Crítica - High School DXD (3ª Temporada)

Da esquerda para a direita: Irina, Xenovia, Asia, Rias,
Akeno e Koneko (as seis beldades de Issei Hyodou).

A perversão suprimida pelo amor real.

AVISO: A crítica abaixo contém alguns SPOILERS. 

Dando sequência à essa história de amor melhor do que Crepúsculo, a terceira temporada da série não é apenas mantenedora no tocante à expansão mitológica como também é a última a ser produzida pelo estúdio TNK. Optei por não soltar tantas revelações do enredo em virtude da minha generosidade ao saber que fornecer informações muito detalhadas da trama não faria bem à experiência de quem se interessou... Mentira, eu posterguei a review e algumas coisinhas me fugiram à mente. A gente pode culpar um filme, uma série ou um anime de não ser interessante o bastante de modo que não gravemos as informações importantes da mesma forma que é válido afirmar que um filme, uma série ou um anime é tão interessante que você meio que se perde em alguns pontos dependendo da densidade pela qual o enredo progride. High School DXD é caso de não desgrudar os olhos da tela (a menos que sua mãe ou qualquer pessoa conhecida passe por você justo na hora que os melões fresquinhos das personagens balançam na tela só faltando pularem dela para te devorar).

Todavia, nesta temporada essa "obrigatoriedade" é amenizada conforme a narrativa estabelece suas direções acarretando na montagem de um enredo "quebrado" por assim dizer. Há algumas interrupções nos principais conflitos para dar aquela recuperada do fôlego até novos problemas surgirem depois para colocar Issei, Rias e toda a turma de volta à ação. Diria que a temporada é dividida em três blocos com inícios, meios e fins exatos. Primeiramente temos o sub-arco de Koneko realçado pela intromissão da sua irmã, Kuroka, nas férias de verão no submundo e tendo seu nome verdadeiro revelado - Shirone -, daí pudemos saber um pouco mais do passado da nekomata com complexo de inferioridade. Em seguida, temos Asia, uma das favoritas de Issei (diria que até mais do que a poderosa Rias), como foco numa problemática que fizera o protagonista novamente extrair poder da bunda, num acesso de fúria pela aparente perda da amiga/namorada, contra o vilão chamado Diodora Astaroth (de um clã relevante das 72 famílias de demônios existentes) que tinha uma tara por freiras e donzelas mirando seus olhos na loirinha e não tardando a sequestra-la, mas acaba sendo belamente morto por Shalba Beelzebub (responsável por mandar Asia pra um vácuo inter-dimensional) o descendente do Grande Demônio. E por fim, o arco que arrisco dizer ter fraquejado um pouco na criatividade, sendo voltado à Rias que fora amaldiçoada junto Issei por Loki com base nos sentimentos que ambos nutrem um pelo outro os colocando numa batalha já que o Deus da Trapaça arquitetou toda essa maracutaia para trazer o Ragnarok. Pois é, mitologia nórdica também entrou nesse balaio. Na verdade, todas as grandes mitologias são lembradas, mas é justamente a nórdica que recebe o status "vip" na trama.

Vale destacar a cada vez mais presente diminuição do ecchi na série, aparentemente vai numa acentuada queda de relevância - o que pode variar em significância de espectador pra espectador -, porém não afeta que hajam pequenas sequências onde uma cena safadinha aconteça aqui e umas falas pervertidas sejam ali, o anime não se desvirtua do que integra sua alma mesmo evidenciando que acha ser preciso reduzir os níveis de devassidão. Tudo dá a sensação de que ficou maior do que realmente necessitaria. Até cair num conflito íntimo entre uma manipulada Rias contra um obstinado Issei disposto a arriscar o que estiver ao seu alcance para tirar sua amada das garras de Loki que conseguiu amaldiçoa-los antes mesmo de ser capturado depois de movimentar as coisas na festa da Juventude Demoníaca no submundo. Nota-se uma clara aura de romantismo nas cenas pós-Ragnarok que por sinal foi um evento resumido nesse ato de livrar Issei e Rias dos seus reveses e acabou saindo como muito barulho por quase nada (afinal, Loki não sai da prisão e não há todo o caos esperado pela magnitude de um apocalipse de fato que viesse a conferir ao último bloco narrativo um aspecto épico digno de um final de temporada ou até mesmo de uma temporada final). Issei, apesar de tudo que passou com Rias e em declarar seu favoritismo óbvio à ela, ainda assim segura seu nobre desejo de tornar-se o Rei do Harém. Achei que aquele beijo (num lindo e noturno cenário praieiro, diga-se de passagem) tinha feito o rapaz ver sob uma nova perspectiva.

Considerações finais:

Certamente uma temporada enviesada no lado humano dos seus personagens, sobretudo em relação ao casal-mor Issei e Rias pelo qual o espectador inevitavelmente é compelido a torcer a favor. High School DXD BorN engrandeceu o que vinha funcionando desde a temporada passada e refreou o que já não servia tanto dado o apelo destacante dos demônios parcialmente ofuscado por outros núcleos mitológicos com seus personagens bem definidos. Porém, diante das duas primeiras, deveu em termos de formulações narrativas ficando numa oscilação que pendia para menos do que para mais.

PS1: Diodora é daqueles vilões com rostinho gentil que dá vontade de socar por tanta raiva causada pelas suas atitudes e mesmo assim mantendo a expressão. Pariston de Hunter X Hunter é exemplo.

PS2: Xenovia (acho que pronuncia-se "Zenóvia") parece ter desistido de querer engravidar do Issei (leia-se: estupra-lo).

PS3: Foi só receber aquele incentivo maroto do Issei que a Koneko quis ficar toda atoladinha sentando no colo dele.
A gatinha "má" virou kawaii.

PS4: O que me irritou ao longo dos 12 episódios infelizmente foram as cenas de ação. Especificamente a maneira como foram executadas. Quando determinado personagem lança um ataque, seja ele qual for, a imagem dá uma sensação de tremido ou borrado, fazendo com que se aproveite muito pouco do que está acontecendo. Já vi alguns animes sofrerem com essa falha não vista como tal, sempre levando numa boa, mas aqui não deu pra aguentar.

PS5: A experiência com Raynare (o anjo caído) ainda continua a assombrar o Issei. Até foi interessante vê-lo se colocar numa espiral de dúvidas a respeito dos sentimentos das garotas por ele.

PS6: TV do submundo?! Issei um herói infantil cantando uma música chamada Peitos Dracônicos?! Ah, quando eu imaginava que esse anime não podia ir mais longe no humor...

PS7: Azazel falou que os desafios ao clã Gremory ainda não acabaram. Com um universo sobrenatural extremamente multíplice como esse não é de se espantar que os problemas terminem logo para a turma do Clube de Ocultismo da Academia Kuoh. E o Issei continuará perseguindo seu sonho-façanha igualzinho ao Ash, só colecionando.

NOTA: 7,5 - BOA

Veria de novo? Provavelmente sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://proximonivel.pt/high-school-dxd-hero-vai-estrear-em-abril/

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