Crítica - Dragon Ball Super (Arcos 3 e 4)

Organizados em escala de poder.
Divulgação: Akira Toriyama/Toei Animation

E cá estou, mais uma vez, com mais uma tardia review, desta vez expressando minhas opiniões a respeito da terceira e quarta sagas do inconstante Dragon Ball Super, como eu já havia deixado meio que subentendido nas reviews do post anterior publicado em Fevereiro deste ano, quando falei sobre não achar muito confortável acompanhar o anime com um episódio por semana, que aguardaria a saga terminar, deixar passar mais alguns meses, enfim foi o que fiz. Não sei bem ao certo se a atual saga (Mirai Trunks/Goku Black) já chegou em seus meados, mas, pelo visto, esta fase mais suavizada da série aparentemente não pretende esticar arcos para além de, por exemplo, uns 20 episódios ou um pouco menos. Após uma pausa de, mais ou menos, 5 meses, voltei com o anime em Agosto e terminei a mini-saga do Planeta Potofu (também chamada de saga Monaca - vi numa Wikia qualquer, não sei se oficialmente é chamada de tal, mas prefiro o primeiro nome) na sexta passada (16/09). Farei o mesmo com relação ao atual arco - que aparentemente está tendo um saldo mais positivo em questão de popularidade - , apenas o assistirei quando o mesmo estiver concluído, e caso hajam episódios de transição (mini-saga) também vou conferi-los, tal como fiz nestas duas. No entanto, meus comentários sobre a saga mais relevante narrativamente serão, obviamente, majoritários em relação à saga de transição.

Não que eu esteja insatisfeito com o rumo do anime, mas toda essa inconstância estética está sendo mais sentida, está mais exposta. Foi só aparecem os traços bizarros do episódio 05 para todos lembrarem de erros similares ocorridos na fase Z (minha predileta, não nego). A diferença é que na fase Z as variações no traçado não despertavam tanta decepção quanto ao que vem acontecendo recentemente na atual fase. Isso vem conectado à vários outros fatores presentes na animação de Super. Talvez por saudosismo. Resistência à aceitação do novo. Os novos tempos atingiram Dragon Ball, tornando-o mais politicamente correto, leve e apropriado para crianças de 7 à 11 anos. Se acho ruim? Não. Um questionamento contra seria válido caso mantivessem o Z no título. Então, pensei comigo mesmo: "Se vou assistir por puro saudosismo, que seja com aceitação de que já não é mais aquele anime tenso, sangrento e violento de outrora. É outra fase, outra pegada, outra dinâmica.". É tudo uma questão de aceitação e nada mais. Não é um anime perfeito, mas dá para se divertir com certas cenas, dá para passar o tempo com ele sem problemas. O principal forte de Super, aquilo no qual o seu roteiro acertou a mão realmente, é a mesclagem do que as duas fases anteriores tinham de melhor a oferecer. A comédia da ingênua fase clássica e os intensos combates físicos da fase Z reunidos em um anime feito para velhos e novos fãs. Não estou enaltecendo o Super com o intuito de coloca-lo em um patamar qualitativo acima dos outros dois animes da franquia (GT não conta por motivos estupidamente óbvios), na verdade, tenho minhas ressalvas tanto a respeito da qualidade de animação quanto do enredo em si, mas tais pontos não o tornam de todo ruim.

Abaixo minhas considerações sobre ambos os arcos:


Arco 3 - Torneio no Sexto Universo/Deus da Destruição Champa

Após uma (desnecessária) recontagem dos dois filmes lançados, respectivamente, em 2013 e 2015, chega, então, uma nova saga prometendo conceitos "inéditos", mas o que vemos no desenrolar da história é apenas uma reciclagem de um único conceito já utilizado, mas que se o feito mais vezes pode se tornar repetitivo e maçante. Um torneio de artes marciais realizado num "planeta sem nome", em um outro universo, um universo espelhado ao que os personagens vivem. Surge o Deus da Destruição, irmão gêmeo de Bills, conhecido como Champa, ao lado de sua leal assistente e conselheira Vados, contraparte feminina do afeminado Whis, para fazer uma visitinha ao templo do Deus da Destruição do Universo 7. Vem as explicações a respeito dos 18 universos, tendo 6 deles destruídos pelo todo-poderoso Zeno, restando somente 12. Paralelo à espera do início do torneio, os Guerreiros Z (seria errado ainda chama-los assim?) ficam mais inteirados a respeito das Super Esferas do Dragão, cujo tamanho de cada uma delas é semelhante ao de um planeta. Pode-se dizer que é neste arco que Dragon Ball Super realmente começa. Aí me vem a questão: Eu poderia ter ignorado os filmes recontados em episódios e ter tido um pouco mais de paciência até o lançamento do arco do 6º Universo. Pois é, mas não deu, fui acometido pela ansiedade e acabei seguindo pelo arrastado arco da Batalha dos Deuses (graficamente pior que o filme) e o rápido arco da Ressurreição de Freeza.

Voltando aqui... Bem, sobre a conturbada relação entre Champa e Bills antes e durante o torneio, posso dizer que divertiu em certos momentos e de certa forma, mas, analisando mais minuciosamente, teve ares de infantilidade. A cada suposta infração de regra era motivo para mais picuinhas entre os dois - até as lutinhas tinham ar infantil. Curti mais o papo dois dois no início da saga, discutindo os termos da organização do torneio.

Sobre as Super Esferas do Dragão: Gostei da forma como foram trabalhadas. Principalmente do design do opulento e gigantesco Deus Dragão Zarama, rendendo, assim, um dos episódios mais satisfatórios no quesito animação, mesmo com algumas derrapadas em algumas cenas. Já sobre a criação do Super Radar do Dragão, não consigo engolir Bulma tê-lo construído tão rápido, pareceu implausível. Mas reclamar pra quê,  se de vez em quando a franquia dá um "foda-se" na lógica em alguns detalhes? Além disso, ela tem andado mais soltinha para o lado do Bills, como se esquecesse do fato do mesmo ser um Deus da Destruição psicologicamente instável e de pavio super-curto. Mas, claro, não há pudim que não salve uma ameaça de destruição do planeta.

Um ponto cômico dessa saga é Bills ter incluído um simples entregador, totalmente inexperiente em lutas, no time do Universo 7, fazendo-o parecer, na maior cara de pau, o guerreiro mais forte com quem já lutou, além de soltar umas desculpas bem esfarrapadas, principalmente quando Goku lança seu Kamehameha em sua primeira luta no torneio fazendo o "grande guerreiro" ficar parado, observando, e Bills diz que o mesmo está apenas meditando pois caso alguém o importune ele destruirá tudo. Seu nome é Monaca e foi usado como trunfo final para a última luta do torneio - contra Hit. Claro, Goku acredita na farsa, como não poderia deixar de ser a ingenuidade de nosso querido protagonista e se anima todo para lutar com o "imbatível guerreiro". Sem falar naqueles mamilos que só completam a piada pronta que o personagem é.

Gohan, infelizmente, me parece um caso perdido mesmo. A última aparição do personagem na saga foi no episódio 30, o qual pouco acrescentou ao enredo e apenas serviu de encheção de linguiça, sendo só uma recapitulação desnecessária. Vi somente pelas cenas com Gohan e Piccolo treinando. É realmente uma pena para o condicionamento físico do personagem. Mas venhamos e convenhamos, Gohan nunca demonstrou o mesmo apreço por lutas que o pai tem e certamente, em todas as vezes, só o fazia por obrigação. Com uma oportunidade de emprego, o saiyajin mestiço resolve abraçar sua vida profissional e abandonar as lutas. Enfim, ele venceu na vida como humano. A paternidade e o relacionamento com Videl mudaram suas perspectivas de vida e, muito provavelmente, não o veremos mais vestir as roupas laranjas tão cedo. Mas mantenho-me esperançoso. Sobre o episódio em questão, fiquei com uma dúvida: Por que Goku e Vegeta saíram da Sala do Tempo barbudos sendo que pelos, incluindo cabelo, só crescem em saiyajins mestiços (vide Mirai Trunks e Gohan)? Não sei se deixei uma fala passar despercebida, mas não acho muito plausível justificar isto pelo tempo passado na Sala. O único saiyajin que lembro possuir barba é o próprio Rei Vegeta e o mesmo sendo da elite. Desconheço quantos anos ele tinha. Segundo o que foi dito, saiyajins podem se manter jovens até os 80 anos (episódio 32). Considerando que Goku parece estar na casa dos 40 e Vegeta já tenha chegado aos 50... ainda creio que faz pouco sentido ambos desenvolverem barbas dado suas idades. Enfim, só mais uma incoerênciazinha dessa saga.

As presenças de quase todos os personagens do Universo 7 (Kuririn, Yamcha, Bulma, Oolong, Pual, Mestre Kame, Rei Cutelo, Chi-chi etc) foram muito boas, mesmo alguns não recebendo o merecido destaque. Afinal, todos eles juntos são praticamente uma grande família. A cena de Chi-Chi pulando da "arquibancada" em uma altura de não sei quantos metros para salvar Goku, após ele ter perdido sua luta contra Frost, soou tão ilógica quanto cômica. De fato, alguém não sobreviveria à uma queda daquelas. Foi meio bizarro... mas é a Chi-Chi, uma das mulheres mais fortes de Dragon Ball.

O episódio 31 proporcionou mais destaque à Jaco, o patrulheiro da Galáxia, e sua engraçada relação com Bulma, além de apresentar um flashback da esposa de Vegeta quando criança ao pilotar uma nave do membro da Patrulha Galática, serviram para aprofundar ainda mais esse cômico vínculo que tornou este episódio bastante divertido. Sobretudo, no clímax, onde ambos vão ao encontro de Zuno, um ser supostamente onisciente que poderia fornecer informações precisas acerca das Super Esferas do Dragão. Onisciência estaria atrelada ao próprio Zuno. E quanto à Zen'oh? Onipotência, logicamente, talvez até onipresença, mas seria interessante se o anime desenvolvesse o conceito de três diferentes divindades superiores serem guardiãs destes três elementos.

Agora sobre a personalidade do Goku: A Batalha dos Deuses fez ele ficar mais burro ou a Toei quer deixa-lo mais bobalhão para agradar o público infantil. O personagem teve um decréscimo tacanho no raciocínio lógico. Como se para manter a inocência característica do personagem ele precisa se mostrar também pouco inteligente, o que é muita forçação de barra. Vegeta foi um dos poucos personagens que consegui manter sua essência, com toda sua sisudez e alguns resquícios de sua arrogância natural manifestados em dados momentos. No Z Goku até já demonstrava ser meio "burrinho", nunca pensei que no Super elevariam essa pagação de mico que o personagem passa quando se depara com explicações "complexas".

Aqui listo os combates do torneio com comentários curtos sobre eles:

1 - Goku vs. Botamo.

Botamo é a versão "badass" do Ursinho Pooh do Universo 6. Brincadeiras à parte, foi uma luta... boa. Só boa. Nada demais, Goku apenas precisava ser paciente para visualizar um propício momento para pega-lo de jeito e vencer a luta. Foi boa, mas dificilmente chega no ranking de melhores de um torneio de artes marciais.

2 - Goku vs. Frost.

Frost é o equivalente do Universo 6 de Freeza e o segundo oponente de Goku. O bom mocismo do guerreiro consegue enganar a todos quando se apresenta de modo amigável e pacífico, principalmente à Goku que, claro, cai no conto do vigário. Destaque para suas transformações, semelhantes à de Freeza, como esperado. Mesmo com a máscara caída, Frost é um santo perto do que Freeza foi e fez. Sobre a luta: Melhor que a anterior, sem dúvidas, mas o esgotamento de Goku veio de modo muito repentino, podendo ter resistido ao veneno por mais um tempo e permanecido na arena, considerando a clara diferença de forças entre Frost e sua "duplicata" do Universo 7.

3 - Piccolo vs. Frost.

Se tem algo que pude matar a saudade nesta saga foi ver Piccolo subindo numa arena de torneio para realmente lutar fisicamente contra alguém e não contra inseguranças (vide 27º torneio em sua luta contra Shin na saga Boo). Aqui Frost revela-se um trapaceiro após derrubar Piccolo da arena, quando logo depois o juiz encontra uma agulha no braço direito do participante, reusltando em sua desclassificação. A artimanha de Frost é agir ocultamente como vilão para depois ser expostamente saudado como herói. Sua luta contra Piccolo foi divertida de certo modo.

4 - Vegeta vs. Frost.

Um dos combates mais aguardados tem início no episódio 35. Felizmente, Goku teve sua derrota anulada após Bills notar o ferimento na mão do saiyajin causado pela agulha de Frost, dando a chance de Goku lutar novamente. Como o próprio nome do episódio diz: "Transforme sua raiva em poder" e foi isso que Vegeta fez ao derrotar Frost com um único golpe, tão forte que mandou-o para longe da arena. Não esperava por uma vitória rápida, ainda por parte de Vegeta que não tem exatamente o mesmo bom tratamento que Goku em termos de desenvolvimento de lutas. Ainda no episódio, vemos o misterioso Hit em ação pela primeira vez ensinando uma boa lição à Frost.

5 - Vegeta vs. Magetta.

Uma luta pouco empolgante. Não vi o tal do Magetta (ele é um Metal Man, raça do Sistema Galático 66950) como um oponente bom o bastante para Vegeta. Pode tê-lo encurralado em dado momento, mas não convenceu como um adversário potencialmente ameaçador, e a desvantagem de Vegeta atacar pairando no ar era por conta da barreira criada para limitar combates acima da arena e o calor de Magetta esquentando-a, para mim foi uma limitação desnecessariamente imposta. Ao menos, em criatividade relacionada ao design ele ganha de Botamo.

6 - Vegeta vs. Cabba.

O Universo 6 não possui coisas totalmente equivalentes ao Universo 7, apenas alguns elementos são parecidos. Por exemplo, no Universo 6 não parece haver uma duplicata de Goku, muito menos eventos ocorrendo de forma semelhante aos do Universo 7 - nem a Terra do Universo 6 é igual, pois foi devastada, e não, não é a do GT. Mas existem saiyajins no Universo 6, no entanto, os mesmos agem como justiceiros cuja missão é proteger planetas. Vegeta se mostrou um ótimo sensei à Cabba - até incentivando-o a treinar - no que se refere á liberação de poder, utilizando da provocação para despertar a força adormecida no garoto por meio da fúria, tal qual Gohan quando assiste a cabeça do Androide 16 ser esmagada por Cell e Goku ao presenciar Kuririn explodindo no ar ao ser morto por Freeza. Realmente foi uma luta interessante que terminou com um nobre ensinamento por parte de Vegeta.

7 - Vegeta vs. Hit.

Bem, infelizmente, não deu para o Príncipe. Hit se mostrou um adversário efetivo contra o Super Saiyajin Blue de Vegeta e o derrotou com um soco no estômago. A luta já havia começado difícil para Vegeta que não enxergava aberturas graças à pose de Hit. Vitória do maior assassino do Universo 6 e uma luta competente em termos gráficos.

8 - Goku vs. Hit.

O combate mais esperado. O que dizer desta luta que caracteriza o ponto alto desta saga? Confesso não ter entendido muito bem como funciona a técnica de Salto no Tempo pertencente à Hit, procurarei me informar. Manter Super Saiyajin Blue e Kaioken aumentado 10 vezes não bem a melhor escolha de Goku tendo em vista o alto risco da técnica supracitada, mas era preciso para rivalizar com o Salto no Tempo e fazer com que não alcance a velocidade de Goku. Por fim, Goku pula a arena após concordar em lutar com Hit em uma outra ocasião na qual não hajam regras tão limitadoras, consequentemente oferecendo a vitória à Hit. A melhor luta que já vi em Dragon Ball Super até agora.

9 - Monaca vs. Hit.

Só eu lembrei da luta entre Mr. Satan e Nº 18, na saga Boo? Enfim, Monaca garantiu a vitória do Universo 7 da maneira mais risível que se pode imaginar.

Não tenho uma opinião totalmente formada a respeito de Zen'oh, antes de assistir à esta saga eu já havia lido alguns spoilers sobre ele e não fiquei surpreso ao ver sua aparência remeter à de uma criança alienígena. Afinal, um entregador inexperiente em lutas foi transformado em um participante de um torneio de artes marciais, então nada mais me surpreenderia. Gostei de ver como se desdobraram os primeiros momentos da relação de Zen'oh com Goku, estabelecendo o início de uma amizade que provavelmente fará Goku ter muito a ganhar, creio eu.

Melhor episódio: Episódio 39: "Um Contra-Ataque para o Salto no Tempo totalmente desenvolvido!? A nova técnica de Goku!"

Pior episódio: Episódio 30: "Treinando para o torneio! Quem serão os dois membros restantes?"

NOTA: 7,5 - BOM

Veria de novo? Provavelmente sim.

Arco 4 - Planeta Potofu/Saga Monaca

Esta mini-saga nada mais é do que um arco composto por 5 episódios de transição, os quais antecedem o início de um outro novo arco mais longo e de maior relevância para o anime - neste caso, Mirai Trunks/Goku Black. Acho que cometi um pequeno engano ao tratar a definição de filler para série de TV norte-americanas (episódios sem relação com a trama principal, também chamados de standalones) como igual à definição para animes/mangás onde são episódios do anime que não existem no mangá e são criados para fazer com que a adaptação à TV não alcance a obra originalmente criada nas páginas em preto e branco. Quase cometi um erro ao tratar esta saga como sendo filler, pois, como se sabe, o mangá de Dragon Ball Super é mensal e os acontecimentos no anime, com episódios lançados semanalmente, estão à frente. Quanto à saga em questão, não existe muito o que se comentar, tanto pelo tamanho dela quanto pela "profundidade" da trama.

Tivemos o divertidíssimo episódio 42, focado na farsa que Bills criou em cima de Monaca. Destaques para o momento em que Kuririn utiliza o Taioken e o pequeno - e tão apagado - Chaos usando seus poderes. O ápice, com certeza, foi a luta entre Goku e Mona... ops, quero dizer, Bills, na verdade. Ficou só de espectador no torneio, então obteve a chance de "tirar o atraso" para saborear uma revanche contra Goku, ainda que sofrendo com o uso de uma abafada fantasia de Monaca. Neste episódio, em específico, elevaram a ingenuidade de Goku ao extremo de uma forma absurda. Partes da fantasia eram rasgadas com as fortes trocações de golpes, deixando à mostra as mãos e até a cauda de Bills, e Goku permaneceu acreditando na farsa do início ao fim. Me pergunto se mesmo sabendo que Monaca é inapto para lutas, Goku ainda insistiria em lutar com ele sob alguma suspeita. Tipo, desconfiando de algum poder oculto. Enfim, tudo é possível, tudo pode acontecer em Dragon Ball Super, não me surpreenderia se algo do tipo ocorresse.

O episódio focado na pequena Pan abordando suas precoces manifestações de poderes - como voo e aura - foi passável. O ar da graça ficou para gangue Pilaf que esteve mais suportável, mas não foram o bastante para me livrar do tédio proporcionado por esse episódio. Além de ter servido para fazer desejar ainda mais o retorno do Gohan lutador, de preferência na forma mística. Valeu mais pelo temporário enfraquecimento dos poderes de Goku devido ao uso excessivo do Kaioken na luta anterior, rendendo boas cenas como o flagra de Vegeta ao ver Goku e Bulma (só de toalha) e um crossover rápido com a Arale, personagem do anime/mangá Dr. Slump.

É no episódio 44 que realmente começa a saga do planeta Potofu. A começar pelas participações destacantes de Goten e Trunks (me pergunto quando eles vão exibir sinais de crescimento físico, porque pelo tempo que passou desde a derrota de Kid Boo...) que acabam indo escondidos até o planeta na nave de Monaca (destaque para a referência da espada achada por Trunks). O Planeta Potofu é habitado por uma raça chamada de Potofujin, os quais criaram uma espécie de arma de auto-defesa contra invasores alienígenas conhecida como "Água Supe-Humana", mas seu verdeiro nome é Choujinsui. A amoeba gosma roxa tem o poder de incapacitar inimigos absorvendo seus poderes até transformarem-se em cópias exatas deles, sugando suas personalidades malignas, praticamente tornando-se uma entidade auto-consciente. Os Potofujins se sacrificaram para conseguirem sela-la deixando serem absorvidos. Restou para Potage - um personagem até interessante - a tarefa de reserva-la para o próximo século.

Enquanto Super Gotenks 3 luta contra Vegeta-Cópia - após a Choujinsui absorver os poderes do verdadeiro -, Goku treina no Planeta do Sr. Kaioh e, depois de encher a pança, sente o ki de Gotenks e Vegeta e percebe que há uma luta ocorrendo. Mais uma vez vemos um Goku estupidamente ingênuo ao não saber diferenciar a cópia do original quando se teleporta para Potofu a fim de intervir. Eis o problema: A vida de Vegeta está por um fio, pois sua existência será apagada com seu corpo ficando transparente. Eis o objetivo: Goku deve salvar Vegeta dentro de 3 ou 5 minutos derrotando a cópia. E sobre a cópia: As linhas no rosto e as pupilas vermelhas lembram bastante o Baby Vegeta. Espero eu não ser uma dica sobre uma possível futura ligação com Dragon Ball GT, tendo em mente que Dragon Ball Super se passa entre os 10 anos de "paz" na Terra após a morte de Majin Boo e antes do 28º torneio de artes marciais.

Gryll-Cópia não foi um vilão cativante, servindo apenas para ser subjugado pelo Vegeta-Cópia. Gostei da cena em que Vegeta, com boa parte de seu corpo desaparecendo, ataca sua duplicata, mas atravessa-a como um fantasma. Confuso entender a cabeça do Príncipe dos Saiyajins naquela hora. Afinal, estava torcendo para quem? Goku ou sua cópia?

Quanto à luta entre os dois citados, foi equilibrada, não chegou a ser algo incrivelmente empolgante, foi na medida certa. A Choujinsui que antes estava na forma de Gryll persegue Goten e Trunks, ao passo em que o tempo vai se esgotando e o ki de Vegeta vai diminuindo para o desespero de seu filho. E quem salvou o dia? Sim, ele mesmo... Todo-Poderoso Monaca! Pisando bem no núcleo da gosma, desestabilizando-a e resultando em danos no Vegeta-Cópia, e fodendo com toda a tensão dramática entre um filho tentando salvar seu pai da morte. Bom trabalho, Monaca, não sei se o chamo de sortudo, herói ou estraga-prazeres. Involuntariamente, ele só aumentou o gosto de Goku por sua "força".

Por fim, Vegeta-Cópia é derrotado, Vegeta original é salvo... ah sim, sem se esquecer da chupeta oferecida por Potage à Vegeta com o argumento de que aquilo iria estender seu tempo até que a Choujinsui fosse destruída. E não serviu para porra nenhuma, a não ser para expor o Príncipe dos Saiyajins ao ridículo. Que pena do Jaco por não conseguir ter tirado uma foto, mas reprovo seu comportamento por ter reclamado da gosma que o ignorou, devia se sentir aliviado em vez de ofendido, e isto foi só parte do show de comicidade desse episódio.

Na penúltima cena deste mesmo episódio, Goku e Vegeta prometem não facilitarem um para o outro quando lutarem numa próxima vez. Nada de Bills vs. Goku, quero mais é uma revanche entres dois guerreiros tão opostos em personalidade, mas tão iguais em força (aparentemente, ressalto).

Este arco, embora menor, teve seus momentos divertidos e, felizmente, não foi a presepada que imaginei que seria há alguns meses, contudo, não foi nenhuma grata surpresa. Diria que dentro das expectativas em seu saldo final. O desfecho... dispensa comentários.

NOTA: 6,0 - REGULAR

Veria de novo? Provavelmente não. 

Melhor episódio: Episódio 46: "Goku vs. Cópia-Vegeta! Quem vai ganhar?"

Pior episódio: Episódio 43: "O ki de Goku está fora de controle!? Está difícil cuidar de Pan"



Reviews dos dois primeiros arcos de Dragon Ball Super:

http://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2016/03/critica-dragon-ball-super-arcos-1-e-2.html


*A imagem acima é propriedade de seus respectivos autores e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais. 



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