Acabou a brincadeira


Nas últimas semanas que transcorreram eu não resolvi voltar atrás com a minha decisão de manter a diversificação de conteúdo do blog, em verdade eu asseguro que não, tudo permanece como está e portanto não vou limitar somente às críticas como bem falei numa postagem publicada no início deste ano - a qual você pode conferir clicando aqui. Pois bem, é o seguinte; Tudo que foi postado do dia 15 de Abril até ontem, sábado (04/05), não passaram de reviews já programadas desde o ano passado. Ou seja, eu tecnicamente não estive aqui (novamente). Eu chamo esse período, meio que na brincadeira pra quebrar a tensão, de "3ª Onda de Privação Virtual". A primeira ocorreu em Maio de 2017 e a segunda em Fevereiro deste ano (tive aí um bom espaço de tempo para me readaptar entre uma e outra - e para sarar as marcas do sofrimento também). Ambas não duraram mais que uma semana, muito embora os efeitos que a ausência de contato direto com o mundo virtual tenham recaído sobre mim de uma forma pesada, o meu psicológico não respondeu com o autocontrole necessário à essa falta, à esse pedaço essencial na minha rotina - e olha que se tem uma coisa para a qual me apego fortemente é á rotina, sou facilmente preso à uma certa monotonia de modo que qualquer mudança que surja sem nenhum aviso, pra te dar aquele susto, independente do tamanho, faça meu cérebro interpretar como uma perda fatal ou um estrago possivelmente inconsertável.

Essa terceira onda durou obviamente mais que as duas primeiras, ingenuidade minha ter acreditado que duraria menos, só que não, demorou um pouco para cair a ficha e se dar conta de que a coisa estava mais feia pro meu lado do que anteriormente e não apenas envolvendo os problemas técnicos mas principalmente os emocionais. Foram 19 dias em que a "santíssima trindade" do mal psicológico reinou em absoluto dentro do meu viver. Depressão, estresse e ansiedade.  Excesso de passado, excesso de presente e excesso de futuro, respectivamente. Sobretudo de passado porque eu revisitei recordações para me confortar sobre o quão bons haviam sido aqueles tempos em que tudo parecia melhor e mais colorido, ao contrário de hoje que tá uma tribulação tremenda e é muito difícil... pensar positivamente, exercitar positividade quando as coisas se encontram mergulhadas numa espiral de angústia, desespero, problemas consecutivos, medo etc. Por falar em medo, a propósito, nesse período tive medo de acabar desaprendendo tudo aquilo que descobri e absorvi graças à internet, conhecimentos que a escola não me proporcionava. Questão de opinião pra quem não vive esse mundo tão intensamente quanto eu, logo poderiam afirmar que essa penitência tem seu lado bom. Mas eis o ponto-chave: Que lado bom eu enxergava com a condição psicológica que desenvolvi? Como eu poderia ajudar a mim mesmo sabendo que não podia deixar tudo rolar e depois jogar pro alto meus pequenos objetivos relacionados ao blog somente para respirar mais o ar do mundo externo? Eu estava impotente para esse esforço. A depressão é como um bandido tentando arrombar sua casa persistentemente, uma vez que você destranca a porta, achando que ele foi embora, e abre uma ínfima brecha ele pode furar seu olho com uma agulha pra te desestabilizar e garantir sua entrada invasiva. Não podia aceitar recomeçar minha vida sem ter feito nada do que eu planejava, apesar da pequenez desse trabalho diante da oportunidade de um emprego que dê algum sustento satisfatório futuramente. Cada lágrima derramada foi por cada plano que eu achava estar enterrado, cancelado e destruído para sempre. E a hipótese de depressão às vezes parecia equivocada, porém com o passar dos dias me convencia mais de que esse problema fez morada no meu espírito pessimista e desconsolado. Mentalmente sem forças para me reerguer, muito menos vontade de preencher o vazio. As alternativas estavam ali, dando bobeira, mas minha energia não correspondia ao prazer que eu tinha numa época mais "remota" para fazer aquilo. Desenhar, por exemplo. Nem disso tive vontade, se o que eu mais queria era procurar saídas de emergência para afastar os pensamentos ruins.

Eu respirava fundo para não surtar, mas o que saía quando expirava eram lágrimas. A internet se fazia vital no meu cotidiano para ocupar minha mente e me blindar dos devaneios de suicídio, falta de perspectiva de vida  tudo o que você pode imaginar de reflexões dolorosas sobre o próprio sentido da existência em si saídos de uma mente supostamente afetada pelo quadro de depressão. A inércia desses 19 dias me machucou. Eu levava surras de saudade a todo momento. O ânimo que lutei para conseguir na tentativa de tornar isso menos pior do que realmente foi não teve vez, eu só esperava ver a luz no fim do túnel e a paciência continuava sob rejeição. Nesta última sexta-feira adquiri um novo PC, desta vez meu de fato, nada de segunda mão, mas... não levou muito pra perceber que no fundo não estava satisfeito. Ainda existem outras lacunas no exterior para favorecer meu interior e reavivar a minha esperança por dias melhores. No mais, ficou uma espécie de trauma marcado. A tempestade só abrandou. Chega de pensar no culpado - que sou eu -, quero focar em soluções. Pra resumir perfeitamente como me sinto, deixo aqui o link dessa música incrivelmente fiel ao que passo:

https://www.youtube.com/watch?v=PqGBYez_tw8

*A imagem acima pertence ao seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/depressao-vida-cinza-e-sem-gosto.html

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