em especial, tenho a lembrança de minha mãe dizendo ser o último do ano) e, por fim, o 37. Após esse período parei de "acompanhar" a saga de Hades no mangá, mas ao menos eu ainda tinhas "action figures".

Tive a oportunidade de rever as primeiras sagas com mais atenção entre 2007/2008, quando a TV União (canal 17) - emissora focada no público jovem aqui em Fortaleza - passou a exibir os episódios no extinto programa União Otaku, inclusive a saga de Asgard, que na época eu não sabia que era filler. Pra falar a verdade, eu não fazia a menor ideia do significado de filler, muito menos sabia da existência de tal palavra.

Alguns anos mais tarde, especificamente no final de 2012, lembro da Band ter exibido a versão animada da saga de Hades, cujo ritmo não causou o mesmo efeito de quando eu lia no mangá, então não achei tão empolgante quanto eu esperava.

Em 2014 eu resolvi rever mais uma vez as primeiras sagas na internet, mas não com o mesmo entusiasmo de outrora, então acabei não passando do episódio 05.

Já no ano passado criei coragem para conferir o prelúdio da obra de Masami Kurumada, o famigerado The Lost Canvas, sobre o qual eu escrevi uma review quase que inteiramente favorável, e tenho de admitir que me surpreendeu, provou ser uma empolgante aventura digna do nome Saint Seiya. Infelizmente, como é bem sabido pelos fãs, o anime foi cancelado e não existe nenhuma possibilidade visível para um retorno.


                                                                                         AGORA

Atualmente o anime está na minha lista de favoritos no meu PC - pedindo para ser revisto até o "fim" - e no meu ranking de melhores ele ocupa a 4ª posição, entre os cinco mais adorados por mim. Li comentários desfavoráveis acerca do Ômega, mas pretendo tirar minhas próprias conclusões em um futuro próximo, mas não escondo o fato de eu, inicialmente, ter ficado com um pé atrás sobre essa adaptação aparentemente mais infantil a julgar pelas imagens... enfim, só assistindo mesmo para se chegar à um veredito (quem sabe numa review aqui no blog).

Enquanto isso não acontece, decididamente verei Soul of Gold (ainda que as críticas negativas tentem me convencer de que é uma perda de tempo) ainda neste ano e vai rolar review por aqui sobre ele.


Post com as 10 melhores frases do anime:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2014/10/10-melhores-frases-de-cavaleiros-do.html

Review de The Lost Canvas:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2015/06/critica-saint-seiya-lost-canvas.html


*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais. 

*Fonte da imagem: www.fatosdesconhecidos.com.br 


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