Nem tudo é o que parece #18
Eu estava no banheiro, sentada no vaso fazendo o que você deve estar imaginando e não há necessidade alguma de especificar. Completamente distraída, fiquei mexendo no celular para espantar o tédio. Como não havia mais ninguém na casa além de mim e meu gato, deixei a porta aberta.
No fim do corredor, percebi algo que tirou minha atenção, outrora focada no celular. Era uma bola de pelo negro, passando pelo corredor velozmente. Pensei ser meu gato fazendo suas travessuras pela casa. Esperei passar novamente observando aquele corredor escuro, segurando meu riso.
Não tive paciência com aquilo e voltei meus olhos para o celular. Tudo estava calmo, até que senti algo se esfregando por entre minhas pernas.
Eu disse que estava distraída, certo? Bem, por causa disso, eu havia esquecido que meu gato estava perto de mim o tempo todo.
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Acordei depois de um cochilo e ainda não era nem meia-noite. Vi uma coisa parada próxima à janela do meu quarto. Estava coberta por um lençol branco. Curioso, tive que perguntar ao meu pai se ele havia feito uma estátua especialmente para mim, afinal ele trabalhava com isso. Além do mais, meu aniversário se aproximava e pensei sobre ele estar preparando uma surpresa.
Fui até ele, estava construindo uma nova estátua no sótão, mas não liguei muito.
- Pai, você fez uma estátua de presente pra mim? É que parece que tem uma lá no meu quarto.
- Não, não fiz. Por que?
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Havia convidado minha noiva para um jantar à luz de velas, tendo preparado um prato especial.
Eu até me surpreendi, ela nem sequer esboçou uma reação de desconforto, pois eu não cozinhava tão bem quanto ela. No entanto, percebi que ela realmente tinha apreciado.
- Nossa... Essa carne está uma delícia. Nunca comi nada igual. Quem diria hein?
- Pois é. Tudo isso graças ao meu tempero especial.
- Hum, o segredo não é? Agora estou curiosa, me conta qual é.
- Molho O+.
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Eu cometi o pior erro de minha vida! Bem, pra começar, foi quando éramos crianças... meu grande amigo do colégio. Nós costumávamos brincar num lugar meio deserto, próximo à uma cratera enorme que muitos denominavam de "Portal do Inferno".
No último dia em que nos vimos como amigos, eu o desafiei a pular e depois tentar voltar para contar como foi lá embaixo.
Ele relutou tantas vezes, e eu... bom, eu fiquei a insistir. Ainda hoje consigo ouvir seu grito toda vez que me lembro dessa história.
Hoje estou fugindo desse pesadelo, pois ele realmente voltou... mas não da forma como eu esperava.
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Até que essa minha nova vida não está tão ruim como pensaria que fosse.
Meu atual passatempo é ir aos cemitérios e ficar observando as lápides... inclusive a minha.
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Na biblioteca da escola, eu estava verificando as estantes ao mesmo tempo em que procurava um livro interessante para poder passar o tempo naquele intervalo. Silêncio quase absoluto e ninguém presente, não tinha coisa melhor. Peguei um que de cara já me conquistou.
O título era "Coisas que você deve temer". Umas palavras estranhas aqui, umas gravuras meio bizarras ali. Foi o livro que folheei mais rápido que todos.
Rindo daquela coisa sem noção, li as palavras da última página, que para meu espanto estavam em português.
Dizia: "Se for sair, apague a luz. Se a luz piscar, corra."
Fechei aquele lixo de livro, sem acreditar numa palavra sequer daquela página.
Estiquei meus braços me espreguiçando e relaxando. A calma tinha durado muito pouco.
Estando prestes a fechar os olhos para relaxar naquela cadeira, vi a luz começar a piscar.
FIM... por enquanto!
Adorei a do Molho O+, ri horrores! Gostei muito dessa edição, continue, por favor.
ResponderExcluirValeu Sah! :)
ExcluirCom certeza irei continua-la, estou preparando muita coisa legal.