5 contos meus que foram cancelados
Assim como houveram os fiascos narrativos colecionados nesta difícil jornada literária, há também aqueles que nunca vieram a ser concluídos ou escritos. Este quinteto seria publicado aqui mesmo no Universo Leitura. Porém, razões de força maior surgiram para barra-los na fila e, assim, dar lugar a outros que mais necessitavam por terem maior prioridade e urgência de publicação. Não significando, é claro, que tais histórias seriam dignas de figurar num ranking de melhores. Algumas são tão questionáveis que acredito ser válido julgar a condição delas como sendo correta.
Confira abaixo alguns comentários sobre os contos que jamais viram/verão a luz do dia:
1 - Passeio pelo Desconhecido
Breve sinopse: Um garoto do colegial resolve deixar de se inscrever para uma excursão de sua classe. Mas ao descobrir fatos acerca do ônibus amarelo que conduziria os alunos, ele toma a iniciativa e volta atrás sendo movido pela curiosidade. Acontece que o tal ônibus, num passado não tão distante, levou um grupo de estudantes que nunca retornaram da viagem. Logo, o personagem é motivado pelo sinistrismo da história criada em cima desses desaparecimentos e decide arriscar. O resultado seria uma viagem a uma espécie de dimensão assombrosa onde somente o personagem sobraria dentro do ônibus e encararia as bizarrices do lado de fora e do de dentro. Se ele voltaria? Não sei.
Por que não foi escrito: Procrastinação absoluta. Deixei passar vários dias, me focando em outras coisas, e meio que senti a empolgação ir pelo ralo assim que abri o "rascunho". Não diria que me arrependo de não te-lo escrito porque realmente não fazia ideia de como incrementar a história com detalhes e as opções, na época, me pareciam limitadas, o que me fez hesitar em escreve-lo por medo de torna-lo um clichê ou um mero conto de terror água de salsicha. Faria parte da leva de 2014 e, infelizmente (ou nem tanto), não teve uma única palavra escrita - além do título.
2 - Clube do...?
Honestamente, não lembro muito do título, mas sinto que começava com as palavras acima, posso estar extremamente errado, mas já é tarde, pois a história não se encontra mais na lista de rascunhos. O conto seria baseado numa creepypasta chamada "O Espaço da Fé", um programa evangélico radiofônico cujo locutor acusava celebridades de pactos com demônios e tocava músicas ao contrário. Na história do conto, o personagem narraria sua experiência com uma estranha estação de rádio na qual havia um programa onde um grupo de locutores se reunia para recitarem rituais demoníacos. Parece até uma versão genérica da creepy, só mudando alguns detalhes aqui e acolá.
Por que não foi escrito: O que matou a história foi essa minha mania de deixar uma história como rascunho (apenas título e imagem) só para algum dia ser redigida. Se seria bem sucedida narrativamente, aí já são outros quinhentos. Talvez meu receio foi mais que consciente, foi libertador.
3 - Minha outra metade
O núcleo da obra seria o drama de uma mulher que acreditava na existência de um outro ser dentro de si ansiando por se libertar, basicamente como uma relação de hospedeiro e parasita. A suposta paranoia começa a mexer com a psiquê dela, passado a ser vista como uma perturbada e dissociativa. O conto em si não necessariamente seguiria a risca um enredo sobrenatural, podendo o conflito da personagem, no final, se revelar como um distúrbio psicológico em estágio elevado. No mais, seria um conto levemente realista sobre dualidade e demônios interiores.
Por que não foi escrito: Foi o conto que menos dei atenção na lista de "rascunhos". Esperou, esperou, esperou, mofou na geladeira e quando fui ver havia apodrecido e já não servia mais. É do tipo de ideia que se tem quando você quer mais do que tudo aumentar seu acervo de histórias, aí corre para o editor de postagem, só põe o título e a imagem e estipula um prazo aleatório para quando for escrever. Por experiência própria, digo que isso é um erro que pode custar uma ideia, a princípio até fugaz, mas que se for bem trabalhada pode render mais que o esperado. Quer ferrar com uma ótima ideia? Faça o que fiz e deixe para depois. Eis o conselho... a não ser seguido.
4 - Eclipse Mortal
Na verdade, seria uma minissérie em 7 partes e que imaginei muito que fosse se igualar a trilogia/saga Ceifador em termos de êxito no desenvolvimento. Tanta expectativa depositada para só no mais tardar jogar tudo fora. Eclipse Mortal foi uma das ideias que mais superestimei e por consequência disso acabei me rendendo a desistência quando não havia nenhum sinal de disposição para seguir em frente. Não lembro muito bem da sinopse da trama, mas vou apontar aqui uns elementos que constituíram-a: 5 magos, uma profecia apocalíptica, um eclipse solar e... só. O conto foi idealizado entre Novembro e Dezembro de 2013 e foi planejado para ser desenvolvido no início de 2014.
Por que não foi escrito: Porque não ia ter o mesmo sucesso de O Ceifador. Mentira, fui eu quem botei fé demais no projeto e a empolgação murchou feito um balão. Na época, se não me engano, eu estava escrevendo O Anjo Vingador e o Universo Leitura (o Contos Diversos, em verdade) estava prestes a nascer.
5 - Um palhaço triste
Uma historinha dramática sobre umpalhaço triste e ponto final homem que trabalhava como palhaço em um circo qualquer, mas que era constantemente ridicularizado pelos outros que o julgavam como sem graça. Sua vida passa a se tornar insuportavelmente triste em decorrência disso. Seria um conto mais reflexivo e poético em torno do drama principal do que normalmente um enredo com início, meio e fim. Enfim, uma história, em geral, sobre alguém que se torna inapto a fazer o que gosta por causa dos julgamentos alheios que absorve como verdades incontestáveis. Ou seja, o palhaço tornou-se a piada, fazendo seu público divertir-se mais com a sua tristeza, realizando totalmente o oposto do que tanto esperava. E a moral do conto seria não desistir de fazer algo que você gosta apenas porque ouviu risadas infames com o claro objetivo de inferioriza-lo.
Por que não foi escrito: A ideia é promissora, a mensagem é positiva, mas demorei muito para por as mãos à obra, ainda mais com outras ideias recebendo o dobro da atenção que eu dava para ele, dificultou a situação ao ponto de não se sustentar por mais algum tempo. Hoje estou mais comprometido com as séries Capuz Vermelho e Frank: O Caçador que por possuírem conteúdo mais denso e extenso tornam a escrita deste conto inviável. Por conta disso, são raras as vezes que encontro uma brecha para escrever uma one-shot e é a razão por elas estarem tão infrequentes no blog.
PS1: Lembro de ter escrito a sinopse de Eclipse Mortal em algum comentário que fiz no site Minilua.com. Procurar para quê? A história morreu e seria muita forçação de barra uma tentativa de "reboot".
PS2: A razão destes cancelamentos, no geral, foi a procrastinação.
PS3: A Violinista Mascarada, por muito pouco, quase foi incluída nesse grupo. Considerada uma sobrevivente da retalhadora.
Lista com os 5 piores contos já escritos por mim:
http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2016/12/meus-5-piores-contos.html
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais.
*Fonte da imagem: http://www.maesemfronteiras.com.br/2015/09/como-fazer-um-microfone-para-brincar.html
Confira abaixo alguns comentários sobre os contos que jamais viram/verão a luz do dia:
1 - Passeio pelo Desconhecido
Breve sinopse: Um garoto do colegial resolve deixar de se inscrever para uma excursão de sua classe. Mas ao descobrir fatos acerca do ônibus amarelo que conduziria os alunos, ele toma a iniciativa e volta atrás sendo movido pela curiosidade. Acontece que o tal ônibus, num passado não tão distante, levou um grupo de estudantes que nunca retornaram da viagem. Logo, o personagem é motivado pelo sinistrismo da história criada em cima desses desaparecimentos e decide arriscar. O resultado seria uma viagem a uma espécie de dimensão assombrosa onde somente o personagem sobraria dentro do ônibus e encararia as bizarrices do lado de fora e do de dentro. Se ele voltaria? Não sei.
Por que não foi escrito: Procrastinação absoluta. Deixei passar vários dias, me focando em outras coisas, e meio que senti a empolgação ir pelo ralo assim que abri o "rascunho". Não diria que me arrependo de não te-lo escrito porque realmente não fazia ideia de como incrementar a história com detalhes e as opções, na época, me pareciam limitadas, o que me fez hesitar em escreve-lo por medo de torna-lo um clichê ou um mero conto de terror água de salsicha. Faria parte da leva de 2014 e, infelizmente (ou nem tanto), não teve uma única palavra escrita - além do título.
2 - Clube do...?
Honestamente, não lembro muito do título, mas sinto que começava com as palavras acima, posso estar extremamente errado, mas já é tarde, pois a história não se encontra mais na lista de rascunhos. O conto seria baseado numa creepypasta chamada "O Espaço da Fé", um programa evangélico radiofônico cujo locutor acusava celebridades de pactos com demônios e tocava músicas ao contrário. Na história do conto, o personagem narraria sua experiência com uma estranha estação de rádio na qual havia um programa onde um grupo de locutores se reunia para recitarem rituais demoníacos. Parece até uma versão genérica da creepy, só mudando alguns detalhes aqui e acolá.
Por que não foi escrito: O que matou a história foi essa minha mania de deixar uma história como rascunho (apenas título e imagem) só para algum dia ser redigida. Se seria bem sucedida narrativamente, aí já são outros quinhentos. Talvez meu receio foi mais que consciente, foi libertador.
3 - Minha outra metade
O núcleo da obra seria o drama de uma mulher que acreditava na existência de um outro ser dentro de si ansiando por se libertar, basicamente como uma relação de hospedeiro e parasita. A suposta paranoia começa a mexer com a psiquê dela, passado a ser vista como uma perturbada e dissociativa. O conto em si não necessariamente seguiria a risca um enredo sobrenatural, podendo o conflito da personagem, no final, se revelar como um distúrbio psicológico em estágio elevado. No mais, seria um conto levemente realista sobre dualidade e demônios interiores.
Por que não foi escrito: Foi o conto que menos dei atenção na lista de "rascunhos". Esperou, esperou, esperou, mofou na geladeira e quando fui ver havia apodrecido e já não servia mais. É do tipo de ideia que se tem quando você quer mais do que tudo aumentar seu acervo de histórias, aí corre para o editor de postagem, só põe o título e a imagem e estipula um prazo aleatório para quando for escrever. Por experiência própria, digo que isso é um erro que pode custar uma ideia, a princípio até fugaz, mas que se for bem trabalhada pode render mais que o esperado. Quer ferrar com uma ótima ideia? Faça o que fiz e deixe para depois. Eis o conselho... a não ser seguido.
4 - Eclipse Mortal
Na verdade, seria uma minissérie em 7 partes e que imaginei muito que fosse se igualar a trilogia/saga Ceifador em termos de êxito no desenvolvimento. Tanta expectativa depositada para só no mais tardar jogar tudo fora. Eclipse Mortal foi uma das ideias que mais superestimei e por consequência disso acabei me rendendo a desistência quando não havia nenhum sinal de disposição para seguir em frente. Não lembro muito bem da sinopse da trama, mas vou apontar aqui uns elementos que constituíram-a: 5 magos, uma profecia apocalíptica, um eclipse solar e... só. O conto foi idealizado entre Novembro e Dezembro de 2013 e foi planejado para ser desenvolvido no início de 2014.
Por que não foi escrito: Porque não ia ter o mesmo sucesso de O Ceifador. Mentira, fui eu quem botei fé demais no projeto e a empolgação murchou feito um balão. Na época, se não me engano, eu estava escrevendo O Anjo Vingador e o Universo Leitura (o Contos Diversos, em verdade) estava prestes a nascer.
5 - Um palhaço triste
Uma historinha dramática sobre um
Por que não foi escrito: A ideia é promissora, a mensagem é positiva, mas demorei muito para por as mãos à obra, ainda mais com outras ideias recebendo o dobro da atenção que eu dava para ele, dificultou a situação ao ponto de não se sustentar por mais algum tempo. Hoje estou mais comprometido com as séries Capuz Vermelho e Frank: O Caçador que por possuírem conteúdo mais denso e extenso tornam a escrita deste conto inviável. Por conta disso, são raras as vezes que encontro uma brecha para escrever uma one-shot e é a razão por elas estarem tão infrequentes no blog.
PS1: Lembro de ter escrito a sinopse de Eclipse Mortal em algum comentário que fiz no site Minilua.com. Procurar para quê? A história morreu e seria muita forçação de barra uma tentativa de "reboot".
PS2: A razão destes cancelamentos, no geral, foi a procrastinação.
PS3: A Violinista Mascarada, por muito pouco, quase foi incluída nesse grupo. Considerada uma sobrevivente da retalhadora.
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*Fonte da imagem: http://www.maesemfronteiras.com.br/2015/09/como-fazer-um-microfone-para-brincar.html
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